CLAMEMOS AO SENHOR POR SUA MISERICÓRDIA E ELE NOS OUVIRÁ!
“Inclina, ó Deus meu, os ouvidos e ouve; abre os olhos e olha para a
nossa desolação e para a cidade que é chamada pelo teu nome, porque não
lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas
em tuas muitas misericórdias. Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor,
atende-nos e age; não te retardes, por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a
tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome”. Daniel 9.18,19.
Esta oração do profeta é um
clamor pela misericórdia de Deus por causa do pecado do povo. Aqui o profeta
reconhece o pecado do povo e se inclui no meio dele e prostrado pede perdão. A
Bíblia para o cristão verdadeiro é a única regra de fé e prática em tudo que
diz respeito à vida e à piedade. Visto que, para nós não há uma separação entre
vida espiritual e vida secular, e sim vida transformada pelo Espírito aonde
quer que estejamos. Quando pensamos em oração, precisamos percorrer especialmente
a trilha dos salmos, chamada de grande escola da oração, bem como, a vida de
oração de homens e mulheres de Deus, mencionados nas Escrituras. O testemunho
deles é digno de ser seguido. Com a proliferação da tal teologia da
prosperidade alardeada, sobretudo, pelos meios de comunicação, as pessoas não
querem investir numa vida sistemática de oração. Oração é diálogo íntimo com o
Senhor. E diálogo demanda intimidade relacional, que por sua vez é construída a
partir de um andar diário com o Senhor. Esse
relacionamento íntimo foi trocado por um toma lá da cá, que não nutre nem
edifica o discípulo. Que possamos voltar às Escrituras e percorrer as trilhas
da oração com o propósito de nos instruir nessa prática espiritual
imprescindível na vida dos que dizem servir ao Senhor.
Aqui encontramos algumas
atitudes fundamentais para uma vida eficaz de oração. Vejamos: Primeiro: Ir à
presença do Senhor com um coração quebrantado; Segundo: Reconhecer e Confessar
Pecados diante do Senhor; Terceiro: Reconhecer diante de Deus que as assolações
sofridas são frutos da desobediência; e Quarto: Clamar ao Senhor confiado nas
misericórdias Dele! Um coração quebrantado é um coração arrependido, que se
humilha diante do Senhor. O espírito de humilhação toca o coração do Pai. Temos
falado exaustivamente sobre o fato do Senhor não se impressionar com nossas
exterioridades, pois, ele vê mentes e sonda corações. Graça de Deus não é
licença para pecar. A diferença entre nós e os pecadores que ainda não foram
alcançados pela misericórdia de Deus é que nós somos pecadores justificados
pela fé em Cristo, mas ainda pecadores. O povo conhecia a Lei do Senhor e mesmo
assim se desviou dela. Maldição sem causa não se cumpre. Daniel sabe que não há
mérito nenhum em nós e o que recebemos é por pura graça de Deus. Ele clama por
amor do próprio Senhor, confiado em Sua misericórdia, não em seus méritos
próprios. E ainda chama a atenção de
Deus para o fato de que o povo mesmo pecador era chamado pelo nome do Senhor.
O que aprendemos aqui? Sigamos
as trilhas da oração nas Escrituras Sagradas. Ouçamos os servos de Deus do
passado orando. Sigamos seus exemplos. Um coração quebrantado e contrito agrada ao
Senhor e ele não despreza. Devemos sim reconhecer e confessar pecados na
presença do Pai. Reconheçamos que as assolações sofridas são frutos de nossas
desobediências. Vamos ao Senhor confiados nos méritos de Jesus, não nos nossos,
pois até as nossas justiças são como trapos de imundícia. Nadia Malta
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