POR QUE VOCÊ ESTÁ ASSIM TÃO ABATIDA, Ó
MINHA ALMA?
“Como
a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha
alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a
Deus? Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão
perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei;
ele é o meu Salvador e o meu Deus.” Salmos 42.1, 2, 11.
A jornada do servo de Deus sobre a terra
está longe de ser linear. Muito pelo
contrário, a estrada é estreita e ladeira acima. São altos e baixos o tempo
todo. Atravessamos desertos. Descemos por vales áridos sentimos medo muitas
vezes. Encontramo-nos sem saídas outras tantas. Desejo de nos esconder muitas
vezes. Sentimos os nossos pés resvalarem em grandes desfiladeiros outras vezes.
Há momentos em que o cansaço até parece nos
destruir. Tudo isto faz parte da jornada do peregrino rumo à Pátria Celestial:
fome, sede, cansaço, aflições e dores. E podemos confirmar tudo isto na vida
daqueles que nos antecederam na caminhada e chegaram ao destino. Tudo isto é
lícito, só não podemos desistir. Seguir em frente na força que o Senhor supre
em porção diária é o que temos de fato!
O salmista fala de sua tristeza e sede
profunda em meio ao deserto que enfrenta. Ele compara a sua sede a sede das
corças que não se contentam com qualquer água, mas buscam as fontes altas. O
único lugar onde podem ser dessedentadas. A sua alma tinha sede de Deus. A
Palavra de Deus afirma que “bem
aventurados os que não viram e creram”. Contudo, há momentos de desertos
tão abrasadores que precisamos alem de pensar e crer na Água, experimentá-la.
Havia no coração dele uma saudade incurável, um anseio pela presença de Deus. E
não é assim que nos sentimos tantas vezes?
Ao mesmo tempo, o salmista por causa da sua
experiência pessoal com o Senhor dá uma parada no meio do seu cansaço e
questiona a sua própria alma dizendo: “Por
que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada
dentro de mim?”. Note que ele não questiona a Deus e muito menos o culpa
por sua grande agonia, antes ele questiona a si mesmo. Em nossa humanidade tão
frágil a dor e a aflição acabam nos tirando a visão dos agires de Deus. Mas
logo nos refazemos e saciados depois de beber na Fonte Eterna, seguimos em
frente na esperança das intervenções impensáveis de Deus! Louvemos ao Senhor!
Ele é bom e a sua misericórdia dura para sempre! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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