quarta-feira, 6 de maio de 2015

Livro/Pr. Manoel Malta/PALAVRAS DO PASTOR (Uma Coletânea de Escritos)


PALAVRAS DO PASTOR
Uma Coletânea de Escritos


Pr. Manoel Malta

Esta pequena obra quero dedicá-la ao meu Senhor e Salvador
Jesus Cristo que apesar de mim não desistiu de me amar,
cuidar e de me buscar de volta para os seus ternos braços.
A Ele toda honra toda a glória e toda a minha gratidão.


AGRADECIMENTOS
A minha gratidão em primeiro lugar ao Senhor, que até aqui tem me ajudado, sustentado e fortalecido. À memória dos meus pais Manoel de Araújo de Titico e Elizabeth de Gueiros Malta. Aos meus irmãos Sônia e Célio. Quero agradecer de forma especial a Nádia, minha atual mulher com quem tenho compartilhado a vida nos últimos trinta e quatro anos. Aos meus filhos, heranças benditas do Senhor Oscar, Ricardo e Ana Lúcia, frutos do primeiro casamento com Lúcia Loureiro e Manoela e Manoel Malta de Araújo Filho (Maneco) do segundo casamento. Agradeço aos amigos e irmãos em Cristo por todo o apoio e incentivo.


SUMÁRIO
• Prefácio
• Introdução
• A Cegueira Espiritual
• A Coragem dos Profetas
• Ah, os Profetas!
• As Atitudes Humanas do Cristo Divino
• As Contundências do Apóstolo Paulo
• As Escolhas Divinas
• As Lentilhas deste Mundo
• As Víboras nos Gravetos
• Assim, pois...
• Chorou Muitíssimo!
• Com A Coragem de Davi
• Com Gemidos Inexprimíveis
• Conversas e Discussões
• De Deus não se Zomba!
• Deixando as Vestes
• Dize que Marchem!
• E Não Peques Mais!
• E Riam-se Dele!
• E Vós não o Quisestes!
• Em Verdade, Em Verdade!
• Enquanto...
• Ensina-me os Teus Decretos
• Esperarei até que Voltes!
• Faltou o Maior!
• Filactérios e Franjas
• Haviam Eles estado com Jesus
• Já Cheira mal!
• Jesus Chorou!
• Lepra Espiritual
• Levanta-te, Ele te chama!
• Marta, Marta! Andas Inquieta...
• Meu Deus!
• Noé Andava com Deus!
• O Amor Maior!
• Ó Gálatas Insensatos!
• O Imprevisível Pescador Erudito
• O Maior Anunciante do Mundo!
• O Profeta Fujão
• O Valente Miqueias
• Obedecer é melhor que sacrificar
• Onde está o teu Tesouro?
• Os Justos resplandecerão!
• Os Vendilhões do Templo
• Para não pecar contra Ti
• Para quem são o Banquete e a Ceia?
• Paralisia Espiritual
• Pensamentos extraídos de alguns artigos
• Qual é a sua Caverna?
• Quer ouçam, Quer deixem de ouvir!
• Quero, Fica Limpo!
• Raça Eleita, Nação Santa!
• Se o Meu Povo...
• Se Perecer, Pereci!
• Senhor, vem e vê!
• Sete Mil não dobraram os Joelhos!
• Somente Folhas
• Tende Bom Ânimo!
• Tirai a Pedra!
• Tu és o Meu Deus!
• Uma Trajetória longa, do Palco ao Púlpito!


PREFÁCIO

O homem e o tempo
O ser humano é fantástico. Surpreende pelo mal que pratica, ou pelo bem que o distingue das demais criaturas. Há os que semeiam a discórdia e existem aqueles que com sábias palavras plantam sementes de amor, paz, fraternidade e amor ao próximo. Essas, em nossos dias, são consideradas especiais, fruto do bem-querer do Senhor e selecionadas por Ele para acalmar a quem está aflito e inseguro e mostrar com clareza os caminhos traçados pelo verdadeiro cristianismo.
Fui agraciada por Deus ao reencontrar depois de alguns anos, Manoel Malta, que no ontem transitou por veredas do sucesso no rádio e televisão, como cantor, apresentador, locutor, ator e agenciador. Foi inclusive, político militante. Chegou a declarar em livro lançado em 2007, sobre a trajetória da TV em Pernambuco que “fui um dos maiores boêmios do Recife. Bebia dia sim e outro também”. As transformações ocorrem quando menos se espera. O homem do mundo se transformou no homem servidor de Jesus, cuja missão hoje está em difundir o evangelho e o faz com mente e corações fixos no Senhor.
O pernambucano Manoel Malta que antes pertencera a Primeira Igreja Presbiteriana do Recife, passou quarenta e oito anos longe do evangelho. Ficou viúvo e foi através de sua segunda mulher que passou a frequentar a Igreja Presbiteriana de Candeias. Nádia, com suas orações, conseguiu fazê-lo voltar ao convívio da família religiosa e o fez com tanto fervor que algum tempo depois, ele resolveu se aprofundar no estudo das Sagradas Escrituras, ordenando-se pastor.
O nosso Deus opera, a seu tempo, o retorno do filho à sua casa. Pois, bem, o autor do livro Palavras do Pastor faz parte daqueles que plantam as sementes do amor. Não como os falsos profetas, pelo contrário, com a clareza que o Espírito Santo concedeu.
Ao se aposentar dedicou a maior parte do seu tempo a reflexões sobre a vida e o Criador. O autor passou a traduzir em palavras seus pensamentos e compartilha como articulista com os leitores dos jornais demonstrando segurança sobre o que considera relevante para o cristão. Que vitória! Uma benção!
Agora ao lançar o livro Palavras do Pastor vai mais longe e aborda com coragem as distorções praticadas por falsos arautos da Palavra, a exploração da fé pelos Vendilhões do Templo, passando pela Cegueira Espiritual, A coragem de Davi, O imprevisível pescador erudito, Somente folhas, totalizando sessenta instigantes e elegantes capítulos. O autor comenta os milagres de Jesus, descreve a coragem dos profetas que enfrentaram reis, autoridades política e religiosa; faz considerações sobre os relatos dos apóstolos Mateus, Marcos, Lucas e João; comenta as diversas passagens descritas na Bíblia onde Cristo com a sua Palavra exorta os povos a seguirem os seus ensinamentos recheados de solidariedade e amor ao próximo. E de forma enérgica critica os falsos profetas dos novos tempos que exploram a fé humana na busca da obtenção de vantagens pessoais.
O trabalho literário de Manoel Malta vai além de uma simples pregação porque produz no leitor aquela agradável sensação de querer saber mais e de ler todas as páginas do livro de uma só vez.
Carmen Peixoto
Jornalista
Recife, agosto de 2014.


INTRODUÇÃO

Um texto das Escrituras tem chamado a minha atenção nos últimos tempos, pela sua atualidade, mesmo tendo sido escrito tanto tempo atrás. O texto referido é a epístola de Judas, o meio irmão de Jesus, mais precisamente os versículos três e quatro que dizem o seguinte: “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos. Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo”.
Os versículos citados acima moveram o meu velho coração no sentido de pelejar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Assim nasceu: PALAVRAS DO PASTOR, cujo título nasceu da sugestão de um velho amigo de tempos idos, Luiz Maranhão Filho, é uma pequena série de artigos sobre o que tenho visto e ouvido em nossos dias. O que tem acontecido com a chamada igreja do Senhor Jesus Cristo sobre a terra? Onde foram parar os homens e mulheres de Deus sérios que deram suas vidas para que o Evangelho chegasse aos confins da terra? Que mercadejamento da palavra é esse que estamos assistindo de braços cruzados? Que manipulação é essa da emoção das pessoas incautas, no sentido de aprisioná-las em redutos ditos cristãos, fazendo-as perderem o foco do Cristo e se renderem a líderes inescrupulosos? As perguntas são muitas. Mas confio no Senhor que é o Dono da igreja. Ele levantará todos os joelhos que não têm se dobrado a Baal para que a uma só voz clamem por mudanças efetivas.
Tem sido sim, doloroso para meu velho e cansado coração assistir a proliferação crescente de indivíduos dissimuladores que têm com suas práticas libertinas, desvirtuado o Evangelho do Cristo Vivo e transformado a igreja num covil de salteadores. A presente obra não tem nenhuma pretensão literária ou mesmo de mudar o que quer que seja, mas é um pequeno manifesto contra tudo isto. É uma forma de exteriorizar todo o meu repúdio e indignação a tudo isto como uma dissonante voz que clama no deserto. Ser cristão é andar na contramão do mundo. Todas essas coisas têm me levado a buscar o Senhor madrugada após madrugada, estou certo que essas orações, apesar de mim, não cairão no esquecimento diante do Pai Celestial.
Já nem falo do que vejo lá fora: as detestáveis idolatrias, a violência e promiscuidade sem precedentes num mundo sem Deus, que jaz no maligno. Por isso é imperioso nos posicionarmos como cristãos professos em um não conformismo com o presente século.
Creio firmemente que tudo que temos visto são prenúncios da Segunda Vinda de Cristo. Que possamos orar e vigiar de forma perseverante na fé e no testemunho para naquele dia sermos encontrados de pé na presença do Filho do Homem, vestidos e não nus.
Que o Senhor nos abençoe, fortaleça e tenha misericórdia de nós! Em Cristo Jesus,
Manoel Malta, servo do Deus Vivo!


A CEGUEIRA ESPIRITUAL

Os evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João naturalmente inspirados pelo Espírito Santo, seguindo o roteiro de registrar os milagres de Jesus durante o seu ministério terreno, dão destaque a determinados milagres do Mestre, que nos servem de exemplo para uma adaptação à vida atual. Eles deram ênfase a cura de determinados paralíticos entre os muitos que Jesus curou, a alguns leprosos em especial, bem como a certos cegos que clamavam ou simplesmente se achegavam a ele.
Todos esses destaques podem ser comparados com o “modus vivendi” dos dias atuais. Os paralíticos podem voltar a andar, os leprosos podem ser curados e os cegos podem voltar a ver, mesmo aqueles que nunca enxergaram coisa alguma, os de nascença. É exatamente sobre estes últimos que queremos comentar: os cegos espirituais.
Mateus 9.29, 30 registra: “Então lhes tocou os olhos dizendo: faça-se-vos conforme a vossa fé. E abriram-se-lhes os olhos”. Os dois cegos imediatamente voltaram a ver e foram seguindo a Jesus.
Marcos 8.22 e 10.46 descreve os dois episódios: em um Jesus aplicou saliva nos olhos e ele “ficou restabelecido e tudo distinguia de modo perfeito” o outro foi Bartimeu que clamou, mesmo sendo repreendido por muitos, foi chamado por Jesus que lhe perguntou: “Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver. Então, Jesus lhe disse: vai a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada a fora”.
Lucas 18.35-43 narra o mesmo episódio com o mesmo desfecho. João 9.1-12 narra com exclusividade a cura de um cego de nascença, sua obediência indo lavar-se no tanque de Siloé, sua inquirição pelos fariseus e suas veementes afirmativas: “Se é pecador, não sei; uma coisa eu sei: eu era cego e agora vejo”.
Naturalmente que inúmeros outros cegos foram curados por Jesus, mas os evangelistas registraram especificamente estes para que nos servissem hoje em dia como parâmetros espirituais. É muito grande o número de cegos espirituais que vagam pelo mundo atual. Há os que andam seguindo a multidão que se diz cristã, mas que simplesmente são seguidores de figuras grotescas enganadores que roubam para si a adoração que só deve ser dedicada à Santíssima Trindade.
Há os que estão à beira da estrada da vida esmolando bênçãos, curas, libertação e salvação a pseudo deuses contrariando o que o profeta Isaías registrou como Palavra do Senhor No versículo oito do capítulo quarenta e dois do seu livro: “Eu Sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura”.
Há ainda os cegos de nascença. Nasceram, se criaram e ainda continuam cegos sem enxergar as maravilhosas promessas de Deus, os ensinamentos deixados por seu Filho amado e a ação do Espírito Santo.
É triste vermos tantas pessoas inteligentes, alfabetizadas, cultas e até bem intencionadas que às vezes até têm as Sagradas Escrituras ao seu alcance, não enxergarem as verdades nelas contidas, as leis e o amor infinito de Deus por elas. Bastava que estas pessoas lembrassem o que Jesus disse aos saduceus: “Errais não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mt. 22.29). É como diz o velho ditado popular: “O pior cego é aquele que não quer ver”. E assim vai seguindo trôpego em sua cegueira espiritual.


A CORAGEM DOS PROFETAS

É grande a nossa admiração pela coragem indômita dos profetas do Velho Testamento. Homens escolhidos por Deus, entre as mais diversas posições sociais, profissões e atividades, numa demonstração bem patente de que o Senhor não faz acepção de pessoas. Alguns até, que nem os seus nomes ficaram registrados e são citados apenas como “vidente”, “homem de Deus” ou “enviado do Senhor”.
Foram homens que, obedecendo a ordem de Deus, enfrentaram corajosamente reis, autoridades políticas e religiosas, nações inteiras e o povo em geral, para dizerem cara a cara que estavam errados, eram desobedientes, idólatras, ingratos e alguns atrevidos em extremo.
De Samuel a João Batista, todos tiveram que enfrentar os poderosos e até a fúria popular para cumprir as suas missões. Alguns transformaram a própria vida. Chegaram ao desconforto físico para tipificar os erros e descaminhos daqueles que estavam desobedecendo ao Senhor, voltando-lhe as costas e se entregando a deuses estranhos e suas práticas abomináveis.
Elias enfrentou o rei Acabe, sua terrível esposa a rainha Jezabel e os 450 profetas de Baal. “Um homem de Deus” profetizou contra o altar feito por Jeroboão na presença dele; Isaías, de linhagem real, andou nu e descalço por três anos para mostrar a Israel como a nação estava diante de Deus. Jeremias, um jovem tímido e sensível, com apenas 21 anos enfrentou toda a corte de Jeoaquim, quase foi morto, mas entregou duas vezes a mensagem do Senhor. Ezequiel enfrentou seu próprio povo no cativeiro, contou suas visões, proferiu parábolas, fez poemas e provérbios, e profetizou alertando os exilados sobre os seus pecados e a necessidade de arrependimento. Oséias casou-se com uma mulher infiel e adúltera para mostrar o que o povo estava fazendo com Jeová.
Joel, Amós, Miquéias, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias verberaram ao exortar Israel, seus reis e autoridades religiosas corajosamente.
João Batista chamou os fariseus e saduceus de “raça de víboras” na cara deles, apesar de serem altas autoridades religiosas naquela ocasião. Foram realmente homens de muita coragem e grande desprendimento, porque eram obedientes ao Senhor.
Os nossos líderes religiosos, não deveriam se mirar nesses baluartes da obediência e coragem e enfrentar os “reis”, “profetas” e “baalins” da atualidade?
Está tramitando no Congresso Nacional, debaixo de “sete capas” um famigerado projeto de Lei proibindo a produção e distribuição de qualquer livro, folheto, revista ou literatura qualquer que contenha qualquer manifesto contra a homossexualidade. Isto, logicamente inclui a Bíblia Sagrada. Que absurdo inominável! Cadê a nossa tão falada liberdade de expressão?
Será que voltaremos a ser Sodoma e Gomorra? Com a palavra e Ação os nossos líderes nacionais!


AH... OS PROFETAS!

É muito curiosa a forma como o Senhor escolheu pessoas para transformá-las em profetas a seu serviço. Das mais diversas origens e profissões, lhes dando coragem, discernimento e obediência total às suas ordens. De Moisés a João Batista, uma plêiade de homens cujos nomes e personalidades ficaram como paradigmas por toda a história.
Um filho adotivo da filha de faraó, um filho de uma ex-estéril, um desconhecido de palavra ousada, um neto de um rei, um filho de um sacerdote e que não sabia falar, pois não passava de uma criança, um exilado de origem nobre, um boiadeiro, um pregador da roça, um cantor do templo, e por último outro filho de uma anciã estéril. Sim, porque o Senhor não faz acepção de pessoas. Escolheu homens e mulheres de diversas camadas sociais e lhes deu sabedoria e, sobretudo, coragem para enfrentar reis, autoridades religiosas e poderosos de todos os matizes.
Quando o povo de Deus descambava para a desobediência se entregando à abominável idolatria aparecia sempre um profeta enviado pelo Senhor para clamar e advertir para os perigos a que estavam expostos. Ser profeta verdadeiro é creditar exclusivamente a Deus os seus feitos, palavras ou até milagres. Mas, ser falso profeta é perigoso porque o Senhor é Deus de amor e perdão, mas é também vingador. O apóstolo Paulo diz que precisamos atentar para a bondade e a severidade de Deus.
Quando Elias e Eliseu entregaram o filho da viúva de Sarepta e o da Sunamita ressurretos, não creditaram a si próprios o milagre e não exigiram nada em troca, apenas disseram: “vê, teu filho vive!” I Reis 17:23b e “Toma o teu filho!” II Reis 4:36b. Moisés enfrentou faraó, o mais poderoso homem do seu tempo e por dez vezes mostrou que estava agindo como verdadeiro profeta do Senhor dos Exércitos. Samuel corajosamente repreendeu o Rei Saul quando aquele desobedeceu às ordens do Senhor. Elias, o tesbita, contendeu corajosamente com o idólatra rei Acabe destruindo os falsos profetas de Baal e Astarote protegidos da terrível Rainha Jezabel, mas obedeceu humildemente às ordens do Senhor e se retirou para Querite. Daniel, mesmo pondo em risco sua vida, não deixou de orar ao Senhor contrariando o interdito de Dario, maldosamente engendrado pelos presidentes, prefeitos, sátrapas e governadores do Reino. Eliseu nem ao menos saiu de casa para atender Naamã, comandante dos exércitos do Rei da Assíria, mandou lhe dizer que mergulhasse sete vezes no Rio Jordão para se curar da lepra que consumia seu corpo. Natã recebendo ordem do Senhor repreendeu Davi, quando este, mesmo sendo quem era, cometeu seu grande pecado.
Os demais profetas descritos no Antigo Testamento tiveram coragem de enfrentar os reis e príncipes de Israel e Judá, mesmo sendo perseguidos e maltratados de formas cruéis e aviltantes. João Batista se recusou a batizar os fariseus e saduceus, chamando-os de raça de víboras, repreendeu Herodes e isto lhe custou prisão e perda da própria cabeça.
Quando será que teremos verdadeiros profetas ungidos pelo Senhor com coragem e desprendimento para enfrentar reis, presidentes, donos de religiões as mais diversas, sábios do presente século, cientistas, ateus profissionais e oportunistas, fariseus e saduceus contemporâneos, bem como os falsos pastores e falsos mestres que estão espoliando os incautos que aos milhares lotam os mega templos de hoje em dia? Quem terá a coragem de um Elias, por exemplo, para confrontar os cegos espirituais que endeusam figuras grotescas que passaram a vida inteira se passando por ungidos? Quando será que verdadeiros profetas serão usados por Deus para trazer à luz as fantasias que se passam por milagres, as falcatruas civis e religiosas que a mídia aos poucos vai mostrando, mas que as leis civis atuais acobertam porque são criadas para exatamente proteger os que subliminarmente votam para justificar os seus deslizes futuros? Quando será que vai aparecer alguém como apareceu no passado, com a coragem dos profetas de Moisés a João Batista? Só Deus sabe.


AS ATITUDES HUMANAS
DO CRISTO DIVINO

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14)
Eis a magnífica bênção de Deus para nós: enviou o seu Filho de natureza divina acrescentando-lhe a natureza humana para que sentisse e demonstrasse as reações próprias de qualquer um de nós e a forma correta de vivê-las.
A obediência e submissão aos pais, atitudes que hoje em dia são coisas raras, foram descritas por Lucas no princípio do seu evangelho: “E desceu com eles para Nazaré e era-lhes submisso” (Lc 2.51). Apesar de ter a consciência de sua divindade – “Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?” (Lc 2.49b) – até completar trinta anos demonstrou obediência e submissão aos pais humanos.
Ao iniciar o seu sagrado ministério e na plenitude de suas faculdades humanas, procurou o primo João Batista para que lhe batizasse (Jo. 3.13). Mesmo com a advertência de João Batista “Eu é que preciso ser batizado por ti e tu vens a mim?” (Jo 3.14). Jesus foi enfático: “Deixa por enquanto porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça” (Jo 3.15b). Era necessário que a atitude lógica e precisa do ser humano, fosse selada pelo ato do batismo.
A resistência ao diabo é uma atitude que, como deve estar sempre presente em todos nós, foi demonstrada por Jesus logo no início do seu ministério quando depois dos quarenta dias no deserto, resistiu brilhantemente ao diabo. Alguns anos depois seu irmão Tiago em sua epístola no capítulo quatro versículo sete aconselhou: “Sujeitai-vos, portanto a Deus, mas resisti ao diabo e ele fugirá de vós”. Tiago se espelhava na atitude humana do seu querido meio irmão biológico e Mestre.
Outra atitude humana que caracterizou Jesus foi a oração. Ele tudo podia e tudo sabia, mas precisava ensinar aos discípulos e mostrar a necessidade insubstituível da oração. Os evangelistas registraram os vários momentos em que Jesus se recolhia para orar. Recomendou e ensinou-nos a orar, com precisão e detalhes memoráveis, o “Pai Nosso” como modelo.
Como todo ser humano Jesus também dormia. Dormiu até mesmo na popa de um barco no meio de uma tempestade. Um sono tão grande que mesmo o barco sendo abalado pelas fortes ondas, foi necessário que os companheiros fossem acordá-lo com veemência pedindo-lhe ajuda. Dormir é uma necessidade de qualquer ser humano e a natureza humana de Jesus também precisava de sono.
Um dos gestos que mais identificam a natureza humana é o choro. Derramar lágrimas de dor ou sentimento é uma característica do ser humano. Jesus apesar de divino, também chorou. João e Lucas registraram as lágrimas do Mestre. No segundo menor versículo da Bíblia João disse que “Jesus chorou” (Jo11.35) diante do sepulcro de Lázaro. Lucas registrou o choro do Senhor que vendo a Jerusalém que não lhe aceitava e que seria destruída setenta anos mais tarde.
O destempero emocional que às vezes assola o ser humano levando-o a praticar gestos agressivos frutos da ira ou indignação, também aflorou na natureza humana do Divino Mestre, ao empunhar um azorrague para expulsar os vendilhões do templo, contrastando com a ternura e mansidão do Sermão do Monte e ao contar parábolas ou pedir: “Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” e “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso”. (palavras da cruz).
A fome, o cansaço e sede, também se manifestaram em Jesus. Após os quarenta dias no deserto, no meio de uma viagem e à beira do poço de Jacó em frente a mulher samaritana.
Marcos registrou um gesto de Jesus quando os fariseus, tentando-o, pediram-lhe um sinal do céu. O onipotente Senhor deixou escapar uma atitude eminentemente humana arrancando do íntimo um gemido (Mc 8.12). Em cada milagre feito, em cada palavra de conforto e aconselhamento Jesus sempre deu ênfase às atitudes humanas do Cristo Divino.


AS CONTUNDÊNCIAS
DO APÓSTOLO PAULO

O Apóstolo Paulo a si mesmo se definiu como “circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto a Lei, fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto a justiça que há na Lei, irrepreensível”. Junte-se a estas qualidades o fato de conhecer o estilo de João Batista – “Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura?” – e a forma como o próprio Jesus Cristo foi algumas vezes contundente repreendendo os fariseus, saduceus e doutores da Lei, e comparando-os a “sepulcros caiados”. O apóstolo dos gentios também foi muitas vezes contundente em suas palavras, exortações e ensinamentos.
Ao se dirigir aos Gálatas, já no primeiro capítulo os versículos oito e nove são contundentes: “mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos tenho pregado, seja anátema. Assim como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá alem daquele que recebestes, seja anátema (maldito)”.
Mais adiante no primeiro versículo do capítulo três da mesma carta ele clama: “Ó Gálatas insensatos!”. No capítulo cinco nos versículos dezenove a vinte e um ele diz: “Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e cousas semelhantes a estas à respeito das quais eu vos declaro, como outrora vos preveni, que não entrarão no reino de Deus os que tais cousas praticam”.
Estas contundentes declarações de Paulo deixam muitas pessoas tremendo nas bases. Na sua primeira carta aos Coríntios o apóstolo Paulo também é contundente quando afirma, nos versículos nove e dez o seguinte: “Ou não sabei que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus”. É mais uma coleção de coitados que, como também diz Paulo, terá que prestar contas de si a Deus.
Dirigindo-se aos Efésios no capítulo cinco versículos cinco e seis o Apóstolo Paulo é também contundente: “Sabei, isto: nem um incontinente ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas cousas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência”. Ainda tem gente que é impura e idólatra pensando que vai herdar o reino de Deus. Paulo diz que não.
O apóstolo já previa que, como satanás se transforma em um anjo de luz, as doutrinas e os evangelhos heréticos iriam assolar a igreja naquele dias e no futuro, Paulo nos deixou uma exortação contundente na carta aos Colossenses capítulo dois versículo oito: “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo”.
A tradição e os rudimentos do mundo têm levado multidões a um engano fatal, porque o velho e sábio adágio popular afirma que “O pior cego é aquele que não quer ver”.
Paulo deixou muitas outras frases contundentes, mas também nos deu muitos exemplos e conselhos que são verdadeiros balsamo de Gileade: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé”, “Regozijai-vos sempre, Orai sem cessar. Em tudo daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”.


