QUE NOS PERDOEMOS UNS AOS OUTROS!
“Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo”. Efésios 4.31,32.
Talvez a mais difícil lição
da vida cristã seja o perdão aos semelhantes. Recebemos o perdão de Deus, mas
invariavelmente sentimos dificuldade em perdoar os nossos ofensores. Mesmo
ouvindo tantas exortações no sentido de perdoar da parte do nosso Deus. E
quanto mais intima é a relação com o ofensor mais difícil se torna o ato
perdoador. O Texto citado nos traz algumas orientações nesse sentido: Que
possamos nos Livrar de tudo que pressupõe acúmulo de maldade; Que Sejamos bondosos
e compassivos uns com os outros; E Que nos Perdoemos mutuamente assim como Deus
nos perdoou em Cristo. Aqui acolá
estamos falando neste assunto, que tem se tornado recorrente neste espaço.
Estamos trabalhando com um grupo de mulheres a questão delicada e complexa da
cura emocional. E a cada dia que passa nos convencemos que a nossa cura passa
inevitavelmente pelo perdão liberado àqueles que nos ofenderam, machucaram e
ainda continuam machucando. O final de cada dia sugere um tempo de faxina, de
jogar fora os entulhos e aquilo que é imprestável. Alimentos, remédios com
validade vencida e tudo que tem ocupado inutilmente os nossos espaços deve ir
tudo para o lixo. Devemos fazer isso exterior e interiormente.
E quanto àqueles
sentimentos represados no peito? Estes sem dúvida são o pior tipo de entulho.
As coisas e locais limpamos com água e sabão. E os sentimentos tóxicos com a
Água Viva do perdão, aprendido com o Cristo! Só o perdão genuíno limpa purifica
e higieniza os nossos porões. O apóstolo Paulo e tantos outros autores bíblicos
são porta-vozes de Deus também nessa questão. O texto citado, por exemplo, fala
da necessidade de nos livrarmos de toda amargura, indignação e ira, gritaria,
calunia e de toda maldade. Ali somos instados a ser bondosos e compassivos uns
com os outros, perdoando-nos mutuamente assim como Cristo nos perdoou. Ele é
sempre o nosso paradigma, o modelo. Ouvi uma história sobre perdão que tocou e
aqueceu o meu coração. E são situações como esta que passarei a relatar que nos
fazem acreditar que não há impossíveis para o Senhor. Quando ele entende de agir na vida de alguém ninguém pode
frustrar seus planos. Conheci uma jovem que hoje tem 24 anos. Aos dezessete ele
foi vítima de uma ação maligna do próprio pai. Ele com ciúmes de sua mãe
contratou um sujeito para matar a esposa.
Quando o tal matador chegou ao local encontrou a jovem, muito parecida
com sua mãe e ainda vestida com uma roupa dela. Essa jovem tomou vários tiros
quase à queima roupa no lugar de sua mãe. Ela ficou vários dias entre a vida e
a morte e saiu daquela situação ficando ainda com uma bala alojada nas costas.
Creio que aquele projétil permaneceu ali como um memorial daquela superação,
daquilo que o Senhor operou nela!
Essa jovem mesmo tendo
passado pelo vale da sombra da morte perdoou seu algoz, que é também seu pai. O
acontecimento destruiu a família indo cada um para um lado. Hoje ela mora
próxima ao pai e é com ela que ele conta. Hoje ela se sente leve, liberta
daquela mágoa inicial, curada do veneno mortífero do ódio. Alma liberta,
curada, auto-empoderada! Olhando nos olhos daquela jovem pude ver o amor de
Deus fluindo de maneira real. Ela não freqüenta igreja, não é uma religiosa nos
padrões que conhecemos, mas conheci poucos testemunhos tão verdadeiros do agir
de Deus no coração de alguém. Sim, porque só uma ação poderosa do Espírito
Santo na vida de alguém pode torná-lo capaz de um perdão num nível tão
profundo. Qual a grande lição do texto? Que lição aprendemos aqui com aquela
jovem que nem faz parte de igreja. Faxinemos os nossos porões e não deixemos
que as sujeiras lá acumuladas adentrem cada novo dia! Nadia Malta.
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