AFINAL, QUEM ATRAI O OLHAR DE DEUS?
“Porque a minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o Senhor, mas o homem para quem olharei é este: O aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra”. Is. 66.2.
O livro do profeta Isaias é chamado de
pequena Bíblia, contem sessenta e seis capítulos dos quais trinta e nove se
referem ao Antigo Testamento e vinte e sete ao Novo testamento. O sessenta e seis é sem dúvida o capítulo
escatológico do livro por que se refere à Segunda Vinda do Cristo. O Senhor
aqui estabelece um contraste entre o verdadeiro servo de Deus e aquele que
pratica a falsa religião e que será excluído da Nova Jerusalém. O texto lido é
o versículo-chave deste capítulo e é um apelo ao verdadeiro quebrantamento de
espírito. Hoje é comum ouvirmos celebridades se dizendo cristãs, mas são poucas
as que têm um testemunho digno de ser seguido. A cruz de Cristo tem sido
relegada a um plano secundário, periférico, ninguém quer carregar a sua cruz,
quando muito vemos a tentativa de colocar rolimãs no pé da cruz e almofadá-la
para livrar-se de qualquer tipo de sofrimento ou incômodo. O que temos visto em
nossos dias já fora previsto por Isaías setecentos anos antes de Jesus vir em
sua primeira vinda: Uma religião de resultados, mas que exclui a cruz.
O sacrifício da cruz tem sido banalizado e
tem faltado quebrantamento de espírito pela própria falta de consciência do próprio
pecado, aliás, a palavra pecado é pouco usada porque não é considerada “politicamente
correta”. O desejo de Deus é se relacionar intimamente com o homem e o vínculo
desse relacionamento é a cruz de Cristo. Em seu plano para relacionar-se com o
homem não está apenas seu Filho crucificado, mas Jesus se torna cabeça de
homens e mulheres crucificados com ele, andando em novidade de vida. E ele se
faz primogênito entre muitos irmãos. Se não tivermos esse nível de percepção,
se não abraçarmos a cruz radicalmente jamais impactaremos o mundo com as nossas
doutrinas vazias de significado. No Reino de Deus não há lugar para
celebridades mundanas, porque a única preeminência aceitável é atribuída
exclusivamente à Trindade Santa (Pai, Filho e Espírito Santo). Por que será que
o Senhor traz este assunto exatamente em um texto escatológico escrito há
tantos anos atrás? Ouso responder: Porque a presença da falsa religião
descomprometida com a cruz seria uma marca dos dias que antecederiam a Segunda
Vinda do Cristo!
Há duas características marcantes em quem
atrai o olhar de Deus, vejamos: Em primeiro lugar: Essa pessoa tem o coração
quebrantado; E em Segundo lugar: Essa pessoa treme diante da Palavra do Senhor!
O Senhor enxergará a sinceridade do coração daqueles que o buscam em verdade. O
desejo do Senhor é habitar no coração quebrado do homem que vai a ele com
inteireza de propósitos. Há algo que me chama a atenção de forma particular em
nossos dias, é a falta de reverência a Palavra viva de Deus. E essa falta de
reverência não se dá apenas pelo escárnio, mas, sobretudo, por não se levar a
sério essa Palavra de vida eterna. Que lições podemos tirar do texto? Jesus
está às portas. A sua Segunda Vinda é iminente, tudo à nossa volta testifica a
esse respeito. Que possamos permanecer firmes na fé e perseverar de forma
vigilante até aquele dia glorioso. O Senhor conhece o nosso coração e deseja
que nos quebrantemos em sua santa presença. Tem faltado choro no meio do povo
de Deus, não um choro por causa das dores que a vida impõe, mas um choro de
quebrantamento pelos nossos pecados. Não temos chorado pelos nossos próprios
pecados porque estamos ocupados demais julgando e condenando nossos irmãos. Precisamos
voltar a tremer diante da Palavra Viva de Deus, para que ela faça a diferença
em nossas vidas em nome de Jesus Cristo! Nadia Malta
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