QUE ESTEJAMOS TODOS PRONTOS PARA PRATICAR A PALAVRA DO SENHOR!
“Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus. Portanto, livrem-se de toda impureza moral e da maldade que prevalece, e aceitem humildemente a palavra implantada em vocês, a qual é poderosa para salvá-los”. Tiago 1.19-21.
O Contexto no qual esses
versículos estão inseridos vai até o versículo 27, trazendo instruções
extremamente práticas da parte de Tiago, o meio irmão do Senhor Jesus. Segundo
a tradição, Tiago veio a se converter depois da ressurreição do Cristo. Ele
tornou-se um dos escritores mais práticos do Novo Testamento. Seus escritos
chocam pela praticidade. Inclusive por este fato, foi difícil incluir esta
epístola no Cânon Sagrado. Tiago queria ver a Palavra de Deus praticada pelos
seus leitores e não apenas repetida oralmente como um mantra. Percebemos hoje,
por parte de muitos em nosso meio, uma verdadeira compulsão em pregar a Palavra
de Deus. Embora, saibamos que há uma convocação para todo cristão ir e anunciar
o Cristo, é preciso ter tempo para ouvir e meditar no que se ouviu. Depois de
uma escuta exaustiva precisamos mergulhar na prática dessa palavra de vida
eterna! Pregar sem viver o que se prega nos coloca na linha do tiro do nosso
adversário que logo arranja um jeito de nos desqualificar ou envergonhar. E
essa prática é debaixo da potente mão do Senhor. Não se pratica a palavra simplesmente
na nossa pouca força, mas na força que só o Senhor supre.
Tem uma história que se
conta acerca Ghandi que ilustra bem a questão da prática daquilo que pregamos.
Conta-se que certa vez uma mãe foi procurá-lo para que ele conversasse e
aconselhasse seu filho a parar de comer açúcar, ele estava viciado. Ghandi
imediatamente mandou que ela voltasse uma semana depois. A mulher saiu dali meio
frustrada, pois havia ido atrás de ajuda e esta havia sido adiada. Uma semana
depois ela voltou com o jovem filho que fora de pronto atendido por
Ghandi. Ao ser indagado porque não
atendera seu filho na semana anterior, ele respondeu: “naquela ocasião não
poderia falar com seu filho, porque até então, eu também comia açúcar”! Atentemos
para as recomendações de Tiago quanto à prática da Palavra de Deus! Sejamos
todos prontos para ouvir, tardios para falar, tardios para nos irar. A ira do
homem em tentar à força que alguém ouça e obedeça à Palavra não produz a
justiça de Deus. Somos apenas semeadores, não convertedores. Aceitem a palavra
implantada em vocês. Ela cumprirá seu papel em salvar e santificar. O operoso
praticante da palavra, será feliz no que realizar! A própria palavra trará uma
sensação de prazer ao coração.
A primeira pessoa
transformada é aquela que pratica a palavra. Haverá um domínio da língua e uma
postura empática com o sofrimento dos outros. O que aprendemos aqui? Tiago
propõe aqui que seus leitores sejam operosos nesse ouvir e meditar no que
ouvem. Que sejam tardios para falar e tardios para se irar. Muitos queriam usar
a força ao comunicar a santa palavra de Deus. E ele arremata dizendo que a ira
do homem não produz a justiça de Deus. O precipitar-se em pregar sem uma
vivencia prática do que se apregoa, pode trazer embaraço. Pois o próprio pecado
nos desmascara. Assim, ouçamos e meditemos no que ouvimos exaustivamente até
que a palavra seja em nós implantada começando a gerar vida! Do contrário
seremos apenas meros religiosos, ouvintes negligentes. A palavra viva que sai
da boca de Deus salva e santifica! Nunca o texto de Tiago soou tão oportuno
quanto em nossos dias, quando um “cristianismo híbrido”, tem tentado tomar o
lugar da verdadeira e pura Palavra de Deus, chamada por Tiago de Lei Perfeita,
lei da Liberdade. E essa liberdade é dentro da esfera da vontade de Deus. Não
somos livres para fazer o que porventura seja do nosso querer, mas alcançados,
resgatados, lavados remidos e capacitados para fazer o que o Senhor deseja que
façamos. O que tem acontecido em nosso tempo de tantas distorções? As igrejas
estão lotadas daqueles que ouvem apenas de maneira negligente, mas nunca foram
tocados no âmbito dos seus espíritos. A igreja para esses tem se tornado um
clube eclesiástico agradável. Por essa razão os dois pesos e as duas medidas
são tão praticados em nosso tempo. Sem regeneração do espírito morto a
profissão de fé e o batismo se tornam uma grande farsa ou como diz certo autor
cristão: “A cerimônia fúnebre de um espírito que continua morto em seus delitos
e pecados”. Nadia Malta
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