AI DOS GUIAS CEGOS!
“Guias
cegos! Vocês coam um mosquito e engolem um camelo". Ai de vocês, mestres
da lei e fariseus, hipócritas! Vocês limpam o exterior do copo e do prato, mas
por dentro eles estão cheios de ganância e cobiça. Fariseu cego! Limpe primeiro
o interior do copo e do prato, para que o exterior também fique limpo". Ai
de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês são como sepulcros
caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo
de imundície”. Mateus
23.24-27.
No contexto geral Jesus traz uma série de advertências aos “técnicos
em Deus”. As duras palavras do Senhor são proferidas na forma de “Ais”. São
expressões enérgicas do Mestre contra toda espécie de zelo cego, desprovido de
amor, sobretudo o amor ágape. Este tipo de amor é em algumas versões bíblicas
traduzido por caridade, não a caridade de doar coisas simplesmente, mas a
caridade de se doar. Essa doação caridosa aponta de modo especial para escutas empáticas
das dores do outro.
Todo zelo cego é radicalismo fanático. Temos visto o prejuízo que
este tipo de postura tem gerado. Quantas vidas ceifadas pela ação maligna de
religiosos empedernidos. Não é de se admirar que as palavras mais duras de
Jesus tenham sido dirigidas aos religiosos dos seus dias. E quanto à hoje? O
que temos visto? Parece que essa vereda religiosa tem alcançado cada vez mais
adeptos e feito cada vez mais vítimas. Com a proliferação dos meios de
comunicação através das várias mídias tem sido fácil disseminar essas posturas
odientas e acusatórias!
É triste constatar que nos meios ditos cristãos as coisas não são
muito diferentes, pelo contrário. Coitados dos que caem na “malha fina” dos fariseus modernos,
sempre cheios de regras com seus dedos em riste prontos a acusar, sempre
detentores da verdade como os mestres da lei e fariseus dos dias de Cristo sobre
a terra. Nesses dias a nação brasileira foi impactada com a notícia da morte de
um ator de telenovela. Já começaram a surgir as “pérolas” dos fariseus pós-modernos!
Esses já falam de castigo de Deus e outras coisas desprovidas de caridade, sem
o mínimo respeito pela dor alheia. Misericórdia!
Quando o apóstolo Paulo foi a Atenas e se deparou com a idolatria
vigente não usou uma só palavra de acusação, antes foi extremamente sábio e
caridoso, aproveitando a oportunidade para falar do verdadeiro Deus. Diz Paulo:
“Então Paulo levantou-se na reunião do
Areópago e disse: "Atenienses! Vejo que em todos os aspectos vocês são
muito religiosos, pois, andando pela cidade, observei cuidadosamente seus
objetos de culto e encontrei até um altar com esta inscrição: AO DEUS
DESCONHECIDO. Ora, o que vocês adoram, apesar de não conhecerem, eu lhes
anuncio”. O apóstolo “não amarrou em nome de Jesus”, não saiu derramando
óleo “ungido”, não usou nenhuma pantomima da invencionice que temos visto
proliferar em nossos dias, mas “observou cuidadosamente aqueles objetos de
culto”, buscando meios de anunciar o Deus único. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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