DESAFIADOS A CONFIAR NO SENHOR SEMPRE!
“A ti clamo, ó Senhor; rocha minha, não emudeças para comigo; não suceda que, calando-te a meu respeito, eu me torne semelhante aos que descem à cova. Ouve a voz das minhas súplicas, quando a ti clamo, quando levanto as minhas mãos para o teu santo templo. Não me arrastes juntamente com os ímpios e com os que praticam a iniquidade, que falam de paz ao seu próximo, mas têm o mal no seu coração. Retribui-lhes segundo as suas obras e segundo a malícia dos seus feitos; dá-lhes conforme o que fizeram as suas mãos; retribui-lhes o que eles merecem. Porquanto eles não atentam para as obras do Senhor, nem para o que as suas mãos têm feito, ele os derrubará e não os reedificará. Bendito seja o Senhor, porque ouviu a voz das minhas súplicas. O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele confiou o meu coração, e fui socorrido; pelo que o meu coração salta de prazer, e com o meu cântico o louvarei. O Senhor é a força do seu povo; ele é a fortaleza salvadora para o seu ungido. Salva o teu povo, e abençoa a tua herança; apascenta-os e exalta-os para sempre”.Sl.28.
Aprendemos aqui lições preciosas sobre o
silêncio de Deus, a perseverança e a fé confiante no meio das grandes provas
pelas quais passamos. A cada dia fica mais claro que os agires de Deus
acontecem de acordo com a sua soberana vontade e obedecendo a um cronograma
diferente daquele usado pelos seres humanos apressados. É imprescindível e
terapêutico confiarmos no Senhor em toda e qualquer situação, mesmo quando ele
se