E
SE HOJE, PEDIREM A SUA ALMA? (Sua vida terá valido a pena?)
“Nesse ponto, um homem que estava no meio da
multidão lhe falou: Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança.
Mas Jesus lhe respondeu: Homem, quem me constituiu juiz ou partidor entre vós?
Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza;
porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. E
lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu
com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho
onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros,
reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus
bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos;
descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te
pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que
entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus”. Lc. 12.13-21.
O
texto lido trata de um dos quatro perigos que assolam o homem na terra. Olhemos
para um desses perigos que é a avareza muito apropriadamente chamada de
idolatria pelo apóstolo Paulo. A parábola ilustra essa triste realidade. No
meio da multidão surge um homem que se dirige a Jesus e lhe faz um pedido: “Mestre, ordena a meu irmão que reparta
comigo a herança”. Era absolutamente comum, os rabinos se envolverem em
assuntos legais, fazendo o papel de juízes. Entretanto, Jesus recusa-se a
envolver-se naquela questão, pois conhecia as intenções dos corações daqueles
irmãos. O homem sábio ajunta para si valores eternos. O louco ajunta coisas de
valor transitório. E se hoje, pedirem a
nossa alma, o que temos ajuntado vida a fora com tanta avidez, para quem será?
Dificilmente pensamos sobre este assunto, na verdade, sempre que pensamos nas
coisas espirituais é sempre numa perspectiva do que elas podem gerar no aqui e
no agora tangível. Neste mesmo capítulo no versículo trinta e quatro o Senhor
diz: “Onde está o vosso tesouro, aí
estará também o vosso coração”. Como cristãos, enquanto estamos nesta terra
precisamos realinhar o nosso padrão e critério de valores de acordo com os
parâmetros do reino de Deus. Isto servirá de testemunho para os que estão a
nossa volta e supervalorizam os bens materiais. Isto, se estamos em Cristo,
então, morremos e ressuscitamos com ele
para uma nova vida. Todas as velhas coisas passaram. Os nossos tesouros agora
estão guardados no céu. Nada da terra deve ter mais importância para nós.
O
que o homem da parábola tão avidamente ajuntou além dos cereais, afinal? Ele
juntou: Experiência de Vida e esperteza. Aquele homem era muito experiente,
se gabava de ser muito esperto como tantos hoje. Ele tinha muitas idéias brilhantes. Ele
resolveu, por exemplo, derrubar os celeiros e fazê-los maiores para ajuntar
ainda mais. Ninguém pensou nisso, mas ele pensou. Só que mesmo com toda aquela
visão empreendedora toda a sua experiência, esperteza e inteligência só lhe seriam
úteis até o minuto anterior a sua partida desta terra. No versículo 15 o Senhor
adverte: “Então lhes disse:
"Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um
homem não consiste na quantidade dos seus bens". Ele esqueceu que caso
a nossa experiência não seja viva e pessoal com o Senhor Jesus Cristo,
chegaremos diante do Tribunal de Deus na qualidade de “desconhecidos” dele. E o
Senhor nos dirá: “Nunca vos conheci;
apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”. Mt.7.23. E a experiência
de vida que você ajuntou para quem servirá? Ele juntou: Bens Materiais.
Aquele homem possuía muitos bens e achava que tinha a vida nas mãos. Mas o
Senhor diz: “Louco, se esta noite lhe
pedirem a sua alma, o que tem ajuntado para quem será?”. Tudo que você
pensa que é seu, ficará aqui e outros desfrutarão: Certamente alguém usará as
suas roupas e seus sapatos, dirigirá seu carro, morará em sua casa. Ouvirá seus
CDs, lerá seus livros, dormirá em sua cama. Caixão de defunto não tem cofre nem
gavetas. Na verdade quando somos agraciados com bens materiais, o Senhor tem um
propósito: Investir no Reino e ajudar o próximo. Os bens e o dinheiro como
escravos são excelentes, mas como senhores são implacáveis. O seu tempo de
validade está terminando, ainda dá tempo de estender a mão e fazer algo por
alguém. Os bens que você tem ajuntado para quem ficarão?
Ele
também deve ter juntado: Reconhecimento humano e influência.
Embora o texto não fale explicitamente sobre isto, sabemos que o reconhecimento
humano e a influencia são conseqüências daqueles que ajuntam tanto experiência,
quanto bens materiais. Todos os troféus, medalhas, comendas, distinções,
diplomas, amigos influentes e coisas semelhantes, serão inúteis do outro lado
da eternidade. Do lado de lá, só há um reconhecimento válido: O reconhecimento
de Jesus. Se ele o reconhecer, você entra, do contrário, você ficará do lado de
fora. Aqui não se trata de religião, mas de relacionamento com o Cristo Vivo. O
que aprendemos aqui? Deus não condena os bens adquiridos; condena o mau uso
deles. Tudo que temos, somos e sabemos deve ser para a exclusiva glória do seu
excelso nome. Experiência humana, bens adquiridos e reconhecimento humano são
valores transitórios. Precisamos realinhar nosso critério de valores e começar
a valorizar os bens celestiais que os ladrões não roubam, nem a ferrugem
destrói. Precisamos parar de investir no que não tem durabilidade e investir no
reino de Deus, pois é o único investimento que garante dividendos eternos.
Atente para o homem da parábola de Jesus: O mais triste não foi o que ele
deixou para trás, mas o que teria pela frente – uma eternidade sem Deus. E SE
HOJE, PEDIREM A SUA ALMA? (Sua vida terá valido a pena?). Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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