AS ESCOLHAS DIVINAS

O direito de escolha nos foi dado por Deus desde os primórdios. Ele mesmo deu o exemplo. Começou com Adão e foi se estendendo pelos séculos e séculos, sempre fazendo a escolha perfeita sem levar em conta a aparência exterior da pessoa, sua profissão, sua intelectualidade ou qualquer outro atributo. Até mesmo alguns que apesar de possuírem, defeitos morais ou de conduta, depois de escolhidos se tornaram grandes figuras da história da humanidade, particularmente da história do povo de Deus, dos quais nos ocuparemos neste comentário.
O Senhor tirou Abraão de sua terra e da sua parentela, deu-lhe Canaã e fez dele “uma grande nação” e mesmo depois de se tornar o primeiro grande mentiroso, Deus continuou a prestigiá-lo sobremaneira. Isaac também foi mentiroso. Jacó era trapaceiro ao extremo. Moisés matou um egípcio. Raabe era uma prostituta. Davi – o grande rei de Israel – cometeu adultério e homicídio.
O Senhor escolheu um jovem de sangue real, aristocrata de linhagem nobre como Isaias da mesma forma que escolheu um boiadeiro e colhedor de sicômoros como Amós, para serem seus profetas.
Escolheu um homem estadista, embora leigo, muito amoroso como Oséias do mesmo modo como escolheu um jovem tímido e sensível como Jeremias para serem seus intérpretes junto a Israel e Judá. Foi buscar um bastardo filho de uma prostituta como Jefté assim como escolheu um dedicado e humilde trabalhador como Gideão para libertarem os hebreus de seus inimigos.
Jesus por sua vez, também fez escolhas surpreendentes, como pescadores rudes, coletores de impostos, um sectário político, jovens rebeldes, um covarde que o negou três vezes, um discípulo que fugiu nu para não ser preso com Jesus no Getsemani e tantas outras pessoas de reputação duvidosa para com elas, andar, comer e se comunicar.
Uma de suas maiores escolhas foi sem dúvida a do apóstolo Paulo. De Saulo de Tarso inimigo feroz dos cristãos, Jesus fez o grande e inigualável apóstolo dos gentios. Basta que passemos a vista pelas histórias dessas pessoas escolhidas por Deus, para constatarmos a precisão e perfeição das escolhas.
O que nos chama a atenção é que mesmo com todos os defeitos, essas pessoas pela ação da graça de Deus se tornaram exemplos maravilhosos de fidelidade, obediência e trabalho.
O Senhor continua fazendo escolhas maravilhosas no meio da geração atual. Mesmo entre os que são escravos das obras da carne, conforme descreveu Paulo na sua carta aos Gálatas – “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias” – não importa.
O senhor pode escolher uma pedra bruta e transforma-la numa bela e preciosa jóia a serviço do seu reino para a sua honra e glória. Ninguém, para Deus é descartável, pois o próprio Jesus disse: “O que vem a mim, de maneira nenhuma o lançarei fora”.
Seja você quem for e o que tiver feito, poderá figurar na galeria dos escolhidos de Deus, pois ele poderá transformá-lo. Perfeitas são as ESCOLHAS DIVINAS!


AS LENTILHAS
DESTE MUNDO

As Escrituras Sagradas são um celeiro inesgotável de fatos, situações, histórias, parábolas e exemplos que tipificam a transitoriedade dos dias que passamos pela vida terrena.
O episódio grotesco da troca de uma preciosa primogenitura por um cozinhado de lentilhas, como fez Esaú, diante da esperteza de Jacó, só porque não tinha mais forças para subsistir a um esmorecimento físico, que poderia muito bem ser curado com o repouso material, inteligente e oportuno, é um destes exemplos.
Por esta fraqueza física passageira, Esaú pagou um preço muito alto, tão alto que até hoje, após alguns milênios, se reflete nos relacionamentos das descendências daqueles dois gêmeos.
As “lentilhas” tão bem cozinhadas por Jacó e tão gananciosamente desejadas e deglutidas por Esaú saciaram sua fome ocasional, mas deixaram outro tipo de fome de consequências desastrosas.
Esaú perdeu a tão valiosa primogenitura que agregava privilégios materiais e bênçãos celestiais, porque a trocou por um prato de lentilhas. Tão infeliz atitude ocasional e irrefletida, custou-lhe até a troca de nome: passou a chamar-se Edom e os edomitas foram mais além. Os seus descendentes sempre perturbaram a vida dos filhos de Jacó, que por sua vez passou a se chamar Israel e até hoje os desentendimentos continuam. Tudo por causa de um “cozinhado de lentilhas”.
Os “Esaús e Jacós” dos nossos tempos continuam vivendo exatamente episódios semelhantes àquele de Gênesis 25: 27-34. Os Esaús atuais vivem trocando seu futuro e até sua vida eterna pelos “cozinhados de lentilhas” que os Jacós modernos oferecem instruídos, orientados e manipulados pelas artimanhas de satanás. As desobediências, as desonestidades, os vícios, a idolatria em todas as suas formas sutis e subjetivas, a ganância desenfreada, a incredulidade, os dogmas e as doutrinas humanas e toda uma série de deformidades morais, científicas e atéias que vão paulatina e subliminarmente corroendo os pilares de uma humanidade que foi criada por Deus para ser pura e santa, herdeira natural de uma vida eterna junto ao Grande Pai.
Precisamos hoje, mais do que nunca, ter cuidado com as “lentilhas” do mundo moderno, para não perdermos nossa “primogenitura”, nossas bênçãos e nossa salvação. A “culinária” mundana dos dias atuais supera em muito aquela usada nos dias de Jacó. O simples cozinhado do patriarca é hoje um inocente repasto diante do cardápio maquiavélico que a ciência dos nossos dias oferece aos desavisados.
Quem não está saciado com o banquete das Sagradas Escrituras pode cair facilmente no engodo dos lautos e enfeitados pratos de “lentilhas enganosas” de hoje em dia. Um copo aqui, uma taça ali, um tira-gosto acolá, uma conversa bonita, uma promessa irrecusável e lá se vão as bênçãos reservadas para os que deviam permanecer fiéis sem se deixar enganar pelas aparências.
Nunca devemos trocar a pureza e a simplicidade da Igreja Primitiva pela opulência e falácia dos “cozinhados de lentilhas” dos dias atuais que continuam sendo oferecidos através de todas as formas, de maneira farta e contundente.


AS VÍBORAS NOS GRAVETOS

É maravilhoso e gratificante descobrirmos, em determinados episódios narrados nas Sagradas Escrituras, as lições que eles encerram. Basta tão somente que prestemos muita atenção aos pequenos detalhes contidos na maioria deles. Parece que o autor de cada narrativa queria deixar para a posteridade umas dicas para que pudéssemos adaptá-las à vida atual ou ao momento específico que estamos vivendo, como alerta para não cairmos nas ciladas muito bem arquitetadas pela astúcia contumaz do inimigo de nossas almas que se compraz em ver nossa vida e nossos caminhos destroçados.
O evangelista médico Lucas foi um mestre em descrever episódios, fatos e momentos importantes. O suor de Jesus se tornando em gotas de sangue no Getsêmane (Lc 22.44b), o olhar de Jesus para Pedro logo depois que ele negou conhecê-lo pela terceira vez (Lc 22.61) e um outro momento do qual nos ocuparemos neste comentário e que está no Livro de Atos dos Apóstolos capítulo 28 nos versículos 3 em diante: “Tendo Paulo ajuntado e atirado à fogueira um feixe de gravetos, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se-lhe à mão. Quando os bárbaros viram a víbora pendente da mão dele, disseram uns aos outros: Certamente este homem é assassino, porque salvo do mar, a Justiça não o deixa viver. Porém ele sacudindo o réptil no fogo não sofreu mal nenhum, mas esperavam que ele viesse a inchar ou cair morto de repente. Mas depois de muito esperar vendo que nenhum mal lhe sucedia, mudando de parecer, diziam ser ele um deus”.
A narrativa pode parecer um episódio insignificante, mas na realidade contém uma mensagem importante. A providencia divina ensejando aquele momento levou Lucas a registrá-lo para servir de alerta e orientar as gerações futuras, de uma forma prática, de como fazer para se libertar das “víboras dos feixes deste mundo”.
Em primeiro lugar devemos estar lembrados de que Jesus disse “aos setenta” e que Lucas mais uma vez registrou em seu evangelho, no versículo 19 do capítulo 10: “Eis ai vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente, vos causará dano”. É bom lembrar que Jesus disse que “passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mt 24.35).
Em segundo lugar, devemos fazer como Paulo fez: sacudir no fogo do inferno as víboras que nos prendem, nos mordem, e nos atormentam. Elas nos atacam disfarçadas em desobediências às leis divinas, em doutrinas e dogmas humanos, em idolatrias, em vícios e em tantas deformidades morais e espirituais.
As “víboras” estão sempre escondidas nos feixes de costumes, atitudes, crendices, falácias dos lobos disfarçados de cordeiros, de principados e potestades, dos que se acham donos da verdade, fariseus e saduceus modernos. Elas são praticamente imperceptíveis e só as descobrimos quando somos mordidos por elas, e se não estivermos protegidos pela promessa de Jesus aos “setenta”, estendida a nós, iremos “inchar e cair mortos” como acreditavam os bárbaros que Paulo o fosse. Portanto se faz necessário que tenhamos a coragem que nos torne em novos Paulos, Agostinhos, Policarpos, Crisóstomos e demais pais da Igreja primitiva. Os “gravetos” que ajuntamos para atirar na fogueira da perdição estão cheios de “víboras” e é absolutamente necessário que nos livremos deles o quanto antes. Pode ser difícil e penoso, mas é necessário e gratificante.


ASSIM, POIS...

Tenho profundo respeito pelas pessoas que com sinceridade e isenção de ânimo divergem das minhas ideias e das minhas convicções, mesmo porque, quem sou eu para “julgar o servo alheio” conforme Romanos 14.4? Se tenho citado exaustivamente a Palavra de Deus, é por ser ela para mim a única regra de fé e prática e diante da qual não cabe “achismos” humanos. Sei somente que quando exorto, comento e chamo a atenção, é porque estou obedecendo ao “IDE” de Jesus Cristo em Marcos 14.15 e convencido do que disse o apostolo Paulo em Romanos 14.12: “Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus”.
Não me cabe julgar, mas simplesmente lamentar a atitude de quem não se dá conta do que está em Deuteronômio 28.1-68 com quatorze bênçãos para a obediência e cinquenta e quatro maldições para a desobediência às Leis de Deus. Também me deixa triste olhar para aqueles que não aceitam os oito primeiros versículos do salmo 115, para os que não obedecem ou se convencem do que está em João 3.16, Gálatas 1.8, Romanos 1.18-27, Hebreus 9.27, Apocalipse 3.20 e tantos outros ensinamentos, tantas Leis de que estão eivadas as Sagradas Escrituras, lamento sim, porque “Assim, pois...”.
Fico triste quando vejo um país idólatra ou ateu desconhecer o versículo 12 do salmo 33: “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor e o povo que ele escolheu para sua herança”. Sinto necessidade de orar pelo Sudão, Eritreia e demais países da janela chamada 10/40, pela China e pela Coréia do Norte onde ser cristão é crime hediondo passível até de julgamento sumário, sim, me entristeço porque: “Assim, pois...”.
É lamentável tomar conhecimento da atitude de quem não se dá conta do que Jesus Cristo afirmou, conforme está em Mateus 6.24: “Ninguém pode servir a dois senhores”, e desconhece ou não aceita o que Deus disse através do profeta Isaías 42.8. Sim, realmente é para lamentar porque:
“Assim, pois...”.
Entristeço-me quando vejo as pessoas firmarem-se no conceito de que a salvação pode vir pelas boas obras e não pela graça mediante a fé. Acho de bom alvitre estas pessoas lerem com atenção Efésios 2.8. As obras segundo Tiago, o meio irmão de Jesus, existem, para consumar a fé, conforme Tg 2.14-26. É salutar também ler Romanos 3.28.
Tenho a nítida impressão de que o coração de Deus se entristece profundamente quando vê as pessoas serem iludidas pelos filhos de Belial que depenam os incautos com a promessa de salvação pelo dinheiro pelas ofertas de bens materiais e até por passe de ônibus ou ticket-refeição. O Evangelho diz que a salvação verdadeira é oferecida gratuitamente por Deus através do sacrifício vicário (substitutivo) do seu Filho amado, Jesus, e nós a recebemos quando o aceitamos como nosso único e suficiente salvador.
A retórica das sumidades intelectuais serve mais para afagar o ego de cada uma delas do que para pregar o Evangelho simples e maravilhoso de nosso Senhor Jesus Cristo. É preciso observar bem o que o apóstolo Paulo diz em I Coríntio 10.12; 1.17, 24b; II Coríntios 10.17 e tantas outras admoestações de como devemos falar, escrever e andar pelos caminhos do Senhor. O Apóstolo Paulo mesmo tendo sido um fariseu ilustre e portador de muitas letras, conforme declarou Festo, as quais o faziam delirar - Atos 26.24, teve a humildade de dizer aos Coríntios em sua primeira carta àqueles irmãos o que lemos em I Coríntios 2.4, 3.19, 20.
Reconheço a pequenez dos meus conhecimentos teológicos, mas uma coisa faço constantemente: Leio, leio e releio a Palavra de Deus e pela sua graça procuro obedecê-la porque “Assim, pois...”.


CHOROU MUITÍSSIMO!

O choro é a nossa primeira manifestação de vida extra-uterina. A entrada de ar nos pulmões do recém nascido provoca uma dor tal que a criança instintivamente abre no berreiro, que anuncia o inicio dos sofrimentos que ela vai enfrentar pela vida a fora. É o primeiro aviso que recebemos e da forma como havemos de reagir após os diversos impactos dolorosos que nos virão.
Esses impactos podem nos atingir por motivos físicos, sentimentais, morais e às vezes, até por uma grande alegria. As Escrituras Sagradas registram o choro de vários dos maiores expoentes da história do povo de Deus. Cada um chorou por um motivo diferente. Jeremias, os anciãos, Esdras, Saul, Pedro, Ana, Ezequias, Davi e vários outros, inclusive o próprio Jesus. O que nos prova que a dor que provoca o choro não faz acepção de pessoas.
O choro à vezes, pode até ser teatral, ou enganador, que são as célebres “lágrimas de crocodilo”, exibido com a finalidade de demonstrar qualidades artísticas ou comover espectadores ou circunstantes, mas em geral estes choros são facilmente desmascarados.
Entretanto, o mais comum é que o choro é causado pela dor seja qual for o motivo. Até o mais valente, o de coração mais empedernido tem o seu momento de derramar suas lágrimas. Existe aquele choro que não derrama lágrimas como o chorinho musical ou a forma de pedir humildemente um favor uma, ajuda ou empurrãozinho funcional, mas em geral o choro é coisa séria.
Ora, se o rei Ezequias que andou diante do Senhor com fidelidade e inteireza de coração e fez o que era reto aos Seus olhos, chorou muitíssimo com o rosto voltado para a parede (IIRs.20.2,3), quanto maior volume de lágrimas deviam derramar os que andam infielmente diante de Deus? Que
enorme pranto não deveriam chorar aqueles que conservam o coração vazio dos apelos divinos que os chama para o seu regaço! Que dor tão grande não deveriam sentir os que de forma insana não fazem o que é reto perante os olhos de quem ofereceu Seu próprio Filho com seu precioso sangue para lavar os seus pecados!
Imagine cada um de nós, mesmo julgando-se digno ou merecedor de clemência receber a sentença imposta a Ezequias: “Põe ordem em tua casa, porque morrerás e não viverás”! De que tamanho seria nosso desespero e quantas lágrimas derramaríamos!
Infelizmente é grande a multidão de pessoas que mergulhadas em suas desobediências nem sequer pedem perdão, quanto mais se dignam de chorar depois de reconhecê-las! Mal sabem elas que o Pai celestial ouve as orações e vê as lágrimas que são derramadas com sinceridade e está pronto a revogar a sentença condenatória.
Sendo Ezequias um rei teve a humildade de se prostrar diante do SENHOR DOS SENHORES, chorar muitíssimo e pedir que Ele se lembrasse de sua fidelidade. Entretanto, estamos presenciando a ingratidão e a indiferença da legião de simples vassalos, que no dizer do apóstolo Paulo é composta de: egoístas, arrogantes, blasfemadores, ingratos, implacáveis, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus”. Mas mesmo para estes existe o perdão da parte de quem é AMOR. Basta que chorem muitíssimo.


COM A CORAGEM DE DAVI

O Capitulo 12 do livro de Êxodo narra a instituição da páscoa com detalhes preciosos. O versículo dois fixa o “primeiro mês do ano” – Judaico, naturalmente – chamado ABIBE ou NISÃ, que corresponde ao período da segunda metade de março à primeira metade de abril do nosso calendário.
Os versículos cinco e seis falam sobre o cordeiro, quando deve ser imolado – dia e hora. O versículo 11 diz que aquele dia “é a PÁSCOA DO SENHOR”. Os versículos 15 e 17 “dizem que sete dias comereis pães asmos e guardai, pois a festa dos Pães asmos”.
No importante versículo 16 o Senhor ordena: “Ao primeiro dia haverá para vós outros SANTA ASSEMBLÉIA: também no sétimo dia tereis SANTA ASSEMBLÉIA; nenhuma obra se fará nele”. Está, portanto instituído o sábado religioso, do qual também o Senhor fala em Lv 16:31. De tal forma que os judeus ficaram guardando a SANTA ASSEMBLÉIA – o sábado religioso – em todas as festas no primeiro e no sétimo dia sem que estas SANTAS ASSEMBLÉIAS acontecessem no sétimo dia da semana, ou seja, no sábado da lei, conforme Ex 23:12 e versículos 15 e 16.
“No capítulo 23 de Levítico o Senhor fala exaustivamente da SANTA CONVOCAÇÃO, sábado de descanso solene “além dos sábados do Senhor” (versículo 38) “celebrareis o vosso sábado”.
Por que faço tanta questão de provar pela Palavra de Deus que existem dois tipos sábado nas escrituras? Exatamente porque o “sábado” ao qual se referem Marcos 15:42 e 16:1, Lucas 23:54 e 56 e João 19:31 NÃO foi o sábado da Lei, ou seja, o sétimo dia da semana e SIM o primeiro dia da festa dos pães asmos. Vejamos algumas evidências: Em Marcos 16.1 diz que passado o sábado, Maria Madalena, Maria mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para embalsamá-lo (compraram em que dia se no sábado elas não podiam fazê-lo?). Lucas 23:54 diz “era o dia da preparação e começava o sábado”. No versículo 26b Lucas diz “e no sábado descansaram segundo o mandamento”. João 20:1 diz: “no primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada sendo ainda escuro”.
E agora? Mateus diz que as Marias foram ao sepulcro “ao findar do sábado”. Marcos diz que as Marias, “passado o sábado” compraram aromas e muito cedo no primeiro dia da semana ao despontar do Sol foram ao túmulo. Lucas diz em 23:56b que “elas no sábado descansaram segundo o mandamento” e João diz que Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada sendo ainda escuro.
Eu pergunto: Quando foi que as Marias após observarem o mandamento que nada se podia fazer no sábado compraram e prepararam os aromas? É aí que eu me revisto da coragem de Davi para enfrentar os Golias da teologia: armo-me destas cinco pedrinhas fornecidas por Moisés, Mateus, Marcos, Lucas e João e afirmo que Jesus morreu às três horas da tarde da QUARTA FEIRA, foi sepultado antes de começar a QUINTA FEIRA – o sábado religioso que foi guardado pelas Marias, que na SEXTA FEIRA compraram e prepararam os aromas, descansaram o SÁBADO da lei e na madrugada do domingo foram ao sepulcro.
Marcos é contundente no capítulo 8 versículo 31b, no capítulo 9:31b, no capítulo 10:34 ele diz com ênfase: “Depois de Três dias”, “mas, Três dias DEPOIS da sua morte, ressuscitará” e “depois de Três dias ressuscitará”, respectivamente.
Querem mais? Conforme Mateus registrou no capítulo 12:40 do seu evangelho diz que Jesus mesmo disse que “o Filho do homem estará três dias e três noites no coração da Terra”. Alguém me prove que da sexta feira às três horas da tarde às primeiras horas do domingo são decorridos “TRES DIAS E TRÊS NOITES” se não conseguirem me provar aceitem de uma vez por todas que Jesus morreu numa QUARTA FEIRA. Curioso: nem um dos evangelistas fala de SEXTA FEIRA! Não é sintomático?


COM GEMIDOS
INEXPRIMÍVEIS

Ao nos debruçarmos sobre as Sagradas Escrituras em busca de uma forma eficiente de um contato com o Senhor, seja para pedir, seja para agradecer, nos deparamos com insólitos exemplos de como nos dirigir a ele.
Moisés clamou pelo povo e ouviu o Senhor dizer: “Por que clamas a mim? Dize ao Povo que marche”. Outra vez pediu para morrer como aconteceu também com Elias. Ezequias “chorou muitíssimo” clamando e até o próprio Jesus orou “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice”.
Devemos lembrar que Jesus ao iniciar seu ministério, ao proferir o Sermão do Monte ensinou seus discípulos: “Quando orardes não sereis como os hipócritas; entra no teu quarto, fechada a porta, orareis a teu Pai, não useis de vãs repetições” e deixou até uma sucinta orientação dos assuntos a serem abordados, não necessariamente repetidos automaticamente numas vãs repetições.
Singularmente chegamos a restrugir quando alimentamos a esperança ou talvez a certeza de que Javé, do alto do seu posto de aguasil está ouvindo as nossas orações, aparando nossas lágrimas e talvez utilizando um dos seus vasos preciosos para nos entregar mensagens confortantes e auspiciosas como fez com Ezequias.
Um coração quebrantado, de inopino, deixa escapar um gemido que, mesmo tênue, dá conta de sofrimentos, angustias, vales e desertos, derramados no altar da onisciência do Pai extremamente bondoso. Este gemido, mesmo tênue, às vezes pleno de acrasia, diz subliminarmente tudo quanto avassala o caminhar, talvez em retorno, qual filho pródigo, na direção da casa do Abba.
Às vezes quando faltam os oráculos, quando os sofrimentos são inexprimíveis, quando as dificuldades e os montes são tão grandes que nos abatem e somos possuídos de orofobia, achamos que não tem jeito.
É exatamente aí onde entra o Maravilhoso, Incomparável Consolador Espírito Santo com seus gemidos inexprimíveis plenos de pureza, para substituir nossas imperfeições idiomáticas, às vezes trôpegas no vernaculismo e ineficazes ante a onisciência do Senhor.
Esse trabalho do Consolador não nos exime de procurar constantemente o colóquio sublime com Aquele que tudo ouve, tudo vê e tudo pode. Existe sim a necessidade premente de fazer como diz a Palavra Sagrada, orar sem cessar, buscar, bater e pedir.
O profeta Elias orou para não chover e durante três anos e meio não caiu nem orvalho. Orou novamente e a chuva veio aos borbotões. E Elias era uma pessoa humana como qualquer um de nós no dizer de Tiago.
Ore! Mesmo que seus gemidos também sejam inexprimíveis porque o Senhor é bom e a sua misericórdia dura para sempre!


