SANTO,
SANTO, SANTO É O SENHOR DOS EXÉRCITOS!
“No ano em que o rei Uzias morreu, eu vi o
Senhor assentado num trono alto e exaltado, e a aba de sua veste enchia o
templo. Acima dele estavam serafins; cada um deles tinha seis asas: com duas
cobriam o rosto, com duas cobriam os pés, e com duas voavam. E proclamavam uns
aos outros: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos, a terra inteira
está cheia da sua glória! Isaías 6:1-3
Despertemos
para a santidade do Senhor nosso Deus diante do qual estamos. O texto lido faz
parte de um contexto maior, que vai até o versículo 13 e descreve o momento do
chamado ministerial do profeta Isaías. Esse chamado foi marcado por dois
acontecimentos que abalaram profundamente a estrutura emocional e espiritual
daquele homem de Deus: A morte do Rei Uzias e uma tremenda visão do Trono de
Deus. A partir daqueles dois acontecimentos, Isaías nunca mais foi o mesmo. O
Rei Uzias de Judá foi um dos maiores líderes daquele povo; ele é também chamado
de Azarias; depois de um longo reinado de 52 anos, ao partir desta terra,
deixou no profeta e em toda a nação um sentimento de profundo pesar e
orfandade. Foi exatamente ali, naquele momento desolador na vida de Isaías que
o Senhor escolheu para manifestar-se a ele, mostrando-lhe a sua glória e
majestade. Um rei humano deixava seu trono terreno, mas o Rei dos Reis continua
assentado num Alto e Sublime Trono pelos séculos dos séculos, no controle
absoluto de todas as coisas.
Involuntariamente,
estabeleceu-se uma relação de profunda dependência da figura paternal de Uzias.
Essa dependência acabou se tornando um tipo de idolatria, pois as pessoas
acabavam recorrendo a Uzias ao invés de recorrer a Deus. O texto se refere
também a Serafins; classe especial de anjos de Deus; a palavra Serafim= vem do
hebraico e significa consumir pelo fogo. Esses Anjos são agentes purificadores
de Deus. Essa visão de Isaías num momento desolador como aquele, me chama a
atenção de um modo especial para o fato de que Deus nunca chega atrasado. Muitos
homens e mulheres em todas as épocas tiveram o privilégio de ter gloriosas
visões de Deus: Noé, Abraão, Jacó, Moisés, Daniel, Ezequiel, Davi, Josué, a mãe
de Sansão, Hagar, Maria mãe de Jesus, Saulo de Tarso e tantos outros. Há uma
característica comum entre eles: Eles nunca mais foram os mesmos.
Esses homens
e mulheres foram visitados pelo sobrenatural de Deus, porque tinham uma outra
característica comum: Eram pessoas de busca; eles ansiavam por Deus. O Senhor
se deixou encontrar. A visão do profeta o despertou para quatro áreas
específicas: Para a Santidade e glória de Deus; Para seu próprio pecado; Para
sua purificação e Para o serviço na obra de Deus. A idéia básica de Santidade é
separação; ou seja, Deus está separado e acima da sua criação. Deus é
infinitamente grande e absolutamente santo; por isso que nosso pecado sempre
irá ofendê-lO; nossas mentiras; nossas atitudes dolosas; nossas atitudes
imorais; nossas posturas impuras; nossas palavras frívolas; nossas rebeliões;
nossos melindres; e tudo o mais que procede de nosso coração pecaminoso. O
grande problema quando não contemplamos a santidade de Deus, é que nos tornamos
cínicos e complacentes com os nossos próprios pecados. Quando alguém contempla
a glória de Deus e tem uma percepção da sua santidade, o seu pecado, a sua
miserabilidade aflora de modo irrefutável. Quando Deus quer mostrar a sua
própria glória e santidade somos confrontados com os nossos próprios pecados. A
santidade de Deus avulta de forma contundente a nossa pecaminosidade. Aqui o
profeta tem despertada a consciência do próprio pecado. Graça de Deus não é
desculpa para atenuar o pecado nem para a postura arrogante de acharmos que não
pecamos. Isaías enxergou isso. E nós precisamos enxergar!
Quando
nos arrependemos, confessamos e abandonamos os nossos pecados, Deus entra em
ação e nos purifica de toda injustiça. Pecado confessado debaixo de
arrependimento é pecado perdoado, pecado perdoado é pecado apagado. Depois de
sermos purificados, Deus nos chama através de inúmeros instrumentos para o seu
serviço e espera de nós respostas positivas. A disponibilidade do profeta para
o serviço é a resposta adequada àquilo que se operou nele. Deus quer pessoas
que se disponham para ele. Não para fazer o que querem, mas para fazer o que
ele quer. Às vezes achamos que temos um dom e não queremos fazer outras coisas
para Deus; na verdade essas “outras coisas” aparentemente insignificantes são
preparações de Deus para algo maior que ele tem para nós; “quem é fiel no pouco
é fiel no muito”. Que possamos dizer:
Eis-me aqui Senhor, usa-me como quiseres! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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