sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Meditação/Nadia Malta/SERÁ QUE QUEREMOS MESMO SER CURADOS?

SERÁ QUE QUEREMOS MESMO SER CURADOS?

Um dos que estavam ali era paralítico fazia trinta e oito anos. Quando o viu deitado e soube que ele vivia naquele estado durante tanto tempo, Jesus lhe perguntou: "Você quer ser curado?". Disse o paralítico: "Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim". Então Jesus lhe disse: "Levante-se! Pegue a sua maca e ande". João 5.5-8.

                                                                                             


Há curas e curas! A história desse paralítico que jazia ali aguardando uma cura que não veio, pelo menos não da forma que ele imaginava que viesse tem muito a nos ensinar acerca das nossas mazelas. O curioso aqui é que o Senhor entra naquele pavilhão onde estavam muitos enfermos das mais diferentes enfermidades e não consta no relato que ele curou outros. Parece que aquela visita do Senhor tinha endereço certo, àquele paralítico que passara a vida dependendo da “boa vontade” de alguém que o colocasse no tanque quando a água fosse supostamente agitada por um anjo como era a crença corrente!

Quantas patologias paralisantes têm estragado vidas, pelo simples fato das pessoas enfermas não quererem de fato ser curadas! Invariavelmente essas “doenças” trazem à reboque algum tipo de ganho e não é interessante para esses “enfermos” receberem a cura. Até porque essa cura demanda algum tipo de esforço pessoal, de atitude. E esse passo vai fazê-los sair de sua zona de conforto, até mesmo do “coitadismo”. É tão mais simples deixar que as coisas permaneçam como estão!

É mais fácil culpar os outros pelas nossas desditas: pais, mães, situações, circunstancias. O leque de algozes é grande! Não importa o que fizeram conosco. O que está feito está feito! O que vamos fazer com isso de agora por diante é o que realmente conta. Vamos deixar que a nossa vida seja desgraçada e permanecer paralisados? Vamos abortar sonhos e desperdiçar talentos? Ou vamos tomar a atitude e dar o passo de fé em busca da nossa cura ou libertação? Jesus entra no pavilhão e faz uma pergunta direta e objetiva àquele paralítico: "Você quer ser curado?". Jesus vai ao cerne da questão. Era um fato irrefutável aquele! O homem em questão era um paralítico, mas será que ele realmente queria se ver livre de sua paralisia? A Bíblia diz que as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo. Um dia Jesus entrou em nossa vida assim como entrou naquele pavilhão! Jesus é a nossa chance de reescrever a nossa história e andar em novidade de vida! Mas afinal, queremos mesmo ser curados? Não é possível ser alcançado pela graça e continuar desgraçadamente infelizes!


É diferente da pergunta também objetiva feita ao cego de Jericó, depois de gritar seguindo a Jesus pedindo por misericórdia, o Senhor para e lhe pergunta: “O Que queres que eu te faça?” e ele também objetivamente responde: “Que eu torne a ver!”, o que significa que um dia ele havia enxergado e por alguma razão perdera a visão. Era vital recuperá-la. Ele poderia ter pedido uma casa, algum meio de subsistência visto que era um mendigo, mas ele não poderia ser mais objetivo: “Que eu torne a ver!”. De tudo que se perdera a coisa mais preciosa era sem dúvida a visão! Talvez o homem paralítico fosse mais cego que o mendigo de Jericó!  Todos nós precisamos de cura! Resta saber se queremos essa cura. E quando há uma recusa para a cura é porque a enfermidade gera algum tipo de ganho! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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