QUANDO A NOSSA ALMA TEM SAUDADES DE DEUS!
“Como
suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a
minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei
perante a face de Deus? As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite,
enquanto me dizem continuamente: O teu Deus, onde está? Lembro-me destas coisas — e dentro de mim se
me derrama a alma —, de como passava eu com a multidão de povo e os guiava em
procissão à Casa de Deus, entre gritos de alegria e louvor, multidão em festa.
Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera
em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu. Sinto abatida
dentro de mim a minha alma; lembro-me, portanto, de ti, nas terras do Jordão, e
no monte Hermom, e no outeiro de Mizar.
Um abismo chama outro abismo, ao fragor das tuas catadupas; todas as
tuas ondas e vagas passaram sobre mim. Contudo, o Senhor, durante o dia, me
concede a sua misericórdia, e à noite comigo está o seu cântico, uma oração ao
Deus da minha vida. Digo a Deus, minha rocha: por que te olvidaste de mim? Por
que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos? Esmigalham-se-me os ossos, quando os meus
adversários me insultam, dizendo e dizendo: O teu Deus, onde está? Por que
estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em
Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”. Salmo 42.
Que possamos nos encorajar mutuamente,
sobretudo, em tempos de abatimento e apreensão! Aqui o salmista desnuda seu
estado de alma e rasga seu coração diante do Senhor. Ele reconhece que a sua
dor maior é um anseio pela própria presença do Deus Vivo. Nada nem ninguem pode
preencher esse vazio! O peregrino de Deus em sua jornada por esta vida não se
sente nada confortável. Há uma afirmação teológica que diz que “o vazio no
coração do homem é do tamanho de Deus”. O real anseio desse coração é pela
presença gloriosa do Senhor enchendo todos os espaços. O coração do servo de
Deus enquanto anda pelo deserto deste mundo continua ansiando pela presença do
Senhor. NADA, NEM NINGUEM o pode satisfazer completamente senão a presença do
Deus Vivo.
Precisamos sair da naturalidade e aprender a
buscar o verdadeiro e real REFÚGIO na sobrenaturalidade do Senhor! Só ali conseguimos
aquietar a nossa alma exigente e inquieta. Em seu estado de abatimento, o
salmista nos ensina pelo menos quatro posturas que devemos ter em meio aos
nossos próprios abatimentos! Primeira postura: Reconhecer e confessar ao Senhor
o real anseio da nossa alma; Segunda
postura: Lembrar-nos das vitórias e bênçãos já recebidas, isso ajuda a atravessar tempos difíceis; Terceira
postura: Confrontar a razão do nosso próprio abatimento; e Quarta postura: Aquietar
a nossa alma ansiosa reconhecendo que a saída vem exclusivamente de Deus!
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