CONVERSAS E DISCUSSÕES

É realmente maravilhosa a forma como as Sagradas Escrituras nos ensinam a viver conforme os desígnios de Deus. Se debruçarmos atenta e cuidadosamente nos Oráculos, vamos encontrar às vezes, em pequenos fatos que geralmente nos passam despercebidos, mas que estão ali postos pela maravilhosa onisciência do Senhor, que pela a ação do Espírito Santo providencia uma situação aparentemente sem grande importância, mas que serve para nos dar lições preciosas.
O evangelista Lucas, perspicaz e detalhista, narra fatos que passaram despercebidos ou ignorados pelos demais escritores sagrados do seu tempo. A “visita de um anjo do Senhor” a Zacarias no santuário (Lc 1.10-20), Maria recebendo a notícia de que seria mãe do “ente santo que será chamado filho de Deus” (Lc 1.36), o estremecimento da criança no ventre de Isabel (Lc 1.41), o “Cântico de Maria” (Lc. 1.46-55). E ainda o nascimento de João Batista, os anjos e os pastores que guardavam os seus rebanhos durante as vigílias da noite, a circuncisão de Jesus e as profecias de Simeão e Ana.
Jesus com apenas doze anos, é mostrado por Lucas no meio dos doutores da lei. O instante tremendo de Jesus suando sangue no Getsêmane, seu olhar para Pedro depois das suas três negativas e várias outras cenas e circunstancias que só o Médico amado – no dizer de Paulo – pode captar.
Também nos chama atenção um dos últimos registros exclusivos de Lucas, pelo seu inusitado e pela quase aparente insignificância: “aconteceu que enquanto conversavam e discutiam o próprio Jesus se aproximou e ia com eles. Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer”. (Lc.24.15,16).
É interessante notar que o evangelista Marcos também cita ligeiramente este fato, Jesus aparecendo a dois de seus discípulos “que estavam a caminho do campo” (Mc 16.12b), sem maiores detalhes. Lucas, porém, nos dá a direção deles - Emaús – e até o nome de um chamado “Cleopas” e o detalhe da conversa, discussão e desconhecimento da pessoa de Jesus.
Eis aí a lição deixada por Lucas. Conversar e discutir sem se deter no que há de mais importante que é a visão Daquele que foi, é, e será para todo o sempre: JESUS, o Cristo de Deus.
Quanta conversa fútil, discussão chula, páginas e páginas de “best selers” espalhadas pelo mundo inteiro só para rechear o bolso dos que se valem do marketing para ganhar a fama passageira da vida terrena sem se deter no mais importante que é a vida eterna. Eles dizem: “eu acho assim, eu penso assim, eu afirmo isto e aquilo”. Não percebem que o mais importante, o mais valioso, o melhor, é reconhecer Aquele que está ao nosso lado dizendo: “Eu Sou o caminho, e a Verdade e Vida”.
O apóstolo Paulo escrevendo aos efésios (5.4), aos coríntios (I 15.33), a Tito (3.9) e a Timóteo várias vezes, chama a atenção para conversações torpes, questões e contendas e falatórios vis.
Quanta demonstração de erudição e vaidade, doutrinas espúrias, distorção das verdades simples e puras ensinadas por Jesus, quando seria tão somente necessário ao invés de “conversar e discutir” prestar a atenção e reconhecer o Jesus que está sempre caminhando conosco. Quando estivermos a caminho dos nossos “Emaus” devemos cuidar em reconhecer Jesus ao nosso lado e voltarmos para “Jerusalém da Igreja Primitiva” sem dogmas humanos. Talvez, melhor seria substituir as controvérsias das denominações, das homilias, dos decretos e várias outras elucubrações humanas, pelo estudo permanente, honesto e cuidadoso dos preceitos e mandamentos deixados por Aquele que não veio pregar qualquer uma dessas controvérsias. Ele veio tão somente pagar com a sua vida e seu precioso sangue pelos nossos pecados e garantir nossa salvação, nossa vida eterna ao lado Dele na gloriosa Jerusalém Celestial.


DE DEUS NÃO SE ZOMBA!

O apóstolo Paulo foi enfático quando em sua carta aos Gálatas 6.7 afirmou: “Não vos enganeis, de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará”.
É bastante passarmos uma vista pela história da humanidade, para constatarmos a dura realidade desta afirmativa de Paulo. Zombar, conforme os dicionários, quer dizer escarnecer, mofar, gracejar, não fazer caso e também desobedecer.
Os exemplos são claros desde os mais remotos séculos. O fim dos assírios, medos, persas, babilônicos, passando pelos egípcios, gregos e romanos da antiguidade chegando aos mais recentes, vemos o peso da mão do Senhor sobre tudo e todos os que zombam dele. Até mesmo o seu querido amado e escolhido povo de Israel sofre as consequências da desobediência e zombaria.
De que forma a história atual se refere a Faraó, Salmanezer, Senaqueribe, Nabucodonozor, Alexandre, os cesares, Napoleão, Hitler, Mussolini, Stalin e aos ditadores mais próximos dos nossos dias? Quem não se lembra como foram destruídas Nínive, Babilônia, Jericó e tantas outras cidades que zombaram de Deus? “As invenções da civilização não têm poder contra a artilharia do céu”. Um terremoto, a erupção de um vulcão, um tsunami, uma seca prolongada, uma enchente, um raio, um ciclone ou qualquer outra manifestação violenta da natureza, acaba, destrói, desmorona, desmancha qualquer coisa que o homem julga indestrutível.
Da mesma forma os conceitos, as ideias e as vãs afirmativas de alguns néscios, são reduzidas a nada com o correr dos séculos. Certo intelectual francês disse que a Bíblia era um livro insignificante que estava fadado a mofar nas prateleiras. Os livros dele é que estão apodrecendo nas bibliotecas, enquanto a Bíblia é o maior best-seller de todos os tempos.
Alguns gênios afirmavam que “a religião é o ópio do povo” e, no entanto as suas idéias é que estão sendo um fracasso político e social.
A Bíblia foi, é e sempre será a única regra de fé e prática. É nela que encontramos os preceitos, as leis e a forma de vivermos sem zombar de Deus.
É preciso termos muito cuidado com o que plantamos, pois, com toda certeza vamos colher o nosso fruto. Obediência a Deus traz bênção e desobediência traz maldição, conforme os noventa e três castigos citados em Deuteronômio 28.13-68.
O individuo ou a nação que, de moto próprio prefere, deliberada e definitivamente rejeitar a Deus, desobedecendo aos seus mandamentos, zombando da sua Palavra e das suas promessas escolhe a sua própria ruína. Isto temos confirmado constantemente.
Políticos, artistas, intelectuais, cientistas e líderes que zombaram de Deus sofreram o peso de sua mão onipotente.
Amar, respeitar e obedecer a Deus é, sem nenhuma sombra de dúvida, o melhor caminho porque “de Deus não se zomba”.


DEIXANDO AS VESTES

Os capítulos 39 a 47 do livro de Gênesis nos contam uma parte muito importante da vida de José, o penúltimo filho do patriarca Jacó, da qual podemos tirar um maravilhoso e abençoado exemplo.
“Ele porem, deixando as vestes nas mãos dela, saiu fugindo para fora” (Gn. 39.12b). Este gesto de coragem, desprendimento e firmeza de caráter custou a José a perda de uma posição invejável de mordomo de um dos mais importantes oficiais do país para onde fora levado e vendido como escravo.
Deixar as vestes arrancadas de sobre si, nas mãos daquela que representava a realização de grandes momentos de prazeres carnais, parecia uma atitude insana, mesmo porque seria como deixar no local do incidente uma prova irrefutável do crime não cometido.
E não deu outra. Perdeu a posição tranquila e vantajosa e foi parar na cadeia. Este fato muito se assemelha àquele que acontece quando deixamos “as vestes” da orgia, do pecado, da desobediência, da idolatria e da irresponsabilidade nas mãos do nosso inimigo, o mundo que “Jaz no maligno” no dizer das Escrituras Sagradas.
Ele agora “virou crente”, dizem os antigos amigos, não faz mais parte das nossas noitadas, dos embalos, das farras, dos carnavais e outros pseudo encantos desta vida. Foi parar numa igreja, foi vítima de lavagem cerebral, no lugar das nossas serestas noite a dentro, só quer agora cantar música gospel, de Bíblia na mão e Evangelho na boca.
José foi parar num cárcere. Só que, ao deixar suas vestes em mãos impuras, levou consigo a proteção, o cuidado e realização dos planos que Deus tem para os que se libertam das amarras do pecado. José ao chegar à prisão foi logo recebendo “mercê perante o carcereiro”. Da prisão saiu
depois para interpretar os sonhos de faraó e se tornou o segundo homem pais importante do Egito.
A semelhança continua. Quando deixamos nas mãos do inimigo de nossas almas as “vestes” do mundanismo, da incredulidade, do pecado, lascívia e das doutrinas humanas, quando deixamos de idolatrar o dinheiro, posição, poder e até mesmo tradições e evangelhos espúrios passamos a receber do nosso Senhor e Salvador as bênçãos que ele tem reservadas para os que O procuram e obedecem. Saúde, paz, certeza da salvação eterna, proteção, livramentos sem conta, até mesmo aqueles dos quais não tomamos conhecimento e passamos a ser herdeiros da multiforme graça de Deus.
Que é difícil é. Deixar as “vestes” do bem bom, aceitar às vezes as correções pelas fraquezas, perder aqueles que se diziam amigo “pra toda obra”, mas que na realidade eram amigos das circunstancias, ser ridicularizado, contestado e esquecido, não é fácil admitir e suportar, mas compensa. Deixá-las traz uma felicidade tamanha que só os que se libertam sabem o quanto faz bem.
As vestes de José eram limpas e puras e foram arrancadas, tomadas dele para vingança e vitória da inimiga e rendeu-lhe uma prisão. As nossas “vestes” são às vezes sujas e impuras, mas se as deixarmos nas mãos do nosso inimigo serão para derrotá-lo e sairemos livres cantando nossa vitória e louvando ao nosso Deus, Justo, Bondoso, Longânimo e Galardoador. “Um dos anciãos tomou a palavra dizendo: Estes que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram? Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes” (Ap. 7.13, 14).


DIZE QUE MARCHEM!

Conheci de muito perto uma serva do Senhor que, vez por outra, me dizia que: “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Ao longo das minhas oito décadas de caminhada por esta vida, sempre tive a confirmação desta máxima tão enfatizada por aquela senhora. O “mando” de quem pode, deve ser obedecido por quem tem qualquer parcela de juízo, por menor que seja.
A história da humanidade mostra que esta máxima guarda uma verdade incontestável e as Leis divinas e humanas são a sua comprovação prática.
Quando obedecemos, tácita e inteligentemente o “mando” de quem pode, somos invariavelmente levados a bom termo, exceto apenas, quando o “mando” é somente uma prepotência esdrúxula de um mandante ditador satânico, que ordena práticas contrárias à moral, aos bons costumes e à liberdade. No mais, quando o “mando” é claramente, para o bem de quem recebe a ordem, deve ser obedecido.
Desde os primórdios, Deus mandou inúmeras vezes que muitos dos seus servos fizessem coisas que para eles, era difícil de entender. Mandou Noé construir uma arca daquele tamanho num lugar onde não existia nem ao menos um riacho. Mandou Abraão deixar sua parentela e ir para um lugar que ele não conhecia nem de ouvir falar. Mandou Moisés tirar o povo hebreu das garras de faraó somente com uma vara e depois o mandou ordenar aos filhos de Israel que marchassem pelo mar a dentro. Mandou o profeta Isaias andar durante três anos, nu “com as vergonhas de fora”, como sinal a nação impenitente de Israel. Realmente mandava porque podia fazê-lo.
Muitos outros servos do Senhor ouviram o “mando” divino e “ajuizadamente” obedeceram, deixando maravilhosos exemplos para a humanidade. Profetas, patriarcas, juízes, reis, homens e mulheres de
Deus, simplesmente tiveram juízo suficiente para obedecer e fizeram história.
E hoje em dia? Como anda a humanidade? Será que as nações, os povos, as criaturas que aos bilhões, enchem o nosso planeta, estão ouvindo e atentando para os “mandos” do Senhor? Será que estão tendo juízo suficiente para obedecer, pelo menos, os dois grandes mandamentos condensados por Jesus do Decálogo: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma e todo o teu entendimento; amarás o teu próximo como a ti mesmo”? Mt 22.37, 39 b.
Será que as nações que priorizam a fabricação de terríveis armas destruidoras, que mantêm exércitos aguerridos, e as que colocam seus sistemas políticos e religiosos acima de Deus, estão sendo obedientes?
Será que os povos de várias partes da terra que no momento, substituem o amor a Deus pelo amor a facções, a líderes, a anticristos e a evangelhos espúrios não se dão conta de que estão no caminho errado?
Será que as criaturas que substituem as Leis divinas pelos pecados da carne, pela idolatria e demais desobediências comuns dos nossos dias não se dão conta de que estão sendo desobedientes?
Não seria melhor obedecer aos “mandos” de quem pode e marchar resoluta e confiantemente para onde o Senhor nos mandar? Podemos estar em frente a um mar, um vale, um deserto, uma fogueira ou uma cova de leões. Podemos rejeitar as falácias do mundo vil, a prepotência dos dogmas e as insidiosas doutrinas humanas, substituindo-as pelos “mandos” do Senhor, seja pelos “Dez Mandamentos”, ou seja, pelo resumo feito pelo Mestre dos Mestres.
A ordem é simples, mas incisiva e cheia de poder: “MARCHEM! IDE POR TODO O MUNDO E PREGAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA”. E quem deu este “mando” o fez porque podia fazê-lo. Cumpre-nos termos juízo suficiente para obedecer.


E NÃO PEQUES MAIS!

O pecado é uma das palavras que mais tem suscitado estudos, discussões, controvérsias, definições e comentários nos meios eclesiásticos e profanos. Cada luminar de determinado setor do entendimento humano, dá a sua opinião e defende seu conceito unívoco. Os entreveros literários das sumidades se conflitam cada vez mais.
Para uns existe pecadinhos, pecados normais e pecadões. Uns são tolerados, outros admitidos e outros condenados tanto pelas leis divinas como pelas leis humanas. Alguns acham que os pecadinhos “não tem nada demais”. Certa pregadora dos nossos dias afirma, em um tom jocoso, que desconfia que existe um assecla de satanás chamado “Não tem nada demais” que vive atacando determinadas pessoas, por sinal em grande número, que cometem pecados semelhantes ao que todo mundo comete e que por serem tão comuns e corriqueiros são irrelevantes e perdoáveis.
Acontece, porém, que as Sagradas Escrituras nomeiam, mostram, alertam e definem o que é o pecado e suas consequências. Não precisamos aqui discorrer minuciosamente sobre cada comentário destes, porque até mesmo o menos alfabetizado de toda humanidade conhece este veneno que vem desde Adão e Eva.
Todo mundo sabe que pecado é desobediência às Leis divinas e teologicamente é definido como “Errar o alvo”, em suma, é no dizer de Paulo em Rm.14.23b “Tudo que não provém de fé”. O mesmo apóstolo em sua carta aos Romanos disse que “O salário do pecado é a morte”. E quando o pecado é cometido contra o nosso corpo, os efeitos danosos são piores ainda. O alcoólatra certamente vai ser destruído por uma cirrose avassaladora. O fumante vai sofrer e sentir o câncer destruir seus pulmões. O glutão poderá enfrentar uma obesidade mórbida. O drogado será vítima fatal da overdose e assim por diante.
O nosso Senhor e salvador Jesus Cristo nos deixou muitas lições maravilhosas, entre as quais destacamos a influencia maldita do pecado. Quando aquele paralítico que foi levado e introduzido pelo eirado à presença de Jesus, conforme relato de Mc. 2.5,11 “Vendo-lhes a fé Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados. Eu te mando: levanta-te toma o teu leito e vai para a tua casa”.
No tanque de Betesda depois de curar aquele outro paralítico que há trinta e oito anos estava enfermo sobre um leito, Jesus lhe disse: “Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior” Jo.5.14b.
Quando os escribas e fariseus não puderam atirar pedras na mulher adúltera por possuírem pecados, Jesus disse àquela mulher: “Nem eu tampouco te condeno, vai e não peques mais”.
Como o Senhor é bondoso para conosco, pecadores inveterados por pensamentos, palavras e ações! As Escrituras nos levam a entender que pecado confessado é pecado perdoado e que o nosso Pai nem se lembra mais deles lançando-os nas profundezas do mar. Mesmo assim, ouçamos a voz do nosso amado Senhor e Salvador que continua nos dizendo: “Não peques mais!”.


E RIAM-SE DELE!

Segundo os dicionários RISO é “Ato ou efeito de rir, alegria, mas é também coisa ridícula, motejo ou zombaria”. Quando Jesus acompanhando Jairo ia ressuscitar a filha dele, ao passar pelos que choravam e pranteavam, disse-lhe: “Não choreis; ela não está morta, mas dorme e riam-se dele porque sabiam que ela estava morta” (Lc.8.52,53).
Aquelas pessoas não acreditavam que Jesus pudesse trazer de volta à vida aquela menina e o riso delas era de motejo e zombaria. O Mestre não se incomodou com a ofensa e simplesmente “Tomando-a pela mão disse-lhe em voz alta: Menina levanta-te. Voltou-lhe o espírito, ela imediatamente se levantou” (Lc.8.54,55).
Somente o evangelista Marcos nos conta que: “Então ficaram todos sobremaneira admirados”. Da mesma forma como aconteceu na casa do chefe da sinagoga, vem acontecendo inúmeras vezes nos dias atuais. As pessoas dão sonoras gargalhadas quando afirmamos que Jesus nos ressuscita com uma simples palavra, nos garante a salvação e nosso lugar junto a ele por toda a eternidade.
A expressão de motejo e zombaria traduz a incredulidade dos que apenas sabem chorar e prantear pela incerteza dos seus dias atuais e futuros. A dureza de coração gerada pela ilusão da ciência de hoje que é superada pela de amanhã e que também será superada pela de depois de amanhã e assim sucessivamente, induz a um esgar que produz um riso de descrença no obvio.
Quanto mais o tempo avança, mais as pesquisas, a própria ciência, a arqueologia e os fenômenos da natureza proclamam alto e bom som a veracidade das palavras daquele que mudou a história da humanidade, que hoje se conta como antes e depois dele.
Ora, se o próprio Jesus Cristo foi vitima de tamanha zombaria, quanto mais nós, pobres mortais. Quando ousamos falar de Deus, da sua onipotência, onisciência e onipresença, dos milagres e prodígios que realizou no decorrer da história do seu povo, das profecias realizadas e das futuras, quando falamos do seu grande amor por nós e das suas promessas, a zombaria dos incrédulos chega ao ponto de nos ridicularizar.
Quando dizemos que as Sagradas Escrituras nos contam que Deus abriu o Mar vermelho para o seu povo passar a pé enxuto e conduziu-o pelo deserto durante quarenta anos sem que suas sandálias e suas roupas se estragassem, que muita água jorrasse de uma pedra saciando a sede daquela multidão e do seu gado, que não faltou àquele povo comida naquela travessia, que entrasse na terra prometida vencendo os aguerridos exércitos das nações que ali estavam até mesmo de gigantes, somos tidos como pobres coitados vitimas de alucinações, lavagem cerebral ou inocentes ignorantes.
Quando falamos sobre Jesus Cristo, seu aparecimento como Deus Homem, seu nascimento milagroso, seu ministério, seus feitos, seus ensinamentos, suas promessas, suas profecias, sua morte e sua ressurreição, aí é que a zombaria aumenta sem se lembrar que Ele continua sendo o divisor da história, portanto a pessoa mais importante que já passou pelo planeta terra.
E continuam rindo de nós que cremos nesse Deus Triúno Criador dos céus e da terra e de tudo que neles há. Mas, diz um velho ditado: “Ri melhor quem rir por último”. Quando se esvair o sopro da vida dos zombeteiros é que eles vão ficar admirados e ver quem está rindo e quem está chorando eternamente.


E VÓS NÃO O QUISESTES

Nós, humanos, ficamos profundamente tristes quando, em rasgo de boa vontade, oferecemos ou mesmo damos alguma coisa à alguém e esta pessoa não quer, não aceita, despreza e às vezes até critica aquela dádiva ou o oferecimento. Ficamos tristes, decepcionados, feridos por aquele gesto de ingratidão ou escárnio de quem recusa a dádiva, o conselho, a oferta de ajuda, ou o alerta para o perigo iminente.
É triste ver uma pessoa trocar um futuro tranquilo por um presente eivado de incertezas só porque momentaneamente ele oferece uma falsa felicidade ou um gozo efêmero e enganador.
Se isto acontece conosco, humanos, fracos, finitos e falhos, quanto mais com o nosso Senhor Jesus Cristo, que mesmo sendo Deus onipotente, onisciente e onipresente está sempre oferecendo o que de melhor existe neste mundo a todas as pessoas indistintamente, não importando sexo, raça, cor, ideologia, situação financeira ou qualquer outro status e depois dizer mansamente: “...E vós não o quisestes!” Mt. 23.37b.
Durante o seu glorioso ministério aqui na terra, além dos ensinamentos maravilhosos que legou à humanidade, ainda esbanjou dádivas materiais, morais e celestiais. De início ofereceu a troca de simples pescadores de peixes por uma maravilhosa pescaria de homens conforme Mt.4.19 e da mesma forma que o fez naquele tempo continua oferecendo até agora.
Hoje quando ele vê esta multidão ululante de cansados e sobrecarregados pelas intempéries desta civilização avassaladora, se oferece dizendo: “Vinde a mim e eu vos aliviarei e achareis descanso para a vossa alma” Mt.11.28,29.
Para a humanidade angustiada e sofrida com guerras, opressões, desmandos e incertezas ele diz: “A minha paz vos dou” Jo.14.27.
As mais graves e incuráveis doenças estão, mais do que nunca, assolando a humanidade e desafiando o saber dos cientistas e por mais que eles trabalhem e descubram coisas até então inacreditáveis ainda estão muito longe de chegar a dizer como disse o Senhor Jesus; “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundancia” Jo.10.10.
Hoje em dia o amor, a fraternidade, a comunhão familiar e social, estão cada vez mais distanciados. Avoluma-se a ênfase do “ninguém é de ninguém”. No entanto, o Senhor Jesus continua dizendo: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo” Ap.3.20.
Para os que infelizmente não têm um teto espiritual ele promete: “Pois vou preparar-vos lugar” Jo 14.2b. Façamos, portanto um exame de consciência para ver como estamos nos comportando e vivendo de tal forma que chegue aos nossos ouvidos o gemido do nosso Senhor Jesus Cristo dizendo com tristeza: “...E vós não o quisestes!”.
Recusamos a mudança de vida? Desdenhamos da oferta de ir até ele para aliviar e descansar a nossa alma? Trocamos a paz que ele nos dá pelas guerras do ter, crescer e vencer? Preferimos uma vida efêmera em troca de uma vida em abundancia? Achamos melhor cear sozinhos do que com ele? Optamos por uma vida eterna no Lago de Fogo em vez de um lugar no céu? Será que continuaremos a ouvir: “... E vós não o quisestes!”?



EM VERDADE, EM VERDADE...

Algumas das definições da palavra verdade, contidas nos dicionários humanos são: “Exatidão, qualidade pela qual as coisas se apresentam como realmente são, veracidade, autenticidade, boa fé” e várias outras. Para os verdadeiros cristãos a Verdade é Jesus Cristo. Ele muitas vezes usou essa palavra definindo situações, instruindo seus discípulos e alertando-os para as Leis divinas e até mesmo afirmando ser Ele a própria Verdade: “Eu Sou o Caminho, e a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).
Quando frente a frente com Pilatos, Jesus disse: “Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz”. E Pilatos na sua crassa ignorância perguntou: “Que é a verdade?” e sem esperar a resposta deu as costas e voltou para os judeus que acusavam Jesus, mesmo não achando nele crime algum.
O mundo está cheio de “Pilatos” que, mesmo não achando em Jesus crime algum se voltam para os seus teres e haveres, para a ciência, para as doutrinas humanas as mais variadas, para os enganosos caminhos das falácias heréticas que estão levando muita gente aos desvarios escabrosos do momento que estamos vivendo.
Existem hoje em dia, chefes de nações, estados, municípios, repartições, organizações regionais, continentais e até internacionais que são “os Pilatos” modernos que não acreditam ou insistem em não acreditar que é a Verdade que liberta – “E Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará” (Jo 8.32), que a Bíblia não somente contém, mas ela é a Verdade, e se arvoram de redentores numa egolatria pífia que é mais um placebo que a solução para as situações críticas que eles tanto alardeiam, mas sem conseguirem aplacar, diminuir ou extinguir.
Várias vezes Jesus usou a expressão “Em Verdade, em Verdade” quando ministrava tanto aos seus discípulos e apóstolos quanto às multidões que o cercavam. Ele sabia que algumas pessoas tanto do seu tempo quanto as do futuro usavam e usariam da mentira, do engodo e das artimanhas do diabo para enganarem as pessoas, deixando-as num estado de cegueira tal que não conseguiam entender as palavras dos profetas nem atinar para aquelas que projetam o porvir.
Jesus sabia também que a Verdade iria sendo paulatinamente, substituída por outras formas de proceder até chegarmos ao ponto que chegamos: mentiras, desonestidade, corrupção, desamor, desrespeito às mais comesinhas normas morais de vida familiar, social e religiosa, prevalência do mal sobre o bem e outras formas esdrúxulas da triste vida dos nossos dias.
Desde a infância me acostumei a buscar nas Sagradas Escrituras a Verdade nelas contida, lembrando sempre das palavras de Jesus: “Examinai as Escrituras porque julgais ter nelas a vida eterna e são elas mesmas que testificam de mim” (Jo 5.39). É nelas que encontramos a verdade divina, bem diferente das verdades humanas. Desde os tempos remotos os cientistas buscam a verdade sobre muitas coisas e frequentemente estão se atropelando. O que julgam ou afirmam ser verdade hoje às vezes não passa de enganos, erros e conceitos inverídicos.
Entretanto a Verdade contida na Bíblia está sendo conferida e comprovada para desespero dos incrédulos de carteirinha. E Jesus continua dizendo aos “Pilatos” de hoje: “Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz” (Jo 18.37b) e “Quem tem ouvidos para ouvir ouça” (Mt 13.9).



