QUE A GRAÇA, A MISERICÓRDIA E A PAZ DO SENHOR NOS SEJAM MULTIPLICADAS!
“Graça e paz lhes sejam multiplicadas, pelo pleno conhecimento de Deus e de Jesus, o nosso Senhor”. 2 Pedro 1.2.
Qual o propósito dessa
saudação tão específica? Qual o seu significado real? Aqui o apóstolo Pedro
saúda na forma de um desejo ou de uma oração. Ele quer que seus leitores
recebam de maneira multiplicada a Graça e a Paz do Senhor e ele diz como
podemos obter: Primeiro: Graça. O que seria essa graça? Favor imerecido de
Deus. A abrangência desse favor é indizível. O próprio Paulo experimentou isso
ao pedir que lhe fosse tirado um espinho na carne e o Senhor lhe responde que a
graça dele bastaria ao apóstolo. E o
apóstolo em outro momento diz que sua suficiência vinha de Deus. Assim, a Graça
de Deus não é apenas salvífica, mas sustentadora, fortalecedora e firmadora; A Paz
mencionada. Não é a simples ausência de guerras, conflitos ou problemas, mas a
paz com Deus conquistada para nós pelo sacrifício vicário do Cristo.
Justificados, pois, temos paz com Deus por meio do sacrifício de Cristo na cruz
do calvário. Éramos inimigos de Deus, hoje fomos reconciliados com Ele. Também
precisamos dessa paz fundamentada pela certeza que somos dEle para viver e
enfrentar os reveses da vida; E Como recebemos? Pelo pleno conhecimento de Deus
e do Senhor Jesus Cristo. Conhecimento não teórico, mas sobretudo, relacional,
experincial. O apóstolo Paulo falando a Timóteo o saúda assim: “Graça, misericórdia e paz da parte de Deus
Pai e de Cristo Jesus, o nosso Senhor”. Ele acrescenta misericórdia na sua
saudação. Ouvimos tantas vezes a saudação apostólica, seja o modelo petrino ou
paulino, mas nunca prestamos atenção na profundidade espiritual dessas palavras.
Como estamos necessitados da consciência
daquilo que já recebemos da parte de Deus para a vida e para a piedade! Ao
pararmos para meditar nas palavras trazidas pelos apóstolos Pedro e Paulo
percebemos que eles, mais que um simples desejo, também ministravam sobre seus
leitores de todas as épocas a certeza dessa provisão imbatível de Deus. Não
fomos alcançados e deixados entregues à nossa própria sorte. Antes, fomos
capacitados, equipados com tudo de que realmente necessitamos para enfrentarmos
os reveses da vida e também para um viver piedoso. Sim, necessitamos que a
Graça, a Misericórdia e a Paz nos sejam dia a dia multiplicadas e isto só é
possível pelo conhecimento de Deus e do Senhor Jesus Cristo que sempre nos
conduz em triunfo. Esse conhecimento não se trata apenas de algo teórico,
árido, mas experiencial. Precisamos aprender a aplicar o Cristo em nossas
vidas. Que muito mais que simples carregadores de Bíblias, que sejamos Bíblias
ambulantes. A Graça de Deus não é apenas salvadora e se fosse já estava de bom
tamanho. Ela é sustentadora, somos alimentados por ela que nos nutre e
satisfaz. Ela é fortalecedora, por ela
somos fortalecidos para enfrentar os embates da vida que não são poucos. Ela é
firmadora, por ela somos colocados de pé na presença do Senhor. Ela nos firma
sobre a Rocha que é o Cristo. Também necessitamos da consciência da Paz que
excede todo o entendimento, especialmente quando lançamos sobre o Senhor toda a
nossa ansiedade, na certeza que Ele cuida de nós e essa paz nos traz equilíbrio.
Não a paz como ausência de problemas, mas a paz conquistada pelo próprio
Príncipe da Paz, Jesus nos reconciliando com Deus e nos fazendo seus filhos. O
trio é completado pela presença da Misericórdia, essa compaixão indizível de
Deus por nós, apesar de nós! Ele conhece as nossas fragilidades. Ele sabe que
sozinhos não chegaremos a lugar nenhum, por isso ele nos assiste em nossas
fraquezas. E também nos ordena a ser misericordiosos como ele é misericordioso.
O que aprendemos aqui? Essas
três bênçãos divinas são derramadas e multiplicadas sobre nós não apenas para
que desfrutemos delas, mas para que sejamos canais delas. Despenseiros delas.
Deus nos chamou para a sua própria gloria e virtude. Diz o apóstolo Pedro na
sequencia do versículo citado: “Seu divino
poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade,
por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória
e virtude”. (2 Pedro 1.3). Que provisão foi essa que já recebemos de Deus?
Graça, misericórdia e a paz! Que possamos reaprender a saudar os nossos irmãos
com essas bênçãos que são verdadeiros suprimentos para um viver em plenitude.
Não sejamos tímidos nesse cumprimento! Que a graça, a misericórdia e a paz vos
sejam sempre multiplicadas, hoje e sempre. Nadia Malta
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