PRECISAMOS CRER PARA RECEBER!
“E tudo
quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis”. Mateus 21.22.
O episódio da figueira que secou ao ser
condenada por Jesus, logo após procurar figos nela e não encontrar é narrado
por dois dos evangelistas: Mateus e Marcos. Curiosamente, mesmo sendo o segundo
evangelho, o menor dos quatro, seu autor traz mais detalhes sobre o episódio
vivido por Jesus. Enquanto Marcos se detém no fato de que a figueira não tinha
figos e somente folhas, porque não era tempo de figos. O Espírito Santo nos
leva a narrativa de Mateus que foca mais na fé geradora de resultados visíveis,
que na própria frutificação da figueira, bem como no impacto que as palavras de
Jesus tiveram no coração dos discípulos. Temos falado exaustivamente sobre
confiança em Deus, sobretudo, em um tempo em que a maioria dos cristãos além de
não gostar de estudar as Escrituras, comem tudo que tem sido servido ali e
acolá sem submeter ao crivo da palavra de Deus.
Gostaria hoje de fazer mais uma aplicação
específica da Palavra viva de Deus que deve ser recebida com temor e tremor:
Essa palavra viva é geradora de uma fé verdadeira que produz resultados
visíveis e é isso que precisamos experimentar. Quero deixar bem claro que não
estou falando de evangelho de prosperidade ou do triunfalismo ufanista dos
seguidores do positivismo determinista, mas de uma fé verdadeira, operante
associada à vontade de Deus não a do homem. Será que tudo que pedirmos seremos
atendidos? Ou será que há um critério sob o qual devemos interpretar esse
“tudo” mencionado pelo texto lido? Para entendermos um texto bíblico precisamos
colocá-lo à luz de outros textos da Palavra de Deus. Se retaliarmos um
versículo, corremos o risco de fabricar heresias. Certamente o texto lido é um
dos mais citados pelos líderes da prosperidade irresponsável e um dos mais mal
interpretados também. O povo de Deus precisa se tornar ousado em sua fé e essa
fé tanto para salvação quanto para a vitória vem pelo ouvir a Palavra do
Senhor. Correr atrás de vitórias sem intimidade com o Senhor por meio de Cristo
é correr atrás do vento. Ainda que essas vitórias sejam um direito nosso como
povo da aliança, elas precisam ser conquistadas através de uma vida de
testemunho, obediência e comunhão com o Senhor. E para isto montes precisam ser
tirados do caminho e o maior deles é sem dúvida o monte da incredulidade.
O autor de Hebreus diz que um perverso
coração de incredulidade pode nos afastar do Deus Vivo. O apóstolo Paulo diz
em: Romanos 12.1,2: “Rogo-vos, pois,
irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não
vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa
mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus”. O cristão não pode perder de vista que a vontade de Deus é sempre
boa, agradável e perfeita. Quaisquer coisas que pedirmos que não se encaixe
nesses três adjetivos não vêm de Deus. Muitas vezes lutamos por algo que até
pode ser classificado como bom ou agradável, mas se não for perfeito,
certamente não vem de Deus. Nada que não possa glorificar a Cristo vem de Deus!
Termino com um pensamento do reformador Lutero, ele disse: “Qualquer ensinamento que não se
enquadre na Bíblia deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os
dias!”. Nadia Malta
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