ENQUANTO...

Os comentários tão cáusticos quanto verdadeiros contidos no livro: “POR QUE TARDA O PLENO AVIVAMENTO?” escrito corajosamente por Leonard Ravenhill, me deixaram perplexo com sua cada vez maior atualidade. Na página 70 daquele livro o autor cita o Dr. A.W. Tozer que escreveu o seguinte: “Enquanto a liderança espiritual não voltar a ser ocupada por homens que preferem a obscuridade, continuaremos a presenciar uma constante deterioração da qualidade do cristianismo popular e possivelmente chegaremos ao ponto em que o Espírito Santo, entristecido, se retirará como a glória de Deus se apartou do templo”. Muito bem, irmãos Ravenhill e Dr. Tozer! Estou em completa e total concordância com vocês, porque Jesus recomendou que assim o fizéssemos conforme está em Mateus 18.19.
O cristianismo atual está tão saturado de inúmeros “Enquantos” que nos faz crer que Jesus está voltando a qualquer momento para por ordem na vida de parte da humanidade que ainda professa fielmente o seu nome.
Enquanto as igrejas da Inglaterra, Estados Unidos e outros países ditos cristãos estiverem sendo fechadas por falta de fieis e sendo transformadas em bares, clubes sociais, boates e outros antros de prostituições...
Enquanto os regimes comunista, capitalista, socialista, neoliberal, ditaduras desbragadas e disfarçadas e outras “istas” que estão se engalfinhando em busca do poder temporal pelo mundo a fora...
Enquanto surgirem miríades de religiões, seitas, evangelhos espúrios, grupos bárbaros, sectários fanáticos que acham que matando cristãos estão prestando serviço a Deus (João 16.2)...
Enquanto certos líderes, falsos profetas brigam entre si dando lugar à saída de alguns espertos colegas, que logo fundam outros guetos semelhantes arrebanhando multidões de incautos que, ávidos pela melhoria de vida física e material, entregam tudo que têm aos seus ícones espertalhões, que se tornam milionários e donos de grandes empresas e de muitos bens materiais, tudo em nome de um evangelho de prosperidade...
Enquanto alguns dirigentes e sacerdotes são flagrados pela polícia e pela justiça como contraventores, pedófilos, sonegadores de impostos, praticantes de charlatanismo e outras coisas vergonhosas que são um grande manancial para a imprensa, jornais, revistas e TVs do mundo inteiro...
Enquanto a música religiosa, hoje transformada em Gospel, estiver transformando o louvor em mega-shows, comercio, endeusamento de tantos e tantos artistas que deveriam usar os dons que Deus lhes deu para um louvor reverente e não para excitar uma leva de histéricos que exibem seus instintos mundanos com gritos, meneios e gestos impróprios...
Enquanto alguns líderes cristãos estiverem dando péssimo exemplo bebendo, fumando, adulterando, deixando suas obrigações eclesiásticas para se tornarem astros de filmes mundanos e shows de conteúdo duvidosos quando deveriam estar cuidando das ovelhas do seu pastoreio com humildade e recato...
Enquanto os países comunistas e islâmicos continuarem a perseguir os cristãos de todas as formas, matando pastores e padres, destruindo igrejas, proibindo a leitura da Bíblia com a complacência dos organismos internacionais, como diz o Dr. Tozer: “Chegaremos ao ponto em que o Espírito Santo entristecido, se retirará, como a glória de Deus se apartou do templo”. Quem viver verá.


ENSINA-ME OS TEUS DECRETOS

Desde os tempos imemoriais, muitos luminares da inteligência, procuram alcançar os páramos do conhecimento. Quanto mais se esforçam, quanto mais estudam, quanto mais mergulham no mar da ciência, os intelectuais e os pesquisadores descobrem coisas que os deixam estarrecidos ante a grandiosidade do cosmo infinito macro e micro.
Os fantásticos telescópios agora em uso perscrutam e descobrem galáxias monumentais ao mesmo tempo em que cientistas se debruçam nas pesquisas e estão oferecendo ao mundo as maravilhas da nanotecnologia.
O profeta Daniel, séculos atrás já dizia que: “O saber se multiplicará” Dn.12.4b. Quanto mais o homem progride e se multiplica o seu saber, mais ele vai descobrindo que o Senhor está miríades de vezes na sua frente. Alguns séculos antes de a ciência chegar à conclusão de que a terra é redonda, o profeta Isaias já falava na “redondeza da terra” Is. 40.22.
Se no campo da ciência o nosso Deus vem levando esta dianteira miraculosa, no campo espiritual a vantagem não é menor. Por mais que surjam falsos profetas, deuses, religiões, evangelhos, doutrinas aqui, ali e acolá, anjos enviados e toda uma gama de interpretações e novidades, as leis, os ensinamentos e os decretos do Deus Triúno permanecem incólumes.
Daí vem a necessidade premente de pedirmos: “Ensina-me os teus decretos”. Esta súplica vem sendo feita há muito tempo por aqueles que reconhecem a supremacia do Criador dos céus e da terra.
O autor do salmo 119 usa vinte vezes o clamor pelos decretos do Senhor. O mundo atual seria muito diferente se realmente aprendesse a obedecer aos decretos do nosso Pai celestial. “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo” é um decreto que se fosse obedecido na íntegra faria da humanidade um rebanho de almas limpas, cordatas e puras.
Se ao contrário do homem pedir, lutar, se esforçar para progredir no aperfeiçoamento das armas destruidoras, pedisse para aprender os decretos do Senhor! Se em vez de aprender a roubar, matar, destruir, desobedecer às leis naturais, humanas e divinas, procurasse obedecer aos decretos contidos nas Sagradas Escrituras! Se no lugar de produzir e vender drogas de todas as espécies, procurasse divulgar as mensagens salvadoras da Palavra de Deus, ensinando os Seus decretos! Se em vez de se preocupar em mostrar erudição religiosa, exuberar inteligência, impingir hierarquias e brigar por hegemonia de credos, denominações e liturgias, preferisse ensinar com fidelidade os decretos do Senhor nosso Deus! Se em vez de ficar querendo desvendar a etiologia dos mundos em uma seqüência inútil de teorias tolas, se digladiando de um conceito para outro, admitisse, sem mais delongas, que a verdade está em: “No princípio criou Deus os céus e a terra”, “Haja luz e houve luz”, “Haja luzeiros no firmamento dos céus” Gn.1, deveria pura e simplesmente, reconhecer sua pequenez e clamar: “Ensina-me os teus decretos”!
Como seria maravilhoso se em vez de acrescentar ou suprimir o que está escrito nos sessenta e seis livros da Bíblia Sagrada, tivéssemos a humildade de pedir ao Senhor: “Ensina-me os teus decretos”! O mundo seria bem melhor.


ESPERAREI ATÉ QUE VOLTES

A paciência infinita de Deus fica bem patente quando estudamos as Sagradas Escrituras. Quando o Anjo do Senhor disse a Gideão “esperarei até que voltes”, estava apenas confirmando, a atitude milenar de Deus para com a humanidade e particularmente para com o seu povo.
Ele esperou mais de quatrocentos anos que sua gente, escravizada no Egito, se lembrasse Dele. Esperou mais quarenta anos que aquela multidão andante pelos desertos reconhecesse o amor que sentia por ela. Nem mesmo as constantes murmurações, a falta de fé e a desobediência contumaz, fizeram diminuir esse amor. Quando era necessária uma lição rigorosa, a disciplina vinha, mas a paciência continuava. Claro. Todo pai que ama o filho, aplica-lhe a disciplina necessária e espera pacientemente pelo resultado da lição.
Desta forma o Senhor, durante séculos, teve paciência com aquele povo, que, continuamente saia dos trilhos, se voltava para outros deuses numa detestável idolatria, sofria derrotas fragorosas e humilhações sem conta.
Ele esperava até que o povo voltasse. Enviava os profetas constantemente com palavras duras e exemplos, às vezes até esquisitos, para ilustrar os erros daqueles seus filhos. Havia um arrependimento passageiro e logo a desobediência campeava. Ele esperava até que voltassem. Assim foi inúmeras vezes e até hoje ele espera que voltem.
A história se repete frequentemente, mesmo porque, “para o Senhor um dia é como mil anos, e mil anos como um dia” (I Pe. 3.8b).
Falo de experiência própria. Nascido e criado no Evangelho, batismo e profissão de fé numa Igreja Presbiteriana, pelas mãos do meu tio avô Antônio Gueiros, estudei nos colégios Quinze de novembro e Americano Batista, fui membro da primeira Igreja Presbiteriana do Recife, me
desviei e passei quarenta e oito anos afastado do Caminho, debaixo das patas imundas do nosso inimigo. Mas a Palavra estava lá como resposta às orações dos familiares e das igrejas: “Esperarei até que voltes!”. E eu voltei. Encontrei os braços abertos do mesmo “Anjo do Senhor” que disse essas palavras a Gideão tantos séculos atrás.
É sumamente gratificante comprovarmos esta atitude do Senhor. Ele está sempre esperando pacientemente, tanto por aqueles que tropeçaram ao longo do Caminho, como por aqueles que estão cegos e surdos à Sua voz, aos Seus feitos e as Suas palavras.
O Evangelho do Senhor está sendo permanentemente pregado aos quatro cantos do planeta através dos mais diferentes meios de comunicação como emissoras de rádio e televisão, jornais, livros, folhetos, reuniões, eventos e demais formas de expressão. Missionários, pregadores, igrejas e congregações se encarregam da missão de entregar a maravilhosa mensagem da salvação em Cristo Jesus. Mas o mundo que “jaz no maligno”, como disse o apóstolo João, entra numa competição violenta oferecendo um enorme séquito de ilusórias regalias e satanás usa de todos os meios possíveis e imagináveis para encarcerar multidões na sua malha de perdição e devaneios.
Os tropeços, os erros, as falhas, as distorções, os dogmas humanos, a conivência dos fracos e os evangelhos espúrios conturbam a mente dos que se escandalizam com as quedas dos que não tiveram força para continuar de pé e caíram. Mas a palavra do Anjo do Senhor continua atual e viva: “Esperarei até que voltes”.


FALTOU O MAIOR!

O eminente líder religioso dos nossos queridos irmãos romanos acabou de acrescentar à tradicional relação de “pecados capitais” alguns que já deviam constar naquela relação há muito tempo. São costumes que a evolução dos tempos, os novos costumes, e o avanço da ciência, têm feito desaparecer o bom senso, a dignidade, o respeito à vida – própria e dos outros – o temor a Deus e a obediência aos preceitos, às leis e aos mandamentos das Sagradas Escrituras. Sodoma, e Gomorra estão perdendo longe para as cidades dos dias atuais. A vergonha, o pudor, o respeito aos cânones mais comezinhos da familiaridade, são coisas que se esvaíram hoje em dia, graças à ação nefasta dos modernismos dos falsos “direitos humanos”, para os quais direito só existe para bandidos de toda espécie e quase nunca para o cidadão pacato, honesto e digno.
Louvamos a iniciativa corajosa daquele líder em chamar a atenção do mundo cristão para as calamidades que assolam a humanidade atual.
Tomamos, porém, a iniciativa de lembrar que a nosso ver, faltou naquela relação o pecado mais condenado nas Escrituras, que mais suscita a ira de Deus, conforme se pode ver na Bíblia, que é a idolatria.
Conforme os vários dicionários existentes, idolatria significa e quer dizer: adoração ou veneração a ídolos. Ídolo também quer dizer: figura ou imagem que representa uma divindade e que é objeto de culto.
No Livro Sabedoria da própria Bíblia usada pelo eminente líder, no capítulo 13 os versículos de 10-19 são um libelo tremendo contra a idolatria. No Salmo 115 (113B) da mesma Bíblia os versículos de 4-8 são contundentes e dispensam comentários.
Gostaria de ver acrescentado à nova lista de pecados capitais este que é condenado por Deus em mais de cem vezes em toda a Escritura Sagrada: a imperdoável idolatria. Infelizmente este pecado faltou naquela relação.


FILACTÉRIOS E FRANJAS

Desde os tempos imemoriais, determinada casta de pessoas ávidas por serem vistas pelos homens, pulula nos meios das comunidades de tal forma que podemos encontrá-las em todo lugar. O desejo altaneiro dessas pessoas as tornava, como torna hodiernamente, em figuras ridículas e detestáveis segundo o conceito de quem é normal e vive sem necessitar de exibir filactérios e franjas.
Estes ademanes caracterizavam os escribas e fariseus citados e criticados severamente por Jesus. Hoje em dia salta aos nossos olhos, os procedimentos de certas pessoas que parece desconhecerem peremptoriamente as palavras do Mestre dos Mestres, registradas por Mateus no capítulo sete versículos vinte e hum a vinte e três no final do Sermão do Monte: “Nem todo o que diz Senhor, Senhor entrará no Reino dos Céus” na parte “a” do versículo vinte e hum e na parte “b” do versículo vinte e três: “Apartai-vos de mim os que praticais a iniquidade”.
Os filactérios e as franjas da atualidade são encontrados por toda a parte, ornamentando a performance dos modernos escribas e fariseus que, parece não temer o peso da mão do Senhor. O Evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é para ser vivido com humildade e a simplicidade que foram características do Galileu que não tinha “onde reclinar a cabeça” Lc.9.58b.
Por mais que Jesus tenha vivido e aconselhado uma vida sem ostentação, chegando até, após realizar muitas curas, advertiu que não o expusessem à publicidade Mt. 12.16, estamos vendo os poderes dele transformados em espetáculos monumentais de promoção pessoal dos seus organizadores.
Que o nome do Senhor seja louvado, exaltado e divulgado é imprescindível. Paulo ordenou que assim os fizéssemos “tudo, porém seja feito com decência e ordem” I Co.14.40. Os exageros estão aumentando a cada dia e as igrejas que se dizem cristãs estão se deixando empolgar pela aluvião de pessoas de todas as idades, ávidas por milagres-shows, eventos, promessas de prosperidade e outros que tais, obliterando o verdadeiro sentido do Evangelho salvífico.
O grande número de falsos profetas e de energúmenos que se fazem passar por servos do Senhor usurpando títulos de autoridades eclesiásticas, tem servido de escândalos e vergonha para o cristianismo. Nem mesmo o cumprimento das profecias que apontam para o iminente Arrebatamento da igreja, o fim dos tempos e a proximidade da volta de Jesus, tem feito os praticantes de iniquidades colocarem um ponto final no uso dos seus filactérios e suas franjas.
Peçamos ao Senhor que mande ceifeiros honestos simples e ungidos porque “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos” Mt.9.37b.



HAVIAM ELES ESTADO COM JESUS!

“Dize-me com quem andas e eu te direi quem és”. Durante toda minha infância, adolescência e juventude, ouvi constantemente dos lábios de minha avó Amélia Gueiros e da minha mãe Elizabeth estas sábias palavras que ficaram plasmadas em minha mente até hoje.
Todas as vezes que leio o capítulo quatro de Atos, ao chegar no versículo treze parece que estou ouvindo aquelas servas do Senhor como que me alertando para o cuidado que deveria ter com as pessoas com as quais iria andar ao longo dos anos.
Os inquiridores de Pedro e João descobriram logo que eles haviam estado com Jesus. Ainda hoje é assim. As pessoas que nos cercam descobrem logo com quem andamos, pelo nosso falar, pelo nosso agir em qualquer situação, pelas nossas atitudes, em fim, por tudo que nos diz respeito.
Quando aquele nosso amigo se aproxima de nós e sentimos o odor terrível do álcool exalado de sua boca e outros até do próprio corpo, de imediato sabemos que ele tem estado com frequência na companhia daqueles que normalmente entornam a droga que a sociedade admite como elegância social.
Quando aquele outro amigo nos aborda com aquela execrável catinga do maldito cigarro, ficamos sabendo que se trata de um suicida inveterado e já antevemos com imensa compaixão os estertores próprios de um terrível câncer de pulmão naquela inconsequente pessoa.
Quando observamos aquele dileto amigo glutão devorando lautos pratos eivados de todos os ingredientes que o levam a uma obesidade mórbida, sabemos que ali está um forte candidato aos males provocados pelo pecado da gula.
Quando ouvimos um desvairado esbravejando conhecimentos, cultura, ciência, ateísmo, posição social, econômica ou política, identificamos um participante de algum gueto intelectual.
Contudo, quando observamos a conduta sóbria, humilde e equilibrada da pessoa que tem o temor do Senhor, obediente às Leis divinas sabemos que esta pessoa tem andado com Jesus.
É imperioso que mostremos sempre um “modus vivendi” digno de respeito dos nossos semelhantes, despidos da vaidade de títulos, honrarias, posições, riquezas e outros ademanes, para que aqueles que nos observam vejam Jesus em nós e saibam que andamos com ele em todos os dias de nossas vidas.



JÁ CHEIRA MAL

Marta sabia que, segundo as leis biológicas um corpo de um ser vivente morto, depois de quatro dias já cheira mal. Sim, porque para alguns animais esse cheiro mal é o seu odor preferido, como para as hienas, abutres e chacais. Se as leis biológicas impõem esta condição aos seres viventes quando não são preservados pelos procedimentos científicos, como embalsamamentos e supercongelamentos, as Leis divinas impõem procedimentos para evitar a deterioração espiritual e consequente “cheiro mal” às narinas sacrossantas do Criador de todas as coisas. E têm também a solução para isto.
A ciência usa os mencionados métodos e o Senhor usa suas Leis, seus mandamentos e seus decretos para evitar o pior, que é a segunda morte (eterna separação de Deus) segundo apocalipse 20:14b. O lado da ciência humana não cabe neste comentário. Falaremos do lado espiritual.
Isto me traz à memória um fato lamentável. Sabendo que um determinado amigo estava doente e com a intenção de confortá-lo lhe perguntei como estava a sua vida espiritual. Para minha decepção ele perguntou o que era isto. Disse-lhe que se tratava do seu relacionamento com Deus. Ele respondeu que não dava bola para isto e que essa história de Bíblia era uma incoerência: “Que conversa era essa de atravessar o Mar vermelho a pé enxuto? e outras coisas semelhantes”. Fiz ver a ele que se tratava da palavra de Deus e como tal não merecia ser tratada como simples conversa.
Ao visitá-lo dias depois, constatei sua piora física e pude ver pendurado em seu pescoço um símbolo religioso, uma incoerência para quem não acreditava na Bíblia. Duas semanas depois do nosso encontro um fulminante infarto acabou com a sua vida física e só o Senhor sabe se também com a sua vida espiritual. Quatro dias depois seu corpo cheirava mal.
Sim. Muitas coisas cheiram mal às narinas de Deus: o pecado da incredulidade, da idolatria em todas as suas nuances e formas, da desonestidade, da transformação dos templos ditos do Senhor em balcões de negócios e exploração dos incautos, com a venda de água do Dilúvio, objetos “ungidos” como amuletos que tiram a centralidade do Cristo. Essas falsas demonstrações de poder, curas, “descarregos” e outros impropérios que estão grassando de forma avassaladora nos meios sub-religiosos, a mercantilização desbragada da música gospel. Também a corrupção em todos os ambientes e organizações públicas e privadas, as drogas, a falta de amor nos corações, o desrespeito às leis humanas e divinas e outros vícios que seria necessário uma centena de páginas para descrevê-los.
Sim, tudo isto cheira mal, pois estas coisas estão encerradas nas covas, nos túmulos e mausoléus de “uma geração incrédula e perversa” no dizer de Jesus em Lucas 9:14.
A deterioração espiritual é o odor preferido dos que colocam as coisas materiais acima de tudo, esquecendo-se de que devemos colocar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça para que as demais coisas nos sejam acrescentadas.



JESUS CHOROU!

O ato de chorar, segundo os dicionários, é sentir ou manifestar grande dor física ou moral e outros até comentam o fato de que somente o ser humano chora derramando lágrimas enquanto os demais seres viventes manifestam suas dores de outras formas.
Jesus, como Deus-Homem, também chorou e deixou transparecer outros sentimentos humanos como fome, sede, sono, cansaço, irritação e o maior de todos: Amor.
Sim. O amor pelo ser humano pessoal e coletivo fez Jesus chorar por um amigo morto e por uma cidade inteira. Ao chegar diante do túmulo do seu amigo Lázaro e ao contemplar de longe a Cidade de Jerusalém, como qualquer ser humano, Jesus simplesmente chorou.
Tenho a nítida impressão de que as duas situações provocadoras do choro do nosso Senhor têm um significado todo especial. A primeira defronte do túmulo de Lázaro, como Jesus-Deus, sabia que poderia fazê-lo voltar à vida, como realmente o fez, mas como Jesus-Homem sofria a dor de ver um amigo querido tendo passado pela morte física e ainda ser enfaixado e colocado numa tumba durante quatro dias e que no dizer de Marta irmã do morto “Já cheira mal”.
Salvo melhor juízo, tenho a certeza de que Jesus, agora como Deus, está chorando amarga e continuamente ao ver o que está se passando com aqueles a quem tanto amou ao ponto de dar sua própria vida quando aqui esteve. A derrocada triste e fatal dos Lázaros atuais sendo consumidos pelas drogas físicas e morais, pelos desvarios das doutrinas heréticas, enganados pelos falsos profetas mercadores do seu Evangelho, pela desobediência virulência às Leis divinas e humanas, cheirando mal há quatro dias, quatro semanas, quatro meses, quatro anos e até há algumas décadas.
Ainda mais: continua dizendo através das palavras que deixou e pela boca dos seus legítimos e honestos servos: “Tirai a Pedra”, mas quanto mais ordenam mais os filhos de Belial tapam seus ouvidos e fecham seus olhos colocando mais pedras ainda nos túmulos dos que jazem na incredulidade, na desobediência e na podridão dos seus próprios despojos.
A segunda impressão que tenho do choro de Jesus sobre Jerusalém é a situação das cidades atuais que teimam em não dar ouvidos ao que o Mestre disse, fez, mostrou e aconselhou. Como determinada cidade que coloca a imagem dele num alto morro para servir de Marketing turístico, enquanto embaixo se entrega constantemente a orgias, devassidão, desrespeito à vida, monumentais eventos de luxúria em contra posição à miséria que campeia nas suas favelas. Outras substituem a adoração ao Mestre por figuras grotescas que só servem de chamariz para os cegos de espírito.
Como deve se sentir Jesus se não for chorando, ao ver até a data comemorativa, embora erroneamente, do seu nascimento transformada numa monumental promoção comercial, quando seu nome e sua figura foram vergonhosamente substituídos pela presença ridícula e mentirosa desse psudo-velho barbudo vestido de vermelho para enganar crianças e desavisados.
Felizmente está próxima a sua Segunda Vinda, como diz a Palavra: “Todo olho o verá!”. E naquela ocasião ele não estará chorando, estará julgando.



