MESMO EM ROTA DE FUGA O SENHOR NOS ENCONTRA!
“Naquele
mesmo dia, dois deles estavam de caminho para uma aldeia chamada Emaús,
distante de Jerusalém sessenta estádios. E iam conversando a respeito de todas
as coisas sucedidas. Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio
Jesus se aproximou e ia com eles. Os seus olhos, porém, estavam como que
impedidos de o reconhecer”. Lucas 24.13-16.
Abramos os nossos olhos e enxerguemos o
Cristo Vivo em meio às aflições da vida. O texto citado está dentro de um
contexto maior. E é muito conhecido. Apenas Lucas o relata com todos os
detalhes, embora Marcos o mencione de forma suscita, bem ao seu estilo. Aqui é
contado o episódio de dois dos discípulos de Jesus a caminho da aldeia de Emaús
distante de Jerusalém cerca de mais ou menos 12 km. Um dos discípulos chamado
Cleopas, conta a tradição que era um tio de Jesus, irmão de José (pai adotivo
de Jesus).
Aqueles discípulos iam numa espécie de rota
de fuga depois da crucificação. Eles estavam tristes, abatidos, decepcionados
com os últimos acontecimentos. Eles tinham tanta esperança que Jesus tivesse
vindo resgatar Israel do jugo de Roma, que ele fosse realmente o Messias
prometido há tanto tempo, mas para eles tudo havia se esvaído. Tudo estava tão
confuso para eles. Foram tantos os milagres operados pelo Senhor, por que então
tudo acabou assim? Eles tinham muitas perguntas e iam conversando sobre a sua
dor caminho a fora.
O abatimento era tão visível que lhes cegou
o entendimento e eles não perceberam o próprio Cristo ressurreto caminhando com
eles. Descobrimos aqui que abatimento cega o entendimento. É sempre oportuno
olharmos para aquela estrada poeirenta que vai para aldeia de Emaús e
meditarmos no encontro daqueles homens com o Cristo ressurreto. Aqui
descobrimos que o Senhor nos encontra mesmo quando estamos numa rota de fuga.
O cristão não pode perder de vista a ressurreição
de Jesus em nenhum momento. O apóstolo Paulo em seu ministério procurou mostrar
a Ressurreição como o cerne da mensagem do Evangelho e o penhor da nossa
própria ressurreição. A vida cristã não é fácil, muito pelo contrário, e nós
temos experimentado isso a cada dia. Somos como cristãos surpreendidos a cada
dia com noticias, acontecimentos, situações e circunstancias que nos abalam e abatem
fazendo que sejamos impedidos de enxergar o Cristo caminhando conosco.
Mesmo sendo exortados a todo o momento pela
Palavra de Deus a orarmos em vigilância, aqui e acolá somos impactados com algo
que tenta nos fazer recuar ou fugir. Que possamos ainda que pela fé, com a
ajuda do Espírito Santo, contemplar a glória do Cristo ressurreto mesmo em meio
às aflições pelas quais passamos. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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