CUIDADO COM O EXIBICIONISMO ESPIRITUAL!
“A
alguns que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus
contou esta parábola: "Dois homens subiram ao templo para orar; um era
fariseu e o outro, publicano”. Lucas 18: 9,10.
Seguindo a rota das parábolas de Jesus,
neste capítulo encontramos esta, do fariseu e do Publicano. É interessante
observarmos essas duas posturas. Primeiro o religioso, o técnico em Deus aquele
que se achava impecável, mais espiritual e mais justo que os demais homens,
chegando a desprezá-los. Em seu exibicionismo ele desfila na sua oração diante
de Deus o rosário de suas práticas devocionais. Como se diz hoje: Ele se
achava! Em sua oração de si para si mesmo ele dizia: “O fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus,
eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos,
adúlteros; nem mesmo como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o
dízimo de tudo quanto ganho” (VS.11,12). Talvez este seja o pior
tipo de orgulho: O achar-se santo demais, justo demais e melhor que as outras
pessoas. Não cabe a nós condenar quem tem pecados diferentes dos nossos!
Não são as nossas práticas devocionais
exteriores que convencem o Senhor e sim aquilo que está em nosso coração. O
Senhor enxerga o que os demais não conseguem ver, aquilo que está em nosso
coração, especialmente toda sujeira, toda inclinação maligna toda rapina. Não é
à toa que esses foram chamados pelo Cristo de sepulcros caídos. Temos falado aqui neste espaço tantas vezes:
nenhum de nós está pronto. Crente pronto, maduro, Deus colhe! E nunca é demais
repetir esta verdade! As exterioridades piedosas podem convencer os homens, mas
não o Senhor!
O segundo personagem mencionado na parábola
era um publicano. Um cobrador de impostos prestando serviço aos romanos e por
isso mesmo era odiado e considerado o maior dos pecadores para seus
compatriotas. Um pecador de carteirinha, podemos assim dizer! Contudo, Jesus
diz na seqüência do texto: "Mas
o publicano ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no
peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador”
(v.13). Diz o Senhor por meio do profeta Isaias:
“Mas o homem para quem olharei é este: o
aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra” (Isaías 66:1-2). A
consciência de ser pecador, ou o arrependimento é prerrogativa para a confissão
de pecados e para se alcançar o perdão de Deus. Este homem nem ousava levantar
os olhos para o céu, antes ficava à distancia e batia no peito se reconhecendo
pecador. Ele carregava o peso de sua condição e foi ao lugar certo derramar seu
coração e buscar alento!
Jesus faz a grande revelação do texto,
especialmente para os religiosos que certamente o ouviam. Diz o Senhor na
seqüência do relato: “Eu lhes digo que
este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem
se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado"(v.14). Não
é de se admirar que as palavras mais duras de Jesus tenham sido ditas aos
religiosos daqueles dias e não aos reconhecidamente pecadores! Jesus senta e
come com pecadores, não para aprovar as suas práticas, mas para levar alento e
perdão de pecados aos que se sentiam quebrantados e necessitados. Em outro
momento O Senhor diz aos ouvintes religiosos daqueles dias, os escribas,
fariseus e mestres da lei: “Digo-lhes
a verdade: Os publicanos e as prostitutas estão entrando antes de vocês no
Reino de Deus” (Mateus 21:31). O texto é um sério alerta em relação ao exibicionismo
espiritual que tem levado muitos à queda! Que o Senhor abra os nossos olhos para
que sejamos humildes diante dele e diante dos nossos semelhantes. Tenhamos
cuidado com o exibicionismo espiritual, o Senhor enxerga mentes e perscruta
corações! Sejamos misericordiosos como é o nosso Pai Celestial! Cada um receberá
segundo as suas obras! Nadia Malta http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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