AINDA HÁ TEMPO, CHOREMOS E VOLTEMOS AO SENHOR!
“Ah! Meu coração! Meu coração! Eu me contorço em dores. Oh! As paredes do meu coração! Meu coração se agita! Não posso calar-me, porque ouves, ó minha alma, o som da trombeta, o alarido de guerra.”. Jeremias 4.19.
Estamos à semelhança do
profeta necessitados de encorajamento e socorro do Céu. Jeremias é chamado
muito apropriadamente de Profeta chorão, não sem razão. O estado de declínio
espiritual e moral do povo do Senhor naqueles dias era desolador e fazia com
que a alma, as entranhas do profeta se contorcessem numa dor profunda e
amargurada. Não era para menos, as coisas chegaram a um ápice que acabou
trazendo sobre a nação inteira os dias do cativeiro de Babilônia. Há no contexto
algumas verdades que chamam a nossa atenção: Deus jamais aplica um juízo sem
derramar profusamente a sua misericórdia! Na sua misericórdia o Senhor levanta
atalaias pra que anunciem a bondade e a severidade Dele! E Aqueles que são
levantados pelo Senhor não estão isentos do sofrimento e se contorcem de dores
por não conseguir enxergar as mudanças efetivas. As circunstancias eram
desencorajadoras sob todos os aspectos. A apostasia do povo era desoladora e
isto provocou uma profundíssima angustia espiritual e emocional no coração do
profeta. O profeta chorão era também um guerreiro solitário, levantado pelo
Senhor para ser tanto um vigia quanto uma testemunha incansável da fidelidade
de Deus!
Não era fácil viver
naqueles dias! Jeremias era um homem de dores, consciente do seu chamado e
aprendeu a chorar pela nação rebelde. Talvez falte essa postura em nossos dias.
Desaprendemos a chorar pelos nossos pecados e quando choramos o fazemos por
motivos banais. Nada deveria nos fazer chorar mais do que a consciência dos
nossos próprios pecados. O próprio Jeremias no seu livro poético das
Lamentações ele diz: “Por que se queixa o
homem vivente? Cada um queixe-se dos seus próprios pecados!”. A confissão de pecados é a antessala das
grandes libertações e das grandes mudanças. Clamemos ao Senhor para que Ele
sonde o nosso coração. Que Ele nos dê consciência dos nossos pecados. Que
reaprendamos a chorar! Isso, tanto pessoalmente quanto como nação. Que Ele
estremeça as paredes do nosso coração e o agite para mudanças efetivas! Que Ele
nos contorça as entranhas como aquela que sente as dores de parto até que nasça
de nós uma nova criatura disposta a andar no Espírito e que não mais desejemos
satisfazer os apelos da nossa carne. Só nos resta chorar e orar para que o
Senhor se compadeça de nós e nos liberte das nossas vis inclinações!
Em seu lamentoso brado
Jeremias fala das dores que o acometem. Ele se contorce com elas. As paredes do
seu coração parecem que estão prestes a desmoronar à semelhança de uma grande
implosão. Felizmente há um remanescente fiel que tem se sentido assim em todos
os tempos. O povo havia sido avisado. Nada seria feito sem a chance de uma
mudança de rota. O próprio Senhor saudoso do seu povo amado diz no inicio do
capítulo: “Se voltares, ó Israel, diz o
SENHOR, volta para mim; se removeres as tuas abominações de diante de mim, não
mais andarás vagueando;”. Choremos e voltemos ao Senhor! O que aprendemos aqui? Ouçamos a voz
misericordiosa e compassiva do Senhor. Ele requer mudanças efetivas. Estamos no
tempo da oportunidade! Não percamos de vista que quando termina a bondade
começa a severidade de Deus. Onde termina a misericórdia começa o juízo. Judá
teve sua chance e a desprezou. Estamos todos no tempo da chance, da
oportunidade. Não desprezemos esse tempo que se chama hoje! Ainda há tempo, que
choremos e voltemos ao Senhor. Nadia Malta
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