BASTA FALAR À ROCHA, NÃO PRECISA FERI-LA
OUTRA VEZ!
“Pegue a vara, e com o seu irmão Arão reúna a
comunidade e diante desta fale àquela rocha, e ela verterá água. Vocês tirarão
água da rocha para a comunidade e os rebanhos beberem". Então Moisés pegou
a vara que estava diante do Senhor, como este lhe havia ordenado. Moisés e Arão
reuniram a assembléia em frente da rocha, e Moisés disse: "Escutem,
rebeldes, será que teremos que tirar água desta rocha para lhes dar? "Então
Moisés ergueu o braço e bateu na rocha duas vezes com a vara. Jorrou água, e a
comunidade e os rebanhos beberam. O Senhor, porém, disse a Moisés e a Arão:
"Como vocês não confiaram em mim para honrar minha santidade à vista dos
israelitas, vocês não conduzirão esta comunidade para a terra que lhes dou".
Números 20:8-12.
Tempo de olhar com temor e tremor para as
ordenanças de Deus! O livro de Números relata os dois grandes recenseamentos do
povo de Israel em sua travessia pelo deserto! Aliás, o nome antigo dado a este
livro pelos escribas judeus era: No Deserto.
O livro fala também das dificuldades enfrentadas em toda aquela longa e
dolorosa travessia. O texto lido mostra o tríplice pecado de Moisés que o
privou de entrar na Terra da promessa, fazendo contemplá-la apenas de longe. Salvação
e galardão são coisas distintas. Enquanto a primeira é de graça e pela graça,
mediante a fé em Cristo, o segundo advém da postura obediente do servo de Deus.
Muitos são salvos, mas nem todos são
galardoados. As pessoas costumam dizer em tom de queixa dentro das relações
humanas: “Se fizermos 99,9% e não completarmos os 100% é como se não tivéssemos
feito nada”! Pois é, para Deus galardoar tem que ser sim 100% dentro daquilo
que ele nos capacitou para fazer que é obedecer. É tudo ou nada! O Senhor não
aceita meio termo. E a palavra diz através do profeta Jeremias (48.10): “Maldito aquele que faz a obra do Senhor
relaxadamente”! A quem muito é dado, muito lhe é cobrado. Obedecer é sempre
melhor e menos doloroso que sacrificar!
Enquanto estamos trabalhando na obra de
Deus ele está trabalhando em nós. As ordenanças de Deus são inegociáveis! E o Senhor não usa a metodologia da aprovação humana
por média final. Começando pelo seu próprio Filho, que ainda cogitou a
possibilidade de não experimentar o cálice amargo do Calvário, mas logo em
seguida nos ensina a lucidez de acrescentar a sua petição o difícil, mas
necessário: “Contudo, faça-se a tua
vontade”! O relato da experiência de Moisés nos faz estremecer nas bases.
Se olharmos apenas com os olhos humanos para aquela situação acharemos que
Moises tinha razão em sua postura já impaciente com aquele povo de coração
endurecido. No entanto, aos olhos de Deus, Moisés fora chamado para mediar
aquela Aliança e conduzir o povo do Senhor pelo deserto, não para julgar o povo
de propriedade exclusiva de Deus. Essa advertência vale para nós hoje!
E afinal, qual foi o pecado de Moisés que
o impediu de experimentar o galardão da bênção de entrar na terra Prometida? Na
verdade o pecado dele foi tríplice. Primeiro:
Moisés perdeu a paciência com o povo, que mesmo rebelde, era povo de Deus. O
Senhor é o único Juiz e Soberano Senhor. Como já fora dito, do ponto de vista
humano Moisés até tinha razão de se impacientar. Sabemos que não só naqueles dias, mas ainda
hoje tem aqueles que são de difícil convivência nas comunidades. Contudo, quando o Senhor permite tais
situações ele quer nos ensinar algo. Ele usa essas pessoas como formões para
esculpir em nós o caráter do seu Cristo! Segundo: Moisés insinuou que o poder
estava nele e não em Deus. Ele não tinha como dessedentar aquele povo se Deus
não agisse por meio dele, mesmo assim, o Senhor permitiu que a água jorrasse e
o povo bebesse e se dessedentasse, mas o Senhor não foi glorificado. A honra e
a glória devem ser dadas sempre ao Senhor. Terceiro: Moisés feriu a rocha
quando a ordem de Deus era falar à rocha. A Rocha era uma prefigura do Cristo e
só poderia ser ferida uma só vez, assim como O Senhor Jesus foi ferido e morto
uma só vez. E a rocha já havia sido
ferida, aquilo tudo embora fosse literal era uma alegoria do que aconteceria no
futuro. Por isso, agora a ordem era falar a Rocha e não bater nela com ira como
Moisés fez. Obediência ao Senhor é inegociável e quanto a isto não há acepção
de pessoas! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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