LEPRA ESPIRITUAL

A Bíblia, o livro dos livros, as Escrituras Sagradas, nossa única regra de fé e prática, a palavra de Deus está repleta de fatos da vida real da humanidade, através dos quais nós recebemos lições preciosas bastando tão somente que abramos nosso entendimento para percebermos a similitude daqueles fatos remotos com os acontecimentos atuais.
É impressionante como lá estão descritas situações que nos impactam pela sua crueza. Uma delas é a doença mais temida dos tempos antigos: A LEPRA. A vítima desta moléstia estava com os seus dias contados. Alem da certeza da morte breve ainda existia a segregação social e o sofrimento atroz de ver o seu corpo apodrecendo gradativamente.
Havia também uma circunstancia perversa. Enquanto os pobres acometidos daquele mal eram obrigados a se afastar até da própria família e perambular gritando que eram imundos para que ninguém se aproximasse deles, os ricos permaneciam em suas posições políticas, profissionais e sociais. Quando muito, habitavam em casas separadas como o rei de Judá, Azarias ou como Naamã comandante do exército do rei da Síria ou Miriam, irmã de Moisés contra quem se rebelou, ou Geazi o moço do profeta Eliseu que mentiu ou ainda Simão em cuja casa Jesus foi jantar.
Com o decorrer dos tempos parece que os costumes foram mudando e a sociedade foi se acostumando com a presença daqueles doentes. Um deles chegou até junto de Jesus e pediu para ser curados e foi atendido. Mas estava no meio da multidão que assediava o Mestre, portanto, não estava segregado. Enquanto isto, aqueles dez que clamavam pelo mesmo milagre estavam afastados gritando e foram curados mesmo a distancia.
É grande a quantidade de pessoas acometidas das lepras “morais e espirituais” do presente século que continuam tranquilamente no meio da sociedade atual. A apostasia, a idolatria, os vícios, a degradação moral, a falta de respeito às mais simples leis da natureza e do temor a Deus, a afronta constante aos bons costumes e à família e o distanciamento cada vez maior dos cânones divinos. A mercantilização religiosa, a pedofilia, as drogas, o desrespeito às autoridades constituídas e a corrupção desenfreada, tudo isto, é nada mais nada menos do que uma terrível “lepra espiritual” que vai corroendo paulatinamente a alma do ser humano dos nossos dias.
Apesar desses ”leprosos espirituais” serem identificados facilmente, continuam tranquilamente exercendo suas funções profissionais, sociais e religiosas e o que é pior, acolhidos, respeitados, temidos e até idolatrados.
Seria muito bom que estes doentes de espírito fizessem como leproso citado por Mateus nos versículos dois e três do capítulo oito de seu evangelho: “Eis que um leproso, tendo se aproximado adorou-O dizendo: Senhor, se quiseres podes purificar-me. E Jesus estendendo a mão, tocou-lhe dizendo: quero, fica limpo! Imediatamente ele ficou limpo de sua lepra”.
Jesus hoje é o mesmo daquele tempo. É só adorá-lO e pedir com fé que ele cura também a “lepra espiritual” de qualquer pessoa. O importante também é não colocar nada nem ninguém acima da Trindade Santa a quem é atribuída Onipotência, onisciência e onipresença.



LEVANTA-TE, ELE TE CHAMA!

Marcos e Lucas registraram este milagre de Jesus, que ficou ressoando até os dias de hoje: “Que queres que eu te faça?” perguntou o Mestre. “Que eu torne a ver”, disse Bartimeu, o filho de Timeu, que vivia “assentado à beira do caminho esmolando”.
Quantos Bartimeus vivem hoje também esmolando à beira dos caminhos desta vida, como cegos espirituais, sofrendo o peso de suas incredulidades, das suas abominações, das suas detestáveis idolatrias, da sua submissão aos enganosos prazeres deste mundo vil, da dureza dos seus corações de pedra ou da crueza de uma cerviz empedernida!
Quantos recalcitrantes continuam tentando se proteger das intempéries, dos caminhos por onde perambulam espiritualmente com a capa das promessas enganosas de transeuntes indiferentes à sua condição de cego para o destino de sua alma, que lhe dão apenas ínfimas esmolas materiais, reles moedas de efêmeros momentos de prazer ou sobrevivência!
Quantos preferem continuar curtindo sua cegueira espiritual escudados nos paveses frágeis da ciência, dos dogmas humanos, das doutrinas espúrias, das tradições familiares ou religiosas e da pura e simples indiferença à passagem e do convite do Mestre!
Quantos por aí sem a coragem e a determinação de Bartimeu que ao ouvir que Jesus ia passando pela sua vida têm a coragem de gritar: “Filho de Davi, tem compaixão de mim” e permanecem submissos e cabisbaixos diante dos muitos que os repreendem ou escarnecem lhes chamando de vitimas de lavagem cerebral ou ainda de subservientes às leis divinas!
É preciso ter coragem para enfrentar os descrentes, os luminares das letras e da ciência que tripudiam sobre aqueles que se dispõem a sacudir de cima de si a capa da ignomínia e da incredulidade e de um salto atender o convite daquele que tem o poder de garantir a cura da cegueira espiritual e concomitantemente a salvação para a vida eterna, e ouvir a pergunta: “Que queres que eu te faça?” e poder responder: “Que eu torne a ver”.
Aí sim, com toda certeza vai ouvir aquelas maravilhosas palavras: “Vai, a tua fé te salvou” e imediata e certamente sairá curado seguindo o Mestre estrada fora.
Quantos, felizmente, estão aí dizendo: “Levanta-te, ele te chama” e aqueles que antes repreendiam os que chamam pelo Filho de Davi, hão de ver a felicidade estampada no rosto dos que são curados pelo Mestre dos Mestres, que atenderam o convite e hoje são pessoas diferentes dos cegos que antes esmolavam à beira do caminho de suas vidas, hoje sem a capa que encobria apenas sua condição de cegos espirituais!
É maravilhoso atender o convite quando “Ele te chama”. Falo de ciência própria.


MARTA! MARTA! ANDAS INQUIETA...

O evangelista Lucas, com sua grande capacidade de pesquisar e registrar momentos da vida de Jesus que os outros três não o fizeram, nos deixou esta pérola de exortação característica do Mestre, que invariavelmente aproveitava cada ocasião para ensinar como devemos viver.
Numa das costumeiras visitas à querida família de Lázaro, Marta e Maria, Jesus aproveitou uma simples reclamação de Marta para ensinar a ela e por consequência a todos nós como devemos nos comportar no momento da escolha do nosso proceder.
Preocupada em atender da melhor forma seus convivas, Marta se exauria nos pormenores e se inquietava com o que era de só menos importância diante do banquete espiritual que estava sendo servido por Jesus: os seus ensinamentos.
Por conta disso Marta ouviu do Mestre a célebre advertência: “Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto pouco é necessário ou mesmo uma só coisa. Maria, pois, escolheu a boa parte e esta não lhe será tirada!” (Lc.10.41,42).
O mundo dos nossos dias está repleto de Martas preocupadíssimas com muitas coisas, que aparentemente são de primeira importância como dinheiro, luxo, sucesso profissional, renome, aplauso, bem-estar, poder, liderança, títulos e outros que tais, fazendo delas a meta única de suas vidas.
Vivem assim, como se algumas dezenas de anos de vida nesta terra, fossem mais importantes que a eternidade que os espera após o último sopro de sua existência terrena.
A sofreguidão desenfreada dos dias atuais da humanidade, provocada pela incerteza do amanhã ameaçada pelas próprias circunstancias criadas pelo avanço da ciência, pela obsessão do ter e do poder, ou pela futilidade da fama, está levando as Martas de hoje a esquecerem do mais importante que é o colocar o Reino de Deus e sua Justiça em primeiro lugar.
Estas Martas procuram a todo o custo preencher o vazio de seus corações com as mais variadas coisas, idéias, conceitos e até entretenimentos banais. Ricas do fausto material e paupérrimas das glórias do eterno.
Felizmente ainda existem as Marias que se quedam aos pés do Mestre usufruindo os seus divinos ensinamentos e obtendo a certeza do futuro feliz na pátria celestial. São todas as pessoas que sabiamente preferem a simplicidade de um colóquio permanente com as Sagradas Escrituras em vez dos efêmeros Best Selers que se desfazem na poeira dos tempos.
Escolher a boa parte como Maria aos pés de Jesus, obedecer aos seus mandamentos, guardar os seus ensinamentos e andar como ele andou é realmente a melhor escolha. A outra forma de viver é apenas futilidade e cegueira espiritual.


MEU DEUS

Pai, irmão, amigo de todas as horas e de todos os momentos. O que ama e castiga, o que afaga e acompanha, o que machuca e despreza, o que se acerca e incentiva, o que aplaude e vaia nas horas certas.
Aquele que nos fez à sua imagem e semelhança no concerto da harmonia do universo para que fossemos tão bons e justos como Ele. O que nos dá a vida e todos os nossos bens morais e espirituais para que pudéssemos ser organizadas e justas partículas do universo infinito.
Para escolher o bem e o mal, o que nos deu discernimento, que nos faz sentir e viver a natureza, o cosmos, o macro e o micro nas horas certas.
É ele que nos faz artistas, intelectuais, poetas, visionários, empresários, cientistas, pesquisadores, pastores, camponeses, agricultores, profissionais liberais, comerciantes e tudo o mais no lugar certo.
O que até nos permite descrer Dele próprio nas agonias e dificuldades das horas incertas. O que nos tem em suas mãos e deixa que vivamos nas nossas até entendermos que não somos nada, em todas as horas.
O que deixa a flor morrer porque já cumpriu o seu roteiro de existência dando lugar a outra que vem atrás dela. O que nos faz sonhar, voar, subir até o ponto de lhe questionar, quando na realidade sabemos que pouco ou nada conhecemos quando nos chegam as horas incertas.
É este Deus que eu amo e quero como a mais nada neste mundo, grande para mim, infinitamente pequeno para ele. Porque a minha infinita pequenez é somente uma infinita partícula da sua infinita grandeza.
E sou feliz por acreditar, com todas as veras do meu ser, no meu Criador... em meu DEUS.


NOÉ ANDAVA COM DEUS

“Dize-me com quem andas e eu te direi quem és”. Andar não é somente o ato de caminhar, mas também de acompanhar os costumes, atitudes e algumas vezes até os vícios de alguém ou de um determinado grupo de pessoas. Contudo, a melhor das definições é seguir os bons exemplos da pessoa, do grupo, ou daquele cujo procedimento é digno de ser imitado ou pelo menos elogiado.
O instinto gregário do homem o faz procurar, acompanhar, seguir, se juntar ou se adaptar ao meio que mais se aproxima dos seus gostos, das suas necessidades, tendências ou simples preferências.
Quem gosta de ler, estudar, pesquisar ou escrever procura o grupo de intelectuais que se reúne frequentemente nas livrarias e locais onde a literatura é o assunto predominante. Os que elegem a política como a coisa mais importante, se espelham ou seguem os exemplos dos vitoriosos nas urnas ou até mesmo daqueles que dão a vida por uma vitória eleitoral, mesmo que esta nunca lhe apareça.
Os que não passam sem o efeito danoso e efêmero do álcool, sabem muito bem onde encontrar companhia na mesa daquele bar, naquela festa ou de um simples motivo para saciar a sede da droga. Os infelizes que pensam que a vida do crime pode lhes dar fortuna e fausto, se agregam ou acompanham os perdidos que terminam nas prisões e quase sempre na morte prematura.
Há felizmente, aqueles que sabiamente preferem andar com os sensatos, honestos, trabalhadores, religiosos, empreendedores e sábios. Há também os que sabem que a vida tem uma finalidade maior. Compreendem que foram feitos à imagem e semelhança do Criador e devem andar com ele em todos os momentos de sua existência.
O andar com Deus é a maior e melhor atitude a ser tomada por quem tem a certeza de que nossa passagem pelos seus curtos decênios de vida na terra não se compara nunca com a certeza da vida eterna na pátria celestial. Andar com Deus é obedecer às suas leis, seus decretos e suas ordenanças.
As Sagradas Escrituras registram a vida de homens que estão indeléveis na história. Alguns até elogiados pelo próprio Deus como exemplo de vida para quem quer andar com ele: Noé, Daniel, Jó, Samuel e Moisés. Enoque e Elias nem ao mesmo conheceram a morte, pois, foram arrebatados. João e Pedro foram nominados até pelos seus adversários e inimigos. Há uma gloriosa galeria de outros homens que “andaram com Deus”, cujas vidas servem de exemplo para quem quer viver piedosamente.
Andar com Deus não é fácil, mas é sobrenaturalmente possível quando nos dispomos a aceitar seus convites feitos tão amorosamente, através dos profetas e do seu próprio Filho: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” Mt. 11.28. Mesmo cansados de percorrer maus e errados caminhos, mesmo sobrecarregados pelos pecados, pelas imperfeições, pela incredulidade e pelas ingratidões, Ele está sempre pronto a nos ajudar quando nos decidimos a andar com Ele, até que cheguemos aonde Ele vive eternamente


O AMOR MAIOR

O amor é, sem dúvida alguma, um dos maiores e mais emocionantes temas para toda sorte de histórias, relatos e até mesmo para o desenrolar da existência, da própria vida de nações, raças, povos, famílias e pessoas.
O apóstolo Paulo dedicou um capítulo inteiro da sua primeira carta aos Coríntios mostrando que “o amor é o dom supremo” e discorre, com muita propriedade, sobre as características deste maravilhoso e sublime sentimento.
O amor tem sido a força miraculosa que impulsiona a humanidade lúcida nas horas mais decisivas. O amor à pátria enche de coragem o soldado na defesa do seu torrão natal. Um “Tiradentes” enfrenta com estoicismo a forca e o esquartejamento por amor à sua terra. Certo herdeiro de um trono europeu abdicou dele para viver com sua amada. A Bíblia nos conta que Jacó trabalhou mais sete anos para Labão para ter direito a Raquel.
A história da humanidade está repleta de manifestações como essas e a Bíblia nos oferece uma imensa quantidade de fatos que ilustram a essência do amor.
Quando um “interprete da lei” experimentando o Senhor Jesus perguntou: “Mestre, qual é o grande mandamento da lei?” Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
As Escrituras Sagradas também nos contam fatos heróicos e emocionantes sobre demonstrações de amor, mas a conclusão a que chegamos é que o maior de todos é o amor de Deus por nós. Evangelho de João capítulo três versículo dezesseis é considerado pelos grandes teólogos como a “síntese de todo o Evangelho”: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não  pereça, mas tenha a vida eterna”.
Sim! O amor de Deus por cada um de nós, apesar de nós, é realmente... O AMOR MAIOR.



Ó GÁLATAS INSENSATOS!

O apóstolo Paulo, perdendo a paciência, vociferou contra aquelas igrejas fundadas por ele na Galácia com tanto trabalho, dedicação e esmero, pregando-lhe o Evangelho do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e de repente tomou conhecimento de que os Gálatas estavam se desviando da sã doutrina e se deixando levar por tudo quanto era de falácias dos falsos mestres. Foi ai, que lhes enviou sua carta chamando-os de “insensatos” e reiterando os ensinamentos do verdadeiro evangelho.
Tenho a nítida impressão de que nos dias atuais está acontecendo, em alguns guetos que se dizem cristãos, a mesma coisa dos tempos de Paulo. Parece-me que nas Bíblias desses guetos não existem certos ensinamentos, versículos e até capítulos que estão sendo ignorados ou até mesmo apagados, porque cegos ou analfabetos eles não são.
Pois vejamos. No versículo oito do primeiro capítulo da epístola aos Gálatas, Paulo diz que: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema” e no versículo nove ele repete as mesmas palavras, como para deixar bem claro o seu ensinamento. Mesmo assim alguns guetos cristãos, pura e simplesmente adotam, ensinam e se estribam em evangelhos espúrios criados e alardeados por anjos e homens que se intitulam de mestres, profetas e outros que tais.
Outros acham que a justificação vem pelas obras, enquanto Paulo afirma no versículo dezesseis do capítulo dois: “Que o homem não é justificado por obras da lei, mas sim, pela fé em Cristo Jesus, temos também crido em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não por obras da lei; pois por obras da lei nenhuma carne será justificada”.
Enquanto o próprio Jesus ao instituir a Santa Ceia entregou o pão em primeiro lugar e o vinho depois, ambos tirados do uso comum, algumas igrejas cristãs entregam só um dos elementos, outras entregam apenas o pão molhado no vinho. Por que tantas discrepâncias?
Por que algumas igrejas reprovam, não aceitam e até esconjuram o batismo por aspersão, enquanto não mostram onde se encontravam os tanques para imersão no cenáculo onde os três mil foram batizados após o sermão de Pedro? Onde estava o tanque da casa de Cornélio, na casa do carcereiro de Filipos e outros locais citados pelas Escrituras? Por que tanta desfaçatez de alguns falsos mestres que vendem pedaços de camisas dos “de cujos” por cinquenta reais, pares de meias por cento e cinquenta e três reais e toalhas encharcadas de suor por trezentos reais como objetos milagrosos ficando cada vez mais milionários? E as vendas de lenços, rosas e outros objetos como sagrados e arrecadam dinheiro dos incautos para serem consagrados nos montes de Israel?
Como admitir as inúmeras seitas que inventam tudo quanto é de novidade com promessas de purificação e salvação? Por que não se obedece aos profetas e apóstolos verdadeiramente bíblicos como Isaías que por seu intermédio o Senhor afirma em Is.42.8: “Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura”. Quando Paulo diz: “Não vos façais, pois idólatras” e “Portanto meus amados, fugi da idolatria” I Co 10.7,14, quando Pedro classificou como: “detestáveis idolatrias” I Pe 4.3.b e a maioria das igrejas cristãs são tão idólatras. O desabafo de Paulo vale para os dias de hoje: “Ó Gálatas insensatos!”.


O IMPREVISÍVEL PESCADOR ERUDITO

Em geral o conceito que temos de um pescador é de um homem rústico, de pouca instrução, corajoso, experiente no mar, de reflexos rápidos e precisos para colocar a vela ou o barco em posição certa para evitar os possíveis embates das ondas à bombordo ou estibordo, perigosamente contra a embarcação, evitando o pior.
Homem paciente que espera que o peixe ataque a isca ou se embaralhe na rede, na hora que ele bem entenda. Criatura que respeita a calmaria conhece a força das correntes marítimas e os melhores lugares para arremessar o anzol, estender as redes ou colocar os covos.
O pescador é sempre aquele homem por quem a família espera ansiosa pela sua volta do mar, na esperança de que ele traga o suprimento do cotidiano, o que às vezes não acontece, pois “havendo trabalhado toda a noite nada apanhamos” como certa vez disse o apóstolo Pedro.
O pescador é solidário. Chama ou avisa os colegas quando e onde está “dando” peixe, no pesqueiro tal ou qual, nesta ou naquela hora. Sabe separar o peixe bom do ruim quando está nas redes. Tem as fraquezas humanas como qualquer pessoa, mas sabe muito bem se consertar quando assim é preciso.
É realmente uma profissão humilde, mas nobre, tanto assim que o Senhor Jesus escolheu alguns deles para formar o seu apostolado e não só escolheu como os prestigiou colocando-os como seus prediletos. Ao iniciar o seu ministério o Senhor Jesus foi escolhendo quatro pescadores: Simão, chamado Pedro, André seu irmão, Tiago e João filhos de Zebedeu. Tinha por eles uma consideração toda especial, de tal forma que em alguns momentos da mais alta importância e significação ele os convocava para acompanhá-lo: “Transfiguração e Getsêmane”.
Depois que Jesus regressou à companhia do Pai, Pedro ficou encarregado de liderar o colégio apostólico. De humilde e rústico pescador passou a ser a principal coluna da igreja nascente. Trocou as redes materiais de arrebanhar peixes pela rede divinal da Palavra do Evangelho de Cristo e pela instrumentalidade do Espírito Santo para arrebanhar almas para o Reino de Deus.
No primeiro sermão proferido, o pescador de pouca instrução passou a ser o intrépido e fulgurante orador que confrontou os “doutores da Lei” pregando o Evangelho de Cristo com tal clareza, precisão e profundidade que ao terminar o seu discurso, “os que lhe aceitaram a palavra foram batizados havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas” (At. 2.14).
Doutra feita enfrentou o Sinédrio com tal erudição que “Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se e reconheceram que haviam eles estado com Jesus” (At.4.13).
Desta forma Pedro aproveitou toda a experiência de pescador de peixes “para se tornar pescador de homens”. Enfrentou o mar bravio da incredulidade e virulência dos judeus daqueles dias. Mesmo sob as ameaças do Sinédrio que faziam lembrar ondas enormes sacudindo o barco, pacientemente esperava as pessoas abrirem os olhos e ouvidos espirituais para os ensinamentos de Jesus. Aprendeu a confiar cada vez mais no seu mestre para fazer a obra.
Arrebanhou almas perdidas, execrou alguns mentirosos, curou muitos males, ressuscitou uma pessoa, não permitiu que um centurião romano como Cornélio se ajoelhasse perante ele, escreveu duas maravilhosas epístolas, reprovou “dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e detestáveis idolatrias”. Alertou-nos para as artimanhas do diabo, e chamou-nos de “raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus” (I Pe 2.9). Assim foi e será sempre PEDRO o imprevisível pescador erudito.


O MAIOR ANUNCIANTE DO MUNDO

Os grandes anunciantes mundiais, em geral têm sua maneira peculiar de fazer com que o público consumidor tome conhecimento dos seus produtos, seu nome, sua marca, seus serviços em fim da sua existência.
Às vezes a diversidade de ação, linha de produtos ou serviços é tão grande que uma só agencia de publicidade, por maior que seja, não consegue divulgar, tratar, promover e servir de maneira completa e perfeita a todos os produtos do mega anunciante. Nestes casos o anunciante contrata várias agencias e distribui entre elas determinadas linhas de produtos.
Isto acontece na indústria, no comercio, serviços, política, governos, conglomerados em fim nas mais diversas atividades. É comum, várias agencias trabalharem para o mesmo anunciante e cada uma se esmerando em fazer sempre o melhor o mais perfeito e de maior resultado.
É bem verdade que por mais cuidado que exista na escolha das agencias, às vezes acontece o pior. Falhas na campanha, mídia desastrosa, excessos na criação, erro na escolha dos veículos, ganância, vaidade, propaganda enganosa e outros fatores que redundam em prejuízo para o anunciante.
Pois bem. O MAIOR ANUNCIANTE DO MUNDO, por mais incrível que pareça, só tem UM PRODUTO e o distribui entre milhares de agencias. O “brifing” é o mesmo para todas elas. Só que como este “briefing” é composto de uma enciclopédia de sessenta e seis livros, às vezes as “agencias” se engalfinham, se atropelam, deturpam o conteúdo do produto, inventam maneiras estapafúrdias de divulgá-lo, bolam propagandas enganosas de tal forma que a publicidade se torna ridícula, mistificada e improdutiva.
O PRODUTO único deste super, extra, mega e incomparável anunciante é para ser oferecido, divulgado, e propalado de maneira absolutamente honesta, digna, perfeita e simples. O mais importante “o produto” deve ser adquirido GRATUITAMENTE, bastando apenas que o consumidor o aceite com inteireza de coração obedecendo rigorosamente às indicações para a sua propriedade e para o seu uso.
Infelizmente algumas “agencias” deturpam as indicações do “brifing” acrescentando ou suprimindo alguns dos seus itens, o que a “Enciclopédia” condena firmemente.
Naturalmente o leitor já identificou O MAIOR ANUNCIANTE DO MUNDO: DEUS – PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO! O “produto” significa Salvação, Vida Eterna, e Morada Celestial. O “brifing é a BÍBLIA SAGRADA e as “agencias” são as igrejas cristãs.
Mas, se algumas dessas “agencias” anunciam o “produto” distorcido, enganosamente, de forma diferente do que consta no “brifing” vão ter que prestar contas ao ANUNCIANTE. As suas “faturas” não serão pagas e ouvirão aquelas palavras: “Nunca vos conheci. Afastai-vos de mim os que praticais a iniquidade”. – Mt7. 23b.


O PROFETA FUJÃO

A história da humanidade nos mostra que é simplesmente inútil a tentativa de fugir de Deus. Não adianta querermos nos esconder de quem tem o poder da onipresença. Desde os primórdios as tentativas foram todas frustradas, a começar dos primeiros, dos nossos ancestrais.
As Sagradas Escrituras nos contam “Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim” (Gn3.8). Uma infantilidade sem limite esconder-se por entre as árvores do Supremo jardineiro que as criou.
De lá para cá a humanidade vem fazendo isto com uma constância tal que beira às raias da sandice. Se fôssemos descrever até mesmo as principais e mais famosas tentativas de fugas da presença de Deus, empreendidas por grandes nomes da história precisaríamos de milhares de páginas.
Escolhemos como exemplo o esforço do profeta Jonas, porque é talvez o mais conhecido, comentado discutido, contestado e dissecado. Ele é talvez, o maior símbolo da vontade de fugir da presença do Senhor Deus.
Num gesto de desobediência transformado em fuga, o profeta se deu mal. A história dele todo o mundo conhece. Mas, mesmo sabendo das consequências dessa atitude, a humanidade pura e simplesmente continua imitando Jonas naquele gesto desvairado de pensar que podia em qualquer momento fugir da presença do Senhor. Os presídios de todas as nações do mundo estão cheios de pessoas que tentaram desobedecer as Leis humanas, que por sinal têm suas brechas, deficiências, contradições e fragilidades, e foram apanhadas.
O presídio espiritual está muito mais cheio de pessoas que pensam poder fugir e desobedecer as Leis divinas sem lembrar que são Leis perfeitas, lógicas e firmes e não serem apanhadas.
Os resultados continuam sendo desastrosos. Desobedecer as ordens de Deus é pecado, e “o salário do pecado é a morte” Rm.6.23a. O pior é que não é somente a morte física – a primeira - e sim a morte espiritual de que nos fala apocalipse 21.8: “Quanto porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber a segunda morte”. E ainda tem gente que prefere imitar o profeta Jonas: FUGIR DA PRESENÇA DE DEUS.


