SEJAMOS COMO UM JARDIM REGADO!
“O jejum que desejo não é
este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em
liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não é partilhar sua comida com o
faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, e não
recusar ajuda ao próximo?”. Isaías 58: 6,7.
No passado era comum o uso das práticas ascéticas, ou seja, tudo
que apontava para um sofrimento autoinfligido com a finalidade de “impressionar”
ao Senhor para tentar conseguir algo da parte dele. Algo absolutamente inútil. O
Senhor por meio do profeta Isaías estabelece as regras para o verdadeiro jejum
que o agrada. Um jejum exterior, sem um arrependimento sincero de coração não produz
nenhum resultado. O povo fazia esse tipo de jejum de fachada e ainda
confrontava o Senhor dizendo: “Por que
jejuamos’, dizem, ‘e não o viste? Por que nos humilhamos, e não reparaste?”.
O Senhor responde: “No dia do seu jejum
vocês fazem o que é do agrado de vocês, e exploram os seus empregados. Seu
jejum termina em discussão e rixa, e em brigas de socos brutais. Vocês não
podem jejuar como fazem hoje e esperar que a sua voz seja ouvida no alto”.
O Senhor continua confrontando o povo em relação à sua queixa: “Será esse o jejum que escolhi, que apenas um
dia o homem se humilhe, incline a cabeça como o junco e se deite sobre pano de
saco e cinzas? É isso que vocês chamam jejum, um dia aceitável ao Senhor?”.
Temos mencionado neste espaço inúmeras vezes que o Senhor não se impressiona
com as nossas exterioridades hipocritamente piedosas. Ele não só vê, mas sonda
os nossos corações. Os olhos do Senhor são perscrutadores. E por meio do
profeta Joel o Senhor ratifica essa verdade dizendo: “E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes; e convertei-vos ao
Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso e compassivo, tardio em irar-se
e grande em benignidade, e se arrepende do mal”.
Jejum aponta para arrependimento sincero de coração, para mudança
sincera de vida, de rota e de propósitos. O jejum não é uma barganha com Deus.
Não se barganha com quem não precisa de nada! Jejum é uma substituição da comida
que alimenta a carne pelo alimento espiritual. Nem sempre o que nos aprisiona é
o alimento físico que comemos no prato, há tantas inclinações que alimentam a
nossa carne, das quais precisamos jejuar para nos libertar!
O texto traz atitudes práticas associadas ao jejum, agradável: O
romper as correntes da injustiça e da impiedade, o desatar as cordas do jugo, a
libertação daqueles aos quais oprimimos. O Senhor também se lembra dos
necessitados à nossa volta aos quais devemos acudir: Alimentando, abrigando e
vestindo. E mais que se evite a falsidade no falar e o dedo acusador. O resultado dessa atitude? Deixemos que o próprio
Senhor fale: “Aí sim, você clamará ao
Senhor, e ele responderá; você gritará por socorro, e ele dirá: Aqui estou. a
sua luz despontará nas trevas, e a sua noite será como o meio-dia. O Senhor o
guiará constantemente; satisfará os seus desejos numa terra ressequida pelo sol
e fortalecerá os seus ossos. Você será como um jardim bem regado, como uma
fonte cujas águas nunca faltam”. Que paremos aqui para meditar sobre todas essas
coisas! Sonda-nos, ó Senhor, converte-nos a ti e nos purifica! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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