O VALENTE MIQUEIAS

Na humilde cidade de Morastite ou Moresete, localizada a trinta kilometros de Jerusalém, já na fronteira da Filistia, o Senhor foi buscar um simples roceiro chamado Miquéias para levar poucas e boas ao povo de Judá e alertar os de Samaria para os terríveis pecados que estavam cometendo contra ele.
A execrável idolatria em que estava chafurdado o povo, a violência, a cobiça, a corrupção dos governantes, as mentiras dos falsos profetas, o suborno a que estavam se submetendo os sacerdotes, a desonestidade generalizada, todas estas coisas estavam suscitando a ira do Senhor. Ele já preparava o devido castigo em forma de nova escravidão. Israel, o Reino do Norte, sendo levado para o cativeiro por não obedecer ao Senhor e se entregar a outros deuses, Judá, o Reino do Sul, estava no mesmo caminho.
Miquéias surgiu como enviado do Senhor para alertar aqueles povos até mesmo com palavras duras. Durante os reinados de Jotão, Acaz e Ezequias, ele, juntamente com Isaías e Oseías, mesmo como simples pregador da roça de onde veio, vociferou alto e bom som cheio do poder do Espírito do Senhor as suas advertências.
Em geral Miquéias só é lembrado pela sua profecia acerca do local do nascimento de Jesus, quando disse: “E tu Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel” – Mq.5.2
Ele devia também ser lembrado, estudado e pregado sobre suas advertências que foram simplesmente mandadas pelo Senhor. Logo no início do seu livro o versículo sete diz: “Todas as tuas imagens de escultura serão despedaçadas e todos os salários de suas impurezas serão queimados e de todos os seus ídolos farei uma ruína, porque do poço da prostituição os ajuntou e a este preço volverão”. Mais adiante nos versículos treze e quatorze do capítulo cinco, ele diz: “Do meio de ti eliminarei as tuas imagens de escultura e as tuas colunas, e tu já não te inclinarás diante da obra das tuas mãos, eliminarei do meio de ti os teus postes-ídolos e destruirei as tuas cidades”.
Os verdadeiros profetas disseram tão somente o que o Senhor lhes ordenou que dissessem. E se foram palavras do Senhor e ele hoje ainda é o mesmo, claro está que o clamor de Miquéias ressoa nos tempos atuais. A disciplina de Deus naquele tempo é a mesma de hoje em dia. Portanto, quem lhe desobedece hoje como fizeram Judá e Israel está sujeito ao mesmo peso da sua mão.
Miquéias não foi tão somente o verdugo daqueles povos. Como porta voz do Senhor e como ele “é bom e sua misericórdia dura para sempre” colocou nos lábios do seu servo palavras maravilhosas como esta: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre porque tem prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós, pisará aos pés as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar” Mq.7.18,19.
Como foi necessário boa dose de valentia para enfrentar aqueles dois reinos despertando-os para a realidade dos seus erros, foi também valente para transmitir promessas e seus cumprimentos da parte do Senhor.
Mesmo diante da corrupção moral daqueles povos, o profeta disse: “Eu, porém, olharei para o Senhor e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá”. Que possamos dizer o mesmo em nossos dias.


OBEDECER É MELHOR QUE SACRIFICAR!

As Escrituras Sagradas estão eivadas de admoestações a respeito dos castigos advindos da desobediência. Tanto no que concerne às leis divinas como as que se referem às leis humanas.
Todo mundo sabe que quem desrespeitar uma lei está sujeito às sanções ou penalidades que lhes são impostas pelas autoridades competentes. É exatamente por isto que as cadeias e os grandes presídios, até mesmo aqueles de segurança máxima, estão tão cheios que agora os legisladores estão adotando medidas para soltar milhares de contraventores, desafogando os presídios e enchendo cada vez mais as cidades e as ruas de perigosos meliantes.
Eles agora mais do que nunca desafiam as autoridades, riem sarcasticamente na cara da sociedade indefesa, na certeza da impunidade ou confiados nas brechas das leis humanas. Sim, das leis humanas, porque das leis divinas os pecadores não escapam.
A Bíblia diz que o desrespeito a lei é pecado (I Jo 3.3) e o salário do pecado é a morte (Rm.6.13) e a morte é castigo bem maior do que alguns anos atrás das grades. Mesmo diante dessas premissas a humanidade não está se dando conta dos castigos divinos para os que desobedecem ao que Deus ordena, determina e exige em sua Santa Palavra.
No seu terceiro discurso Moisés foi duro e por demais contundente, quando explicitou nada menos que cinquenta e três castigos provenientes da desobediência às leis divinas (Dt.28.15-68). O profeta Samuel ao advertir o rei Saul, também foi duro e claro quando lhe disse: "Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros. Pois a rebeldia é como o pecado da feitiçaria, e a arrogância como o mal da idolatria.
Assim como você rejeitou a palavra do Senhor, ele o rejeitou como rei"- I Sm.15.22, 23(NVI).
Os livros: Levítico, I e II Reis, Salmos, Isaías, Jeremias, Oséias e outros mais estão repletos de advertências para os castigos da desobediência, mas a humanidade encontra sempre uma desculpa para desobedecer na ilusão de que com determinadas práticas fica infensa às punições divinas como se Deus fosse um ingênuo qualquer que se deixa levar pelas falsas promessas, pelas “vãs repetições”, pela autoflagelação, pela idolatria, por dogmas e doutrinas humanas.
Todo mundo sabe que uma decisão da justiça não se discute, cumpre-se. Se para as leis humanas, isto é taxativo, imagine-se para as leis divinas. Mas da mesma forma que a humanidade desafia e descumpre suas próprias leis, também o faz quanto às leis divinas e continua pecando indefinidamente com incredulidade, com as “detestáveis idolatrias” e os demais pecados nomeados pelo apóstolo Pedro em (I Pe.4.3). Contudo, os homens nem sequer se dão conta de que para Deus “Obedecer é melhor que sacrificar”.


ONDE ESTÁ O TEU TESOURO?

Os dicionários definem tesouro como, “Coisa ou pessoa porque se nutre grande estima, riqueza”.
O Senhor Jesus, dirigindo-se aos seus discípulos falou sobre a ansiosa solicitude pela vida. Falou sobre o que comer e vestir, sobre os corvos que não semeiam nem ceifam, sobre a beleza dos lírios que não fiam nem tecem e concluiu dizendo: “Buscai antes de tudo o seu reino”, porque “onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração!” (Lc 12.34).
Pois é. Onde estará o tesouro de nossa vida? Para alguns o seu tesouro está na poupança recheada mesmo que ela esteja no banco ou em qualquer outra instituição financeira. Para outros o tesouro é aquela caixa onde repousam as joias valiosas adquiridas ou herdadas que dali só saem para serem exibidas em ocasiões especiais como festas, eventos e comemorações ou para serem dolorosamente empenhadas em caso de necessidade. Para outros o seu tesouro são os seus opulentos bens representados por propriedades rurais ou de “pedra e cal”. Outros ainda dizem que o seu tesouro é a posição de destaque na sociedade, na política, nos cargos que exercem naquele setor da vida pública ou em organizações privadas.
Existem aqueles cujo tesouro é o grau de intelectualidade literária, científica ou artística. Há ainda os que se julgam sumidades teológicas, profetas, milagreiros ou o próprio tesouro religioso aos quais, o populacho deve obedecer, se curvar, se subjugar e lhes entregar seus bens materiais. Para outros o seu tesouro é a família, pais, filhos, netos, primos e amigos.
A maioria das vezes essas pessoas não atinam para o fato de que “onde está o seu tesouro, estará também o seu coração!” no dizer do MESTRE. Salomão e Paulo, entre outros autores bíblicos definem muito bem o que é o nosso coração. Bastar atinar para o que eles dizem para termos o cuidado com o posicionamento do nosso tesouro.
Felizmente existem também aquelas pessoas que têm como tesouro o Deus Triúno, Maravilhoso, Pai, Filho Espírito Santo que criou os céus e a Terra e tudo que neles há, que como o Verbo se fez carne e habitou entre nós, que nos consola e intercede por nós com gemidos inexprimíveis. Este é realmente o maior, melhor e mais belo tesouro que resiste e supera toda e qualquer dificuldade. É um tesouro que não sucumbe ante às intempéries da natureza como secas, enchentes, incêndios e tsunamis, que não se abala com o vai e vem da bolsa de valores, nunca é superado pelas novas conquistas da ciência, pois quando o homem pensa que chegou ao topo do saber da arte e do poder se vê de repente derrotado com doenças físicas e morais que solapam seus pseudos tesouros de uma hora para outra.
Este sim é que é o verdadeiro tesouro, onde devemos e podemos colocar o nosso coração. Ele jamais é corroído pela ferrugem dos anos, onde a traça das indignidades não consegue destruir nem os ladrões, por mais espertos que sejam conseguem roubar. O tesouro da certeza da vida eterna nos páramos celestiais, garantida por Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador, Autor e Consumador da nossa fé e da nossa salvação. Realmente não existe tesouro maior ou mais valioso onde devemos colocar o nosso coração!


OS JUSTOS RESPLANDECERÃO

Nosso Senhor Jesus Cristo, após explicar aos seus discípulos a parábola do joio e do trigo, acrescentou que “os justos resplandecerão como o sol no reino do seu Pai” Mt. 13.43.
De acordo com o conceito secular justo é aquele que vive conforme o direito e a razão, reto, equitativo, fundado, legítimo, um homem virtuoso e merecedor de outros adjetivos semelhantes. Tudo isso perante as leis humanas e aos códigos de ética de cada civilização.
Basta que alguém se apresente com essas qualidades para ser considerado justo mesmo sem ser portador do melhor de todos os predicados que é ser um legitimo filho de Deus. Sim, porque existe uma distinção clara entre filho e criatura de Deus. Criatura todo mundo é, porque Deus criou os céus e a terra e tudo o que neles há. Contudo, ser filho é muito mais, e é por aí que começa a condição de justo.
As referencias bíblicas a esse respeito são inúmeras. O apóstolo Paulo em sua carta aos romanos disse que “Todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, são filhos de Deus” Rm 8.14 e João através do seu Evangelho disse: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” Jo.1.12,13. Os livros de Salmos, Provérbios e Eclesiastes estão repletos de descrições sobre os justos, culminando com a célebre afirmativa de Habacuque: “Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé” Hc.2.4. Expressão esta reiterada em Rm. 1.17, Gl. 3.11 e Hb.10.38
A afirmativa de Jesus se nos afigura como uma promessa e nas promessas do nosso Senhor e Salvador só existe o sim. Para que possamos resplandecer como o sol no reino do nosso Pai precisamos ser justos em todo decorrer de nossa vida.
O conceito bíblico para justo além dos parâmetros seculares implica em ser justificado pela fé em Cristo Jesus que por sua vez leva a uma existência de integridade, retidão e, sobretudo obediência aos cânones divinos e vida no altar.
A mercantilização da palavra de Deus, a banalização das boas novas do Evangelho, a idolatria em todos os seus aspectos, a soberba e os escândalos que enlameiam o cristianismo de nossos dias estão manchando a imagem do justo.
Para que alcancemos o patamar de justo, é necessário que não sejamos apenas ouvidores da lei. O apóstolo Paulo também em sua carta aos romanos diz que: “Os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados” Rm.2.13. Deste modo fica claro que para resplandecermos como o sol no reino de Deus é necessário que no decorrer de nossa existência sejamos permanentemente praticantes das leis divinas, bem no meio desta civilização corrupta e perversa que nos cerca.
Hoje em dia ser justo além de ser exceção é às vezes, motivo de escárnio, chamados de tolos, fanáticos, ultrapassados e até mesmo infantis, mas o futuro dirá o que é melhor: ser justo ou não o ser a escolha pertence a cada um de nós.



OS VENDILHÕES DO TEMPLO

Estando no Rio de Janeiro para um evento especial, e por insistência de uma pessoa da minha família, que estava perdendo a visão de um dos olhos e que ouvira dizer que determinado cidadão estava realizando milagres, restaurando a visão das pessoas, concordei em levá-la até onde se realizava o Culto-Show num subúrbio da “Cidade Maravilhosa”.
O local era o prédio de um antigo cinema que falira por falta de público, ideal para se instalar uma miniatura da Feira de Caruaru. Onde anteriormente era bilheteria e antessala do Cinema estavam mesas com os mais variados objetos que os vendedores uniformemente vestidos, alardeavam serem “ungidos” e portadores de poderes miraculosos como curadores de males físicos, muito progresso na vida financeira, resolução de problemas familiares, emocionais e jurídicos, além dos milagres que se realizariam lá na grande sala do show artístico-religioso.
Como não havia mais lugar na plateia subimos para o balcão que também estava quase repleto. O show já havia começado e o cidadão que o comandava se esmerava em “fazer os milagres”. Quando chegou o momento de curar a vista dos fiéis, recomendou que os mesmos colocassem a mão no olho doente que Deus iria imediatamente restaurar a saúde daqueles olhos todos ali. Minha parenta obedeceu e ficou esperando o milagre. Até hoje está esperando e já lá se vão vários anos. Parece que o Senhor não obedeceu a ordem do milagreiro.
Ao sairmos dali fiquei rememorando algumas passagens bíblicas como Mateus 21.12,13; Marcos 11.15-17; Lucas 19.45,46 e João 2.13-16 que relatam a ira de Jesus que com um azorrague de cordas expulsou os vendilhões do templo soltando as ovelhas, os bois e as pombas, derramando o dinheiro dos cambistas e dizendo: “Tirai daqui estas coisas, não façais da casa do meu Pai casa de negócio”.
O que, infelizmente, estamos vendo hoje em dia, é uma semelhança daquele episódio tão triste. Como disse recentemente certo comentarista: “Parece que o devorador se converteu e subiu aos púlpitos para espoliar os incautos visitantes”.
Hoje se constroem mega templos para vender bênçãos com pagamento com vales-transportes, tickets-refeição, cheque-pré, e a venda pode até ser divida em três ou quatro prestações sem juros à semelhança de inúmeras lojas dos mais diversos artigos.
Fico pensando se esse povo não tem o temor do Senhor. Estou certo de que os mercadores de hoje em dia nunca leram, ouviram ou tomaram conhecimento do que está em algumas passagens bíblicas como: Mateus 7.21-23; 10.8b; 24.24; Marcos 13.22 e outros. Eles não atinam para o fato de que é perigoso desobedecer as Leis divinas, mercadejando a Palavra de Deus, expondo muitas vezes, o Evangelho ao descrédito e à vergonha.
Seria de bom alvitre para os senhores vendilhões, meditar cuidadosamente nos textos acima mencionados, porque “A palavra de Deus é viva e eficaz, mais cortante do que qualquer espada de dois gumes” Hebreus 4.12; “Assim, pois, cada um nós dará contas de si mesmo a Deus” Romano 14.12 e “De Deus não se zomba” Gálatas 6.7.


PARA NÃO PECAR CONTRA TI

O título acima é a parte b do versículo onze do Salmo 119: “Guardo no coração as tuas palavras para não pecar contra Ti”. O pecado, este substantivo masculino é definido pelo dicionário secular como transgressão de preceito religioso, culpa, falta, perversidade, ação má, vício e dividido em pecado mortal e pecado venial. Do ponto de vista teológico pecar é errar o alvo estabelecido por Deus.
A Bíblia nos fala de pecado em nada menos de setenta e seis versículos segundo o registro de Russel Shedd. O apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos usa a palavra pecado e expressões derivadas dela, como pecarem, pecador, pecar, pecaminosas mais de trinta e cinco vezes. Nesta mesma epístola Paulo afirma que “Todos pecaram e carecem da glória de Deus”. Na parte b do versículo 23 do capítulo 14 Paulo ainda acrescenta que “Tudo que não provém de fé é pecado”.
Bastaria a definição e as copiosas referencias ao pecado para fazer com que a criatura humana fizesse como o salmista: guardasse no coração as palavras do Senhor para não viver pecando contra Ele.
Infelizmente a humanidade dos nossos dias continua transgredindo não somente contra Deus, mas exagerando nos pecados contra a natureza, contra as leis humanas, contra o próximo, contra a lógica, contra a família, contra os bons costumes, contra a vergonha e contra os princípios mais comezinhos de honestidade e pudor.
Hoje em dia, em nome da prosperidade material ou para não perder o pomposo cargo que ocupa, para não cair em desgraça ante os poderosos, os intelectuais e a sociedade, qualquer um se recusa a viver trabalhar e agir de forma equânime com a Palavra de Deus.
As malfadadas frases: “todo mundo faz”, “Não tem nada demais”, “É um pecadinho sem maiores consequências”, são justificativas para pecar contra Deus. Conformar-se em ser apenas uma “Maria vai com as outras” somente para ser peça integrante do contexto social, mesmo que seja este um antro de deformidades morais, é o modus vivendi de muita gente.
Para muitos a saída para a desobediência a Deus, é que é difícil cumprir seus mandamentos. Entretanto, o Apóstolo João em sua primeira epístola afirma que “Os mandamentos de Deus não são penosos” (I Jo.5.3b). Ele também diz que “Pecado é a transgressão da lei” (I Jo 3.4b).
Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo é o básico para se viver uma vida conforme o desejo do Criador. Os que acham que isto é difícil e penoso deviam se lembrar que Jesus disse: “O meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt.11.30).
Quando a pessoa não se dispõe a guardar no coração as palavras de Deus, toda e qualquer desculpa é julgada válida como: modernidade, contexto, evolução, concorrência, avidez pela fama e outras coisas semelhantes. Só que elas são apenas os componentes de uma vida efêmera que se esvai quando se fecha o fôlego da vida terrena.
É muito melhor guardar e obedecer as palavras do Senhor, pois elas nos conduzem para a pátria celestial, mas é preciso que sejam as palavras puras, verdadeiras, sem deformações, sem adendos humanos e sem as mutilações feitas pela inconsequência dos principados e potestades como disse o salmista: “Para não pecar contra Ti”.



PARA QUEM SÃO O BANQUETE E A CEIA?

Os evangelistas Mateus e Lucas registraram as parábolas de Jesus à respeito de umas Bodas – Mt.22.1-14 e uma grande Ceia – Lc.14.15-24. Que nos legaram ensinamentos maravilhosos. A primeira celebrando as Bodas do filho de um rei e a segunda simplesmente oferecendo uma lauta Ceia para convidados especiais.
A decepção de ambos os anfitriões foi grande. Bois cevados abatidos para rechear um banquete todo especial, e uma ceia preparada com todo esmero para servir a convidados eméritos e vejam só o que aconteceu: os primeiros “porém não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio e outros ainda agarrando os servos os maltrataram e mataram” (Mt.22.5,6). Os segundos apresentaram desculpas esfarrapadas como: “Comprei um campo e preciso ir vê-lo, comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las, casei-me, por isso não posso ir” (Lc.14.18-20).
O rei ficou tão irado e o homem tão decepcionado que em represália aos descasos dos convivas mandaram buscar os bons e os maus das encruzilhadas e caminhos nas ruas e becos da cidade, os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos para se servirem do banquete e da grande Ceia.
Como sempre, Jesus sabia o que estava querendo dizer com estas parábolas. Ele antevia o que iria acontecer dali por diante até chegar aos nossos dias. O Banquete e a Ceia dos seus ensinamentos continuam sendo oferecidos nos dias atuais a todos indistintamente. Os milagres feitos durante os anos do seu ministério, os conselhos, o seu próprio sangue derramado na cruz do Cálvário e a salvação através dele, o convite “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” continua ecoando através dos constantes convites feitos pelos servos fiéis, leiais e dedicados, pelo mundo a fora.
Mas infelizmente, os convidados atuais estão muito mais preocupados com seus negócios, seus campos, suas juntas de bois, suas festas, sua idolatria, riquezas, posição, poder temporal e até perseguindo e matando os que levam a ele o convite para o Banquete e para a grande Ceia da vida eterna nos paramos celestiais.
Entretanto, a cada um de nós compete continuar fazendo o convite do nosso Rei e Senhor a quantos possamos alcançar, e se a grande massa não quiser nos ouvir busquemos os humildes, os coxos na fé, os cegos espirituais, os maus e os bons, os que estão perto e os que estão longe lhes oferecendo o alimento salutar da mesa do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
As dificuldades são grandes: a prepotência intelectual, os dogmas e as doutrinas espúrias, o mercantilismo da Palavra, a vaidade, a subserviência ao dinheiro e as falácias do mundo enganador tornam dificultoso o trabalho de convencer os convidados para o banquete, mas o Espírito Santo está ai para nos ajudar a entregar o milagre da salvação. Mostremos a eles que o Banquete e a Ceia são especialmente para eles.



PARALISIA ESPIRITUAL

Os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas registraram o mesmo fato, segundo a ótica de cada um: Um paralítico sendo levado à presença de Jesus. Mateus, sem mais delongas, diz simplesmente: “Eis que lhe trouxeram um paralítico deitado num leito”. Marcos um pouco mais detalhista diz: “Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens”. Lucas, com a perspicácia de médico e pesquisador, descreve a cena, seus componentes com suas ações e questionamentos acerca das palavras de Jesus.
Juridicamente percebemos que a diferença de relato por testemunhas de um mesmo fato significa que ele realmente existiu. Quatro homens levando um paralítico em seu leito para apresentá-lo a Jesus. Sem levar em conta as dificuldades para chegar à presença do Mestre “Subindo ao eirado, o desceram no leito, por entre os ladrilhos, para o meio diante de Jesus” (Lc. 5.19).
O que teria levado aquele homem à prisão num leito? Vícios, idolatria, falta de fé, cegueira espiritual? Os evangelistas não dizem, mas sabemos que hoje em dia esses quatro fatores contribuem para a paralisia espiritual. Convém notar que entre as inúmeras vezes em que Jesus curou coxos e paralíticos, conforme as narrativas das Escrituras Sagradas, os três evangelistas só detalharam minuciosamente esta. Assim como João descreveu o milagre feito por Jesus curando um determinado paralítico junto ao tanque de Betesda no meio de “uma multidão de enfermos, cegos, coxos, paralíticos” (Jo. 5.3).
Estas duas escolhas dos evangelistas nos deixam a certeza de que o Espírito Santo quis chamar a atenção para a paralisia física como semelhança da paralisia espiritual.
Os vícios tais como: bebida, jogo, fumo, lascívia e aberrações são ingredientes perigosos. A idolatria, não somente a veneração, adoração e subserviência às imagens de escultura, como o endeusamento de artistas, atletas, mães, pais, filhos, netos, líderes políticos e religiosos e outros que tais, a ilusão dos jogos e azar, a escravidão ao cigarro, a avalanche de apelos às esdrúxulas práticas sexuais e suas aberrações, tudo isto constitui o leito sobre o qual está preso o paralítico espiritual.
Mas quando aparecem quatro colaboradores para conduzir o doente à presença de Jesus, o pecador ouve a palavra de salvação: “Homem, estão perdoados os teus pecados” (Mt. 9.2b; Mc 2.5b; Lc. 5.20b), “Levanta-te toma o teu leito e anda” (Jo.5.8).
Os quatro colaboradores estão sempre à disposição de qualquer pessoa. É necessário tão somente colocá-los em prática: Fé, certeza de que Jesus Cristo tudo pode e está sempre pronto a perdoar curar. Determinação, que é a decisão firme de procurá-Lo a todo custo. Coragem para enfrentar as dificuldades, a multidão de velhos conceitos, doutrinas humanas arraigadas nas tradições. Ação, subir no eirado das Escrituras Sagradas sabendo que pode através delas chegar à presença do Médico dos Médicos que cura prontamente a paralisia espiritual.


PENSAMENTOS EXTRAÍDOS DE ALGUNS ARTIGOS

O MAIOR ANUNCIANTE DO MUNDO, por mais incrível que pareça, só tem UM PRODUTO e o distribui entre milhares de agencias. O “brifing” é o mesmo para todas elas. Só que como este “brifing” é composto de uma enciclopédia de sessenta e seis livros, às vezes as “agencias” se engalfinham, se atropelam, deturpam o conteúdo do produto, inventam maneiras estapafúrdias de divulgá-lo, bolam propagandas enganosas de tal forma que a publicidade se torna ridícula, mistificada e improdutiva. Naturalmente O MAIOR ANUNCIANTE DO MUNDO É: DEUS – PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO! O “produto” significa Salvação por meio de Jesus Cristo. O “brifing é a BÍBLIA SAGRADA e as “agencias” são as igrejas cristãs. Mas, se algumas dessas “agencias” anunciam o “produto” distorcido, enganosamente, de forma diferente do que consta no “brifing” vão ter que prestar contas ao ANUNCIANTE. e ouvirão dele: “Nunca vos conheci. Afastai-vos de mim os que praticais a iniquidade”. Manoel Malta
O Evangelho do Senhor está sendo permanentemente pregado aos quatro cantos do planeta através dos mais diferentes meios de comunicação como emissoras de rádio e televisão, jornais, livros, folhetos, reuniões, eventos e demais formas de expressão. Missionários, pregadores, igrejas e congregações se encarregam da missão de entregar a maravilhosa mensagem da salvação em Cristo Jesus. Mas o mundo que “jaz no maligno”, como disse o apóstolo João, entra numa competição violenta oferecendo um enorme séquito de ilusórias regalias e satanás usa de todos os meios possíveis e imagináveis para encarcerar multidões na sua malha de perdição e devaneios. Ouçamos a Palavra do Senhor, ele está à porta e bate, se abrirmos ele entrará e permanecerá conosco. Manoel Malta
Quem não está saciado com o banquete das Sagradas Escrituras pode cair facilmente no engodo dos lautos e enfeitados pratos de “lentilhas enganosas” de hoje em dia. Um copo aqui, uma taça ali, um tira-gosto acolá, uma conversa bonita, uma promessa irrecusável e lá se vão as bênçãos reservadas para os que deviam permanecer fiéis sem se deixar enganar pelas aparências. Jesus está voltando, cuidado com os pratos de lentilhas! Manoel Malta.
A pedra que Jesus ordenou que retirassem, era um bloco de granito. A pedra que temos que retirar hoje em dia é uma bloco de incredulidade e muitas vezes de distorção das palavras que Deus colocou nos lábios dos profetas e do seu Filho amado. Quando conseguimos retirá-la vemos ressurgir um “Lázaro” ressurreto e liberto. Obedeçamos à ordem do Mestre: Retiremos as pedras! Manoel Malta
Por que andamos inquietos? Escolher a boa parte como Maria aos pés de Jesus, obedecer aos seus mandamentos, guardar os seus ensinamentos e andar como ele andou é realmente a melhor escolha. Aprendamos a priorizar o Senhor em nossas vidas! A outra forma de viver é apenas futilidade e cegueira espiritual. Manoel Malta
Precisamos reaprender a chorar diante de Deus. Infelizmente é grande a multidão de pessoas que mergulhadas em suas desobediências nem sequer pedem perdão, quanto mais se dignam de chorar depois de reconhecê-las! Mal sabem elas que o Pai celestial ouve as orações e vê as lágrimas que são derramadas com sinceridade e está pronto a revogar a sentença condenatória. Manoel Malta
As “víboras” estão sempre escondidas nos feixes de costumes, atitudes, crendices, falácias dos lobos disfarçados de cordeiros, de principados e potestades, dos que se acham donos da verdade, fariseus e saduceus modernos. Elas são praticamente imperceptíveis e só as descobrimos quando somos mordidos por elas. Cuidado com elas para não “inchar e cair mortos”. Portanto, se faz necessário que tenhamos a coragem que nos torne em novos Paulos, Agostinhos, Policarpos, Crisóstomos e demais pais da Igreja primitiva. Os “gravetos” que ajuntamos para atirar na fogueira da perdição estão cheios de “víboras” e é absolutamente necessário que nos livremos deles o quanto antes. Manoel Malta
MALEDICÊNCIA DISFARÇADA DE PIEDADE É UM CÂNCER DENTRO DA IGREJA! Cuidado com ela! Quero falar agora para todos, mas especialmente aos casados: Por que em muitos lares não há vitória? Porque maridos e esposas difamam uns aos outros com detestáveis maledicências disfarçadas de piedade. Esquecem que quando expõem a nudez (fraqueza) do cônjuge estão expondo a própria nudez. Falar mal do cônjuge é falar mal de si próprio uma vez que os casados são uma só carne. São herdeiros da mesma graça de vida, diz o apóstolo Pedro. E o que nos faz pensar que não seremos herdeiros da mesma “desgraça” de vida, caso usemos mal as nossas línguas? Deus quer consertar os lares e restaurar as famílias e relacionamentos, mas esse conserto ao que parece passa pelo bom uso do falar. O pior tipo de maledicente é o que tem aparência de piedade. Levemos tão somente ao Senhor as nossas queixas, e ele nos recompensará em secreto. Manoel Malta



QUAL É A SUA CAVERNA?

O instinto de conservação nos leva a procurar abrigo seguro contra as intempéries. Principalmente quando elas se nos apresentam na forma de perseguição, dificuldades, males fiscos, morais e espirituais que são os que mais incomodam os que levam em conta a perspectiva do destino de sua alma. Podemos ser tudo nesta vida: moço ou velho, pobre ou rico, medroso ou valente, ignorante ou sábio, famoso ou anônimo, seja o que for, cada um de nós pode passar por um momento em que precisa de uma “caverna” para salvar a pele, sair da dificuldade, enfim sobreviver.
A Caverna de ADULÃO foi onde Davi se refugiou em face da louca perseguição de Saul. Ora, Davi com toda uma vida de coragem, valentia, inteligência e cheio da graça de Deus, recolheu-se a uma caverna. Ele que enfrentou um leão e um urso que queriam devorar as ovelhas sob sua guarda, venceu um gigante de três metros de altura, comandou exército vitorioso em várias batalhas, entregou ao rei duzentos prepúcios filisteus quando lhe foi exigido apenas cem e foi aclamado porque feriu seus “dez milhares!”. Depois deste currículo Davi procurou uma caverna no momento da dificuldade.
Procurar uma “caverna” na ocasião exata não é covardia. Os comandantes militares sabem que é melhor recuar estrategicamente em certo momento da batalha, para poder ganhar a guerra, por isso que a sabedoria popular diz que “Uma boa retirada é sinal de valentia!”. Em nossa vida espiritual é semelhante. Nosso inimigo comum se reveste de toda sorte de artimanhas para nos afrontar, provocar, perseguir e nos devorar. Ele investe sobre nós em diversas formas e nuances. Uma adversidade, uma contrariedade, um mal estar súbito, uma enfermidade, uma derrocada financeira, uma complicação familiar, um pecado humilhante enfim, os percalços e tropeços a que estamos sujeitos e nos obrigam a procurar uma “caverna” na qual possamos resistir ou nos defender.
A atitude de Davi nos serve de exemplo. Abrigar-se numa caverna foi apenas uma retirada estratégica. A bíblia diz que naquela ocasião ao saberem disso “seus irmãos e toda a casa do seu pai desceram ali para ter com ele”. “Ajuntaram-se também a ele os homens que se achavam em aperto, endividados e amargurados de espírito”.
Este fato me traz à memória a figura da Igreja verdadeira, Corpo Vivo de Cristo sobre a terra, onde nos refugiamos no momento da agonia. É lá que recebemos as bênçãos de que tanto necessitamos, é lá que ouvimos aquela voz dizendo: “No mundo passais por aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo!”.
Para alguns a “caverna” é o bar, ou simplesmente a bebida, para outros alguns maços de cigarro, o adultério, as drogas, o crime organizado, a corrupção e outros que tais. Contudo, para os verdadeiros cristãos a “Caverna” na hora do perigo é uma só e ela se chama Jesus, o Cristo de Deus!



QUER OUÇAM OU DEIXEM DE OUVIR!

O Senhor tem a sua maneira própria de encarregar os seus profetas ou simples servos, de falar ao povo de maneira geral. Dos primórdios até os dias atuais as diretrizes, os caminhos, advertências, leis e decretos estão expostos e falados nas Escrituras Sagradas de forma clara e insofismável para todo mundo “quer ouçam quer deixem de ouvir” (Ez.2.5, 7).
Através de Moisés o Senhor enviou os conhecidos dez mandamentos que são até hoje, a base de todas as leis que regem a humanidade civilizada. Pela boca de seus profetas Maiores e Menores, o Senhor procurou ensinar como se deveria andar e comportar-se. Instituiu juízes, atendeu a exigência do povo por um rei e chegou até a enviar seu próprio Filho para demonstrar seu amor pela humanidade, suportou e continua suportando as desobediências irritantes e constantes às suas ordenanças.
Ao iniciar o Sermão do Monte, Jesus deixou bem claras as condições das pessoas que seriam bem-aventuradas: humildes de espírito, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os limpos de coração, os pacificadores e os perseguidos. Será que estamos encontrando com frequência pessoas com estas características? Ou será que estamos presenciando diariamente uma triste avalanche de arrogantes, de desavergonhados que riem em nossa cara depois de serem apanhados nos piores crimes? E os valentões desafiando as instituições encarregadas de zelar pela ordem social, a maioria com sede de justiça esperando por ela, a falta de misericórdia generalizada, os empedernidos de coração matando friamente pessoas, às vezes até familiares, os fabricantes de guerras que lhes proporcionam riqueza e poder e os pobres cristãos perseguidos, maltratados e assassinados pelos filhos de Belial?
O Senhor inspirou os profetas e salmistas a condenarem a idolatria que veio desde os primórdios e continua desenfreada até hoje levando milhares de incautos a trocarem a onipotência, onipresença e onisciência do Deus verdadeiro pelo culto a figuras e entidades que no dizer do apóstolo Paulo aos coríntios (I Co.8.4b) “Sabemos que o ídolo de si mesmo nada é no mundo”. O autor do salmo 115 descreve com minúcia o que é o ídolo. A Palavra de Deus continua falando “quer ouçam quer deixem de ouvir”.
O apóstolo Paulo também diz que “Não vos enganeis: Nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes nem roubadores herdarão o reino de Deus” (I Co.6.8-10). É a voz do apóstolo “quer ouçam quer deixem de ouvir”.
Ainda Paulo falando aos romanos recomendou as virtudes nos versículos 9-21 do capítulo 12 de sua carta àqueles irmãos. Cabe-nos apenas aprendê-las e praticá-las. Quer ouçamos, quer deixemos de ouvir.
Para aqueles que mercadejam o Evangelho do Senhor Jesus lembramos que ele disse aos doze: “De graça recebestes, de graça daí”. Salvo melhor juízo achamos que “Quer ouçam quer deixem de ouvir” parem de envergonhar o cristianismo!


QUERO, FICA LIMPO!

É simplesmente maravilhoso quando, em um momento de angústia, sofrimento e dor, encontramos alívio, conforto e cura. Os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas na simplicidade característica de quem não precisa de erudição e doutorado para narrar os fatos, nos dão conta de um episódio que ilustra muito bem um momento destes.
Um homem sofrendo física e emocionalmente as dores e a segregação impostas pela lepra terrível e incurável – naquele tempo – vencendo todos os empecilhos, aproxima-se de Jesus, adorando-o e dizendo: “Senhor, se quiseres podes purificar-me”. E o Médico dos Médicos, sem usar de nenhum tipo de recurso científico daquela época, desafiando os postulados farisaicos, “Estendendo a mão tocou-lhe dizendo: Quero, fica limpo” Mt.8.3
Os evangelistas afirmam que “Imediatamente ele ficou limpo de sua lepra” e ainda em uma modéstia impressionante, Jesus mandou que o homem não dissesse a ninguém, mas fosse mostrar-se ao sacerdote para fazer a oferta que Moisés ordenou.
Os mesmos evangelistas narram outros fatos semelhantes que são por demais conhecidos de quem tem a felicidade de ser cristão. Cegos, até de nascença, coxos, paralíticos, endemoninhados, mortos foram curados e ressuscitados em uma quantidade tal que, que no dizer do apóstolo João “Se todos fossem relatados um por um, nem no mundo inteiro caberia os livros que seriam escritos” Jo.21.25b
Mesmo diante de tantas evidencias, uma multidão incalculável, perambula pelo mundo, em uma tentativa vã de procurar alívio e cura, física, moral e espiritual para suas vidas atribuladas, nos mais esquisitos e estranhos lugares.
Os aventureiros, falsos profetas, lobos e chacais se locupletam da ignorância, infantilidade, crendice e cegueira das pobres criaturas achacadas pelo sofrimento, para encher seus bolsos, tomando os parcos e até mesmo os fartos haveres daquelas pessoas.
Não precisa ser doutor, professor, PhD, teólogo, etc., etc., etc. Para mostrar, ensinar ou simplesmente advertir as pessoas que Jesus e o Espírito Santo cuidam maravilhosamente da alma, do corpo e do espírito humanos e que Deus também colocou à disposição dos cientistas e pesquisadores uma gama infinita de recursos para aliviar sofrimento e até mesmo curar males físicos e emocionais.
Os elementos encontrados na natureza, como: raios x, ultravioleta, laser, e os avanços da ciência hodierna como: tomografias, computadores, a nanotecnologia são a parte que compete ao homem usar, com a sabedoria concedida por Deus.
Quando o Senhor usou a competência de um Sergio Viana, a sabedoria de Cynthia Ávila e o poder da quimioterapia localizada para curar um câncer de bexiga, eu que o diga mostre e prove. Sim, porque da parte espiritual Ele primeiro me havia curado. É assim: Ele faz a parte dele e delega ao homem fazer a sua. É somente ir a ele e dizer: “Senhor, se quiseres podes purificar-me” e ouviremos Ele dizer: “Quero, fica limpo”, mas não digas a ninguém, apenas faze a tua parte.


RAÇA ELEITA, NAÇÃO SANTA!

O apóstolo Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, disse em sua primeira epístola que “Sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus”. Certamente estas afirmativas foram feitas para um povo que naquele tempo não estava vivendo os terríveis dias de hoje, lógico.
Certo é que o pecado, o desvio moral de costumes, o desrespeito às leis e as demais aberrações já tinham existido e estariam existindo nos dias de Pedro, mas como a população daqueles tempos se limitava a alguns milhares ou até talvez uns poucos milhões de viventes, a coisa logicamente, não chegava ao ponto que chegou hoje com seus sete bilhões.
É bem verdade que algumas Sodomas e Gomorras tentaram subsistir, mas foram aos poucos sendo destruídas ou tinham se tornado raras. As palavras escritas por Pedro se adaptavam bem ao cristianismo daquela época. E Hoje?
Será que o cristianismo dos nossos dias pode ser chamado de raça eleita? Será que são “eleitos” os que se locupletam dos cargos públicos para defraudar o erário público de maneira cínica e vergonhosa? Será que são eleitos os que constroem fortunas espoliando os pobres e os incautos? Será que pode ser chamada “raça eleita” a corja que pratica coisas indignas que só eventualmente veem à tona?
Será que pode ser chamado de “sacerdócio real” aqueles que se valendo da posição de destaque nas ordens religiosas praticam a pedofilia, os estupro e demais atos abomináveis como os que estão sendo descobertos?
Será que pode ser chamada de “Nação Santa” um país que vive dominado por quadrilhas de assassinos, ladrões e sequestradores? Será que pode ser “nação santa” aquela que coloca acima do Deus vivo e verdadeiro outros deuses? Será que pode ser chamada de ‘nação santa” aquela que mantém governo ateu, ditatorial, corrupto e sanguinário?
Será “povo de propriedade exclusiva de Deus” aquele que não é obediente às leis divinas e humanas, que mata pai e mãe, que faz apologia da falta de vergonha, que se entrega a devassidão, a monumentais desfiles pagãos e festivais diabólicos?
Salvo melhor juízo, alguma coisa está errada com o cristianismo dos nossos dias, porque Pedro continuando com sua afirmação disse: “A fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz”.
Claro que nem tudo está perdido. Ainda resta uma boa parcela de cristãos que se encaixa na afirmativa do apóstolo: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus”. Aleluia! Peçamos fervorosamente ao Senhor que nos conceda forças, inteligência, fidelidade à sua palavra e firmeza na fé. Só assim poderemos subsistir como cristãos.



SE O MEU POVO...

O Senhor nosso Deus, criador dos céus e da terra e do tudo que neles há, continua paciente e eternamente dizendo: “Se o meu povo...”
Esta condicional encontramos inúmeras vezes na história do povo de Deus. O importante é que esta expressão ecoa pelos séculos e séculos chegando aos nossos dias como se fosse pronunciada por nosso Senhor há poucos momentos atrás. Com toda certeza ele continua dizendo, num triste gemido que: Se o meu povo...
Se o meu povo resolvesse se humilhar baixando a cabeça, reconhecendo que veio de pó e a ele voltará no dia, hora, minuto e segundo que EU determinar, ou simplesmente permitir que o ciclo da vida se complete, sem acepção de pessoa seja ela grande pequena, branca, preta, amarela, rica, pobre, governante ou governada...
Se o meu povo resolvesse obedecer minhas leis, meus decretos, os mandamentos contidos nas palavras que lhes enviei através dos meus servos profetas e que estão nos sessenta e seis livros das Escrituras Sagradas, sem alterar, aumentar, diminuir, distorcer nada do que lá está escrito...
Se o meu povo trocasse a guerra pela paz, o ódio pelo amor, a exceção pelo normal, a afronta aos cânones sociais pelo respeito à família e à moralidade, a ganância do ter pelo dever do ser, a idolatria pela fidelidade a MIM, a vaidade pela simplicidade...
Se o meu povo deixasse de me trocar pelo dinheiro, pela devassidão, pelas orgias monumentais, pelas manifestações pagãs travestidas de brincadeiras aparentemente inocentes...
Se o meu povo prestasse atenção aos avisos que continuo dando sobre a proximidade da volta do MEU FILHO, do arrebatamento da igreja e dos últimos tempos...
Se o meu povo se arrependesse dos maus caminhos por onde está andando, dos pecados que continua cometendo, das agressões ao MEU NOME e à natureza que EU criei com tanto carinho para lhe servir e que está sendo arrasada...
Se o meu povo parasse de paganizar as igrejas cristãs com seus carnavais, seus mega eventos esportivos que são puras heranças helênicas, seus endeusamentos de atletas e artistas que promovem monumentais ajuntamentos sustentados e animados pela s drogas...
Se o meu povo conseguisse se voltar para a forma pura da igreja primitiva, simples e obediente aos meus estatutos...
Se o meu povo resolvesse me buscar, com inteireza de coração, Eu perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra antes que seja tarde demais.



SE PERECER, PERECI!

Esta é, sem dúvida, uma das mais belas demonstrações de coragem que encontramos nas páginas das Sagradas Escrituras. Somente uma pessoa que confia no Deus vivo e verdadeiro a quem serve poderia tomar semelhante atitude. Na posição de esposa do rei mais poderoso daqueles dias, portanto, rainha de um vasto império, Ester não titubeou um instante e colocou em risco a própria vida, pois se tratava de defender o seu povo.
Entrar na presença do rei sem ser chamada era a mais perigosa façanha que alguém podia cometer. Era tudo ou nada. Alcançar seu desiderato ou morrer na hora. Mas se tratava de uma mulher de fibra que, sobretudo, confiava no seu Deus. Tinha o exemplo de alguns antepassados que encheram de glória o seu povo.
Com sua coragem e determinação impediu que os judeus fossem dizimados, pelas artimanhas de um insano possuído de inveja. Talvez até perdesse a coroa, o status e a própria vida, mas em primeiro lugar estava a sobrevivência da sua etnia que adorava o Deus único e verdadeiro.
Nos dias de hoje é muito difícil se encontrar alguém que estando no bem bom do seu status tenha coragem de dizer: “Se perecer, pereci!”. Colocar em risco sua posição privilegiada nos negócios, na política, no comando de sua organização, na sociedade é atitude que não agrada e nem convém à maioria.
Ter a coragem de confessar ser servo de Deus hoje em dia, é correr o risco de ser alijado dos guetos econômicos, das panelinhas dos intelectuais, das altas esferas da política, da ciência da mídia e das artes.
É preciso muita coragem para dizer alto e bom som que Jesus é o Filho de Deus que morreu crucificado para pagar pelos nossos pecados e nos garantir uma vida eterna nos paramos celestiais.
A horda terrível do ateísmo, da ganância, das vaidades e da desobediência às Leis divinas é o Hamã dos tempos de Ester que temos de enfrentar agora. Felizmente podemos constatar que ainda existe uma razoável quantidade de pessoas que à semelhança de Ester está dizendo: “Se perecer, pereci!”. São os corajosos que enfrentam a fúria dos malfadados países que proíbem, perseguem e matam missionários, pastores e demais pessoas que simplesmente pregam o cristianismo, as palavras salvadoras do evangelho, distribuem Bíblias e lutam para abrir os olhos espirituais daquelas pobres criaturas que teimam em não crer no Deus vivo e verdadeiro.
Por outro lado, aqui entre nós também existem Hamãs disfarçados que estão solapando, minando, espoliando e destruindo o povo de Deus. As heresias, as distorções das Sagradas Escrituras, a mercantilização da Palavra de Deus, a idolatria, as novas e absurdas leis seculares contrárias às Leis divinas estão ai. Precisamos urgentemente de pessoas corajosas que digam a plenos pulmões: “Se perecer, pereci!” e se proponham a lutar pela salvação do nosso povo.



SENHOR, VEM E VÊ!

Quando o Senhor Jesus chegou para atender o chamado de suas amigas Marta e Maria perguntou a estas e aos judeus que as acompanhavam: “Onde o sepultastes?”, responderam: “Senhor, vem e vê!”.
Tenho a nítida sensação de estar no momento, ouvindo a mesma pergunta: “Onde o sepultastes?”. Sim, onde está sepultado o meu povo descendente de Abraão, Isaac e Jacó, que tirei do cativeiro do Egito à duras penas e coloquei em Canaã, apesar dos seus pecados de desobediência e idolatria?
Onde está sepultado o povo pelo qual dei minha própria vida e o deixei herdando o meu nome desde dois mil anos atrás? Senhor, só posso te dizer como Maria: “Vem e vê!”. Vem Senhor ver as doze tribos que libertastes, amastes, conduzistes e perdoastes, e que agora estão na terra “que mana leite e mel”, e que felizmente estão sem o terrível pecado da idolatria, mas continuam desobedientes não te aceitando como o Messias prometido desde os primórdios. Talvez por isto mesmo estejam no momento sendo cercadas, oprimidas, ameaçadas e odiadas pelos descendentes de Ismael e Esaú, na forma de atuais e modernos amalequitas, filisteus, e moabitas.
Vem Senhor ver os que herdaram teu nome e constituíram o cristianismo, incorrendo no mesmo pecado da idolatria tão condenada pelos mais de cem versículos das Escrituras Sagradas desde Moisés até João, Pedro, Paulo e outros servos teus. Vem ver os falsos profetas que estão envergonhando o teu Evangelho com suas desonestidades, imoralidades e deturpação das tuas palavras!
Vem ver Senhor os escribas e fariseus atuais que à semelhança dos antigos que chamastes de “raça de víboras e sepulcros caiados” aos quais se deviam obedecer ao que mandavam, mas nunca imitá-los em suas obras e no entanto, estão fazendo coisas piores.
Vem ver Senhor a tua igreja sendo perseguida, teus servos sendo trucidados, países inteiros imersos num ateísmo virulento onde o só pronunciar o teu nome é passível de condenação! Vem ver Senhor os saudáveis princípios da moral e dos bons costumes sendo classificados como coisa velha e ultrapassada por pessoas que enchem as avenidas em deploráveis demonstrações de falta de vergonha dizendo que aquilo que a tua Palavra diz que é certo, para eles é errado e o que a Palavra diz que é errado para eles é o certo!
Vem ver Senhor como está proliferando assustadoramente a quantidade daqueles que dizem: “Senhor, Senhor porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios e em teu nome não fizemos muitos milagres?”. Vem Senhor dizer a ele explicitamente: “Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim os que praticais a iniquidade”.
Vem Senhor com tua imensa misericórdia perdoar os que se dizem os teus representantes e estão praticando, no dizer de Pedro: “Detestáveis idolatrias”, induzem milhares e milhares de pobres incautos a cometerem o mesmo pecado sem lembrar as palavras do apóstolo Paulo aos Coríntios: “Não vos façais idólatras e, portanto, meus amados, fugi da idolatria!”.
Vem ver Senhor como estão maus os dias atuais, onde pais matam filhos, filhos matam pais e outros crimes brutais num desrespeito total às Leis divinas e humanas. Tem misericórdia, Senhor! Vem ver e talvez até chorar novamente!



SETE MIL NÃO DOBRARAM OS JOELHOS!

O profeta Elias apesar de ter tido coragem para enfrentar o poderoso rei Acabe e os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal, era segundo Tiago, o irmão de Jesus em (Tg.5.17) “Um homem semelhante a nós”. Ele queixou-se ao Senhor que estava sozinho, pois os filhos de Israel deixaram a aliança, derribaram os altares mataram os profetas e só restou ele. Foi ai que o Senhor mandou que ele voltasse para cumprir determinadas ordens, pois em I R.19.18 disse: “também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal e toda boca que o não beijou”. Como sempre acontece, estamos presenciando fatos idênticos aos que são narrados nas Sagradas Escrituras.
Estabelecendo as devidas proporções concluímos que os sete mil daquele tempo, referidos pelo Senhor, são os sete milhões dos dias atuais que com fidelidade ao Evangelho de Cristo não dobram seus joelhos diante dos Baalins modernos. É grande a multidão de cegos espirituais que continuam dobrando os joelhos perante tudo quanto a Bíblia nomeia como figuras representativas de deuses fabricados pelo homem: status, dinheiro, poder temporal, estruturas monumentais, falsos profetas, ídolos midiáticos e muitas outras formas de pecar contra as Leis divinas.
Diz um velho adágio “que o pior cego é aquele que não quer ver”. O Apóstolo Paulo disse aos Gálatas que “Ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá alem do que vos temos pregado, seja anátema” (Gl.1.8). Mesmo assim são incontáveis os joelhos que se dobram diante de certos “anjos” que apregoam evangelhos diferentes, eivados de vãs doutrinas.
É provável que as pessoas não se dêem conta de que o gesto de dobrar os joelhos significa rendição, humildade, subserviência, adoração e entrega moral e espiritual. É reconhecer a autoridade, o poder e a supremacia do reverenciado. Portanto, quando a pessoa que se ajoelha diante de algo ou de alguém, está mostrando claramente que admite estar submissa física, moral e espiritualmente ao objeto de sua reverencia.
O gesto de se ajoelhar está mais afeto a religião do que qualquer outro. Os demais motivos são, às vezes, subjetivos, emocionais, tradicionais ou até simples exibicionismo. Seja qual for o motivo é necessário que se tenha o cuidado de não estar fazendo algo que signifique uma demonstração de que o reverenciado está acima do Deus criador dos céus e da terra, pois ele mesmo disse através do profeta Isaías em Is. 42.8: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome, a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra às imagens de escultura”. Portanto, quando alguém dobra os joelhos diante de qualquer pessoa coisa ou circunstancia está desobedecendo ao Senhor e logicamente se expondo ao peso de sua mão.
Ainda bem que como os sete mil da época de Elias existem hoje alguns sete milhões que continuam servindo fielmente ao Senhor sem dobrar os joelhos indevidamente.



SOMENTE FOLHAS!

Nosso Senhor Jesus Cristo que foi a personificação do amor, da bondade e clemência, também foi severidade, rigor e justiça. Ao mesmo tempo que espalhava bem-aventurança, ensinamentos e milagres, tanto a pessoas físicas como a multidões, também na hora de chamar atenção para os erros, classificá-los, exortá-los e até puni-los, não se fazia de rogado.
Na hora de usar palavras duras Jesus era muito claro e explicito. Hipócritas e sepulcros caiados para alguns, geração incrédula e perversa para muitos foram adjetivos não muito agradáveis para uns e outros. Chegou até a amaldiçoar uma figueira quando foi procura nela um fruto e encontrou SOMENTE FOLHAS.
A figueira é uma árvore que simboliza um povo muito especial tanto para Jesus como para aqueles que o acompanhavam, mas ao chegar junto a ela, não encontrando frutos, imediatamente amaldiçoou-a com tanta firmeza que no dia seguinte ao passarem por ela novamente, coitada estava seca até a raiz.
Pode ser que para muitos, essa atitude tão firme do nosso Mestre causa espécie. Mas, como tudo que Jesus fez e disse tinha um propósito especial de servir como ensinamento tanto com parábolas, quanto com fatos corriqueiros do dia a dia, seu gesto de amaldiçoar a figueira sem fruto serviu de alerta para nós. Em outra oportunidade usando a parábola do “Homem que tinha uma figueira plantada em sua vinha, e vindo procurar fruto nela não achou, mandou cortá-la”. O viticultor apelou para o homem, prometendo adubá-la ao redor a fim de que ela pudesse dar frutos (Lucas 3.6-9). O fato e a parábola nos ensinam algo muito precioso.
O fato de Jesus ter amaldiçoado a figueira sem frutos, salvo melhor juízo, nos parece uma advertência para que durante a nossa vida possamos produzir em “tempo e fora de tempo”, o fruto do Espírito conforme Paulo enumera em sua carta aos Gálatas: “Amor, Alegria, Paz, Longanimidade, Benignidade, Bondade, Fidelidade, Mansidão, Domínio Próprio”.
A parábola do Homem da Vinha com sua palavra dura e com o apelo do Viticultor nos ensina que sempre há uma oportunidade para que nos livremos das sentenças condenatórias que pesam sobre a cabeça de quem não quer obedecer às Leis, Decretos e Mandamentos do Senhor.
Por que tantas e tantas pessoas insistem em permanecer fazendo e dizendo coisas que as transformam em figueiras sem frutos ante aos olhos do Senhor? Por que é tão difícil para elas deixar de ser desobedientes, egoístas, idólatras, blasfemas, feiticeiras e outras ignomínias enumeradas nas Escrituras Sagradas?
Sabemos que as coisas horríveis que hoje enchem o modus vivendi da humanidade são às vezes muito atraentes. As falsas profecias, a panaceia que frequentemente enche a boca de muitos que se intitulam porta-vozes do Senhor são realmente um placebo para multidões desvairadas que lhe entregam tudo que têm em troca de uma possível vida farta e salvação eterna. É necessário que apareça alguém com a devida coragem de enfrentar a fúria dos que se deleitam na utopia da impunidade celestial e deixam de ser quando muito figueiras com SOMENTE FOLHAS, porque senão, as próprias pedras clamarão.



TENDE BOM ÂNIMO!

Realmente. O Mestre sabia muito bem o que estava recomendando: “Tende Bom Ânimo!”. É preciso ter bom ânimo para enfrentar as aflições pelas quais estamos passando. O descalabro e as inconsequências dos dias atuais, a mercantilização do Evangelho, a prática das “indulgencias” que Lutero tanto combateu e que hoje estão sendo utilizadas por determinados líderes religiosos que se dizem seguidores do Reformador, que hoje em dia vendem “bênçãos” à prazo e com “cheque pré”, os falsos milagres cinicamente divulgados pela mídia eletrônica ou pelos ingênuos endeusadores de pessoas vivas ou mortas, a ganância por dinheiro, dinheiro, dinheiro são algumas das aflições pré-ditas pelo Senhor e pelas quais passaríamos neste mundo.
Por tudo isto é realmente necessário ter muito bom ânimo para não desfalecer. Os escândalos preconizados por Jesus conforme Lucas 17.1, estão sendo divulgados constantemente pela mídia geral e pelos quais os responsáveis continuam por aí lépidos e fagueiros – mas ai deles, conforme disse o Senhor – parecendo até que estão servindo de incentivos para os meliantes de plantão.
A venda de pseudo-relíquias pessoais ou industrializadas como sendo milagrosas, está desafiando os organismos oficiais que condenam e punem a prática do charlatanismo. A falta de temor a Deus é generalizada e está chegando às raias do absurdo. Muitos estão tripudiando sobre as Leis divinas e humanas. É preciso sim, ter bom ânimo para suportar candidamente o desrespeito às mais comezinhas Leis da natureza, da família e dos bons costumes. A inversão dos valores é visível.
Foi-se a época em que os pais mereciam e tinham o respeito e a obediência dos filhos e os que são respeitosos e obedientes hoje em dia são em geral, levados ao ridículo. Os professores atuais vivem e trabalham temerosos, sobressaltados sujeitos às agressões e ao desrespeito dos mal educados com a conivência dos pais e das absurdas e frouxas leis que os protegem e os tornam verdadeiros marginais. É preciso ter bom ânimo mesmo para suportar essas coisas.
A corrupção, a pedofilia, o bullyng e a impunidade infiltrados nos guetos governamentais, religiosos e escolares estão solapando a credulidade nas instituições. Isso é um sintoma do afastamento do homem das Leis divinas. Os expoentes religiosos atuais estão se preocupando muito mais em demonstrar erudição, ostentar títulos e lideranças do que falar, escrever e testemunhar com humildade de forma simples, compreensível e apreciável sobre a genuína palavra de Deus.
Mas, nem tudo está perdido. Ainda há tempo de dar alguns passos na direção do que o Senhor ensinou, aconselhou e até mesmo ordenou: “No mundo passais por aflições, mas tende bom ânimo; Eu venci o mundo”- Jo.16.33.



TIRAI A PEDRA!

Eis aí mais uma ordem do Mestre! Sim, tirai a pedra! Um velho adágio nos adverte que “Manda quem pode obedece quem tem juízo”. Mas, que pedra é esta que Jesus nos manda tirar? Na ocasião desta ordem, era uma pedra que fechava a gruta onde estava o túmulo de Lázaro, irmão de Marta e Maria, a quem Jesus muito amava.
A pedra foi retirada e o Mestre deu outra ordem: “Lázaro, vem para fora!” e ele veio ressurreto. É de bom alvitre que obedeçamos também e sem detença nos disponhamos a retirar a pedra que está obstaculando à vida de tantas pessoas que conhecemos e que teimosamente permanecem mortas em seus delitos e pecados.
É grande o número de “Lázaros” que permanecem muito mais do que quatro dias e que estão realmente “cheirando mal” – no dizer de Marta – nos seus túmulos de incredulidade, dura cerviz, cegueira espiritual, ignorância, idolatria, ateísmo, auto-suficiência e outros males semelhantes.
A pedra que fecha esses túmulos é realmente muito pesada e é preciso muito esforço e tenacidade para revolvê-la. Ademais, quando o cadáver está enfaixado, ligado com as ataduras dos conhecimentos científicos e literários, dos conceitos pré-concebidos, das teorias e falácias dos inúmeros criadores de novidades, dogmas e heresias fáceis de serem absorvidas pelos incautos.
É realmente difícil e penoso retirar a pedra do túmulo de quem se insurge contra as leis divinas, contra a simplicidade do Evangelho de Nosso Senhor Jesus, pois não acredita que basta que reconheçamos que ele é o Cristo que apagou com seu sangue, nossos pecados, e o “cheiro mal” das nossas iniqüidades para que possamos ressurgir.
Tirar a pedra do túmulo dos que teimosamente persistem em levar a vida a seu jeito, sem crer numa vida futura nos paramos celestiais, é um trabalho que demanda persistência, desvelo, paciência e fé. Para retirarmos as pedras é necessário muita coragem para enfrentar uma série de arraigados conceitos de tradição, herança familiar, crenças heréticas, afluência de falsos mestres que ardilosamente prometem mundos e fundos mediante remuneração farta.
É difícil retirarmos a pedra do túmulo dos que não se convencem de que é melhor aceitar o amor do “Deus que amou ao mundo de tal maneira que deu os eu filho unigênito para todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a tenha a vida eterna!”, e não viver se entregando aos prazeres do mundo, efêmeros e perigosos.
A pedra que Jesus ordenou que retirassem, era um bloco de granito. A pedra que temos que retirar hoje em dia é uma bloco de incredulidade e muitas vezes de distorção das palavras que Deus colocou nos lábios dos profetas e do seu Filho amado. Quando conseguimos retirá-la vemos surgir um “Lázaro” ressurreto e liberto. Obedeçamos à ordem do Mestre: Retiremos as pedras!



TU ÉS O MEU DEUS

A infidelidade do povo de Deus durante muitos anos suscitou a ira do Senhor de tal forma, que ele usou seus profetas com mensagens tão duras que só a obediência real daqueles servos pode fazê-los suportar. Cada um deles foi usado pelo Senhor como uma parábola viva para despertar um povo impenitente.
Isaías apesar da condição de sua descendência real, andou três anos despido, e ainda teve que colocar em seus filhos nomes estranhos como “Um-Resto-Volverá” e “Rápido-Despojo-Presa-Segura”, depois de ter dito “Eis-me aqui envia-me a mim!”.
Jeremias, o profeta chorão e solitário foi proibido de casar e só porque transmitiu fielmente as acusações do Senhor ao seu povo, foi lançado em uma cisterna e acusado de traidor de Israel. Ezequiel, além de perder às súbitas a sua mulher, recebeu ordem do Senhor para se encerrar dentro de casa, deitar-se do lado esquerdo e assim ficar durante trezentos e noventa dias. Daniel pela sua fidelidade ao Senhor foi lançado na cova dos leões.
Oseias recebeu ordem do Senhor para tomar uma mulher de prostituições e com ela conviver mesmo diante de sua infidelidade e ainda colocar nos filhos nomes como: “Jezreel”, “Desfavorecida” e “Não Meu Povo”. Vários outros profetas tiveram que se indispor com o povo pelo fato de transmitirem as ordenanças, as advertências e os castigos enviados pelo Senhor em virtude da desobediência, idolatria e infidelidade daquela gente. A parábola dos Lavradores Maus proferida por Jesus e registrada por Mateus, Marcos e Lucas é o resumo daquele agir do Senhor nos dias da Antiga Aliança por meio dos profetas. Perseguiram, maltrataram, feriram e mataram até o Filho Amado.
Nos dias atuais não é diferente. Como no passado existiam verdadeiros e falsos profetas, estamos atualmente presenciando a proliferação desbragada de uma plêiade de pessoas que, sem o menor temor ao Senhor, se faz passar por profeta e real servo de Deus. A mercantilização do Evangelho através dos atuais meios de comunicação, a diversificação de seitas, a idolatria arrebanhando multidões, a progressiva infiltração do paganismo e o ateísmo estribado na ciência estão confirmando as profecias do Apocalipse. Para estes pecados e estas desobediências Jesus nos deixou além das suas palavras e seus ensinamentos, servos como Pedro, Paulo, Tiago e João que também sofreram muito para divulgar o Evangelho, mas deixaram seus legados em forma de epístolas para nos servir de rumo.
Servir ao Senhor, obedecer suas Leis, seus decretos, suas ordenanças e receber dele a promessa de salvação através do sacrifício vicário do seu Filho é a melhor escolha para poder dizer alto e bom som: TU ÉS O MEU DEUS e ouvir dele: “TU ÉS O MEU POVO!”.
Claro que cada um tem o direito liquido e certo de escolher a quem servir e achar que está fazendo o melhor para si mesmo. A forma de crer ou descrer neste ou naquele conceito espiritual cabe a cada um de nós, mas particularmente eu prefiro optar pelas palavras de Josué: “Escolhei hoje a quem sirvais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” Js. 24.15.



UMA TRAJETÓRIA LONGA, DO PALCO AO PÚLPITO!

Manoel Malta de Araújo, nascido no ano de 1927 no Município de Águas Belas, Agreste Meridional pernambucano, filho de Elizabeth de Gueiros Malta e Manoel de Araújo Titico. Foi um dos pioneiros do rádio, da TV e da Publicidade pernambucana. Pai de cinco filhos, sendo três do primeiro casamento Oscar, Ricardo e Ana Lucia e dois do segundo, Manoela e Manoel Malta Filho (Maneco), além da filha de coração, Lúcia, a querida Lu sempre presente. Aliás, ser pai é sem dúvida nenhuma, a sua maior vocação. Avô de doze netos e bisavô de oito bisnetos. Hoje aposentado e Pastor Evangélico, voltando às origens da família Gueiros Malta de tradição protestante.
Juntamente com Luiz Geraldo e Fernando Ramos, ancorou o primeiro telejornal da TV pernambucana, na recém-inaugurada TV Jornal do Commercio. Como publicitário foi responsável pela primeira campanha do Bompreço - que usava o slogan “Um só servindo a cidade inteira” - e pelos primeiros contratos publicitários da TV Globo Nordeste e do Rádio Jornal do Commercio. No rádio, onde viveu dias de glória, conheceu o amor e o ódio das fãs. Lançou artistas como Jackson do Pandeiro e Genival Lacerda, como ele mesmo relembra: “Nos sábados, eu fazia um programa de auditório para crianças no qual eu lancei Reginaldo Rossi. Ele era pequenininho. Tinha que ser colocado sobre um banquinho para poder cantar”. Homem de muitos instrumentos fez também Odontologia, se tornando Dentista. Como ele mesmo conta, achando graça, clinicou oito anos, porém tinha como pacientes o pessoal do rádio que acabava não pagando as contas, ficando por isso mesmo. Então deu de presente seu consultório a um amigo. Na verdade, ele queria mesmo ter feito Direito, mas por causa da oposição paterna acabou optando pela carreira citada anteriormente. Diz Malta: “Naquele tempo, havia o conceito das pessoas do interior de que todo pai deveria ter um filho doutor. Se não conseguisse, seria um homem irrealizado”, daí a exigência paterna. Hoje, voltado às coisas espirituais desfruta do sossego que a idade permite.
Como ele mesmo diz, “com 24 horas para o almoço”.
Em 1943 estudava no Colégio Presbiteriano 15 de Novembro, em Garanhuns, fazendo o curso ginasial. Estudava e cantava. E tinha um primo, Hélio Peixoto, que trabalhava na Rádio Clube de Pernambuco como locutor e radioator. Através dele foi levado para lá como cantor. Começou no programa “A Hora Azul das Senhorinhas”, criado e apresentado pelo maestro Nelson Ferreira. Como a sua voz era muito semelhante à do próprio Hélio Peixoto, quando ele faltava às novelas, o diretor de radioteatro o chamava para substituí-lo. Em 1947, fez teste para locutor, foi aprovado e ficou contratado como locutor, radioator e cantor da Rádio Clube. Começou a comandar um programa de auditório aos domingos à noite, o Passatempos Maltamar, em sociedade com Jocemar Ribeiro, no qual apresentava artistas que passavam por aqui e fazia brincadeiras com distribuição de prêmios. Nessa época, o Dr. Francisco Pessoa de Queiroz, preparava o lançamento do Rádio Jornal do Commercio.
O Dr. Pessoa fazia questão de chamar de “O” Rádio Jornal do Commercio. Ele dizia que era o único “homem” na radiofonia brasileira porque todas as outras rádios eram femininas: “A” Rádio Clube, “A” Rádio Tupi, “A” Rádio Nacional. O programa inaugural da emissora chamava-se Brasilíada. Escrito e produzido por Teófilo de Barros Filho, cantava as grandezas do Brasil citando célebres personagens. Existia uma fala de Ruy Barbosa no programa, extraída do discurso dele na Conferência de Haia, e Teófilo começou a experimentar os radioatores para ver quem poderia fazer aquele discurso. E ele não se conformava, pois os radioatores eram amadores e não conseguiam. Aí ele mandou chamar Malta, lhe entregou o texto e disse: “Vê se você faz isso aí”. Como tinha prática no radioteatro, então foi simples: “Senhores, envelheci na vida parlamentar...”. “Pronto! Pronto! Está bom! É esse que eu quero!”. A partir daí foi contratado pelo Rádio Jornal do Commercio como radioator e locutor auxiliar. Ele tinha 21 anos e trabalhava de summer, porque só se subia no palco a rigor. Inclusive os músicos. Era exigência do Dr. Pessoa. Começava a trabalhar às cinco horas. Ia de cinco às sete e de oito às onze.
De domingo a domingo. Nesse tempo lançou o programa “A Felicidade Bate à Sua Porta”. Durante sete anos, apresentou esse programa. No sábado, fazia um programa de auditório chamado “Feira de Novidades”, no qual lançou Jackson do Pandeiro, Genival Lacerda, Sivuca, Hermeto Pascoal e outros artistas. Ficou no Rádio Jornal do Commercio até inaugurar a televisão. Quando inaugurou a televisão, passou para lá.
O Programa “Feira de Novidades” foi apresentado ao longo de oito anos, de 1952 a 1960. Todos os artistas eram contratados para chegar no sábado e se apresentar durante toda a semana. O povo não podia acreditar que estivessem em um palco local artistas como Francisco Alves e Orlando Silva, por exemplo. Então eles faziam um número ou dois no programa do sábado à tarde para provar que estavam na cidade. O Ibope dava 75% de audiência. Os outros 25% ficavam com as demais emissoras. Hoje em dia, quando uma emissora faz 4% é uma coisa assombrosa. É desse tipo de programa que Malta realmente sente saudades.
Malta tinha fã clube na época! Tudo organizado, com secretária, tesoureira e tal. Era muito assediado. E engraçado é o seguinte, como não existia televisão, as mulheres ouviam religiosamente as novelas do rádio. Ele trabalhou em uma, escrita por Alberto Lopes, “Senhor de Engenho”. E fazia um papel terrível, de filho do dono do engenho, perverso, mau-caráter, maltratava as pessoas. O personagem era tão malvado que na novela matou o próprio pai de raiva. Então por isso, diversas vezes, Malta foi agredido em plena Rua Nova (centro do Recife). As mulheres metiam a sombrinha em sua cabeça, era uma verdadeira loucura. Ele apesar de agredido várias vezes achava aquilo tudo o máximo. Era sinal de que estava interpretando bem aquele papel, de mau, de perverso.
Os artistas daquela época do Rádio Jornal do Commercio eram muito valorizados. Contudo, até a sua chegada, radialista era considerado escória. A sociedade pernambucana rejeitava. Depois de sua inauguração, não. A elite, então, passou a valorizar. Só se entrava para assistir aos programas de terno e gravata. E os artistas, músicos, locutores, todos a rigor. Então isso deu um status. Modificou.
Não houve tempo de um reconhecimento maior dos pioneiros do rádio e da televisão. A maioria já morreu. Amarílio Nicéias, que começou como radioator e discotecário, Alberto Lopes; Geraldo Lopes, que era contrarregra da Rádio Clube; Osman Lins, famoso escritor, era produtor do Rádio Jornal do Commercio também chamado de Batatinha; Leduar de Assis Rocha; Valdemar de Oliveira; Nelson Pinto; Jota Oliveira; e o maestro Vicente Fittipaldi; Nozinho, da Orquestra Paraguarí. Ainda César Brasil, Fernando Castelão, Dolores Brandão e Wiliam Ataíde, que era locutor da faixa em espanhol da rádio. Porque o Rádio Jornal do Commercio se dava ao luxo de ter locutores falando em português, espanhol e em inglês. Daí, o surgimento do slogan: “Pernambuco Falando Para o Mundo”.
Malta terminou odontologia pela Faculdade de Medicina, Odontologia e Farmácia do Recife, em 1951. O Rádio Jornal do Commercio nessa época tinha apenas três anos de vida. Ele continuou com a publicidade, a quém chamava de sua vaca leiteira. Depois, foi chamado pelo prefeito de Jaboatão para assumir a Secretaria de Turismo. Foi, segundo ele, um grande erro cometido. Seduzido pela função de secretário de Turismo, afastou-se da Publicidade. Apesar de ter clientes de peso e ser muito respeitado na área. Sua primeira agência chamava-se Publimalta. Grandes grupos eram seus clientes e sempre foi muito respeitado pelos veículos porque, naquele tempo, sua agencia era uma das únicas empresas de publicidade que sempre honrava seus compromissos. Antes da secretaria, passou uma temporada pleiteando um cargo político na terra onde nasceu.
O Coronel Ludugero quando soube que Malta se candidatara a prefeito de Águas Belas, disse: “Seu Mané, seu Mané, tá parecendo uma porca”. Ao ser perguntado do porquê, Ludugero respondeu: “Tem muito peito!”. E tinha que ter muito peito mesmo, porque Águas Belas era terra de pistoleiros. E ele não morreu naquela época, graças à intervenção de Miguel Arraes, que deu ordem para não tocarem nele. Por conta desses caminhos, ele foi perdendo lugar na publicidade. Depois que deixou a Publicidade, se diz exilado em Candeias, ainda chegou a abrir um pequeno frigorífico e, sendo de origem evangélica, acabou se voltando para a igreja, tornando-se Pastor. Deixou a vida de boemia. Malta era considerado um dos principais boêmios do Recife, porque segundo ele, “bebia dia sim, outro também”, além de fumar muito.
Malta passou quarenta e oito anos afastado dos redutos eclesiásticos. Embora, no íntimo, guardasse a convicção daquilo que aprendera na infância, as suas atividades seculares roubaram-lhe o olhar das coisas espirituais. E quando o caminho de volta parecia a todos impossível, eis que o Senhor o chama de volta! Altos e baixos, percalços, estreitos e vales áridos, desertos abrasadores e tempestades sem conta, foram os recursos didáticos de Deus, usados como grandes megafones para chamar a sua atenção e atraí-lo de volta. Deus é Fiel sempre, mesmo apesar de nossas infidelidades!
Nadia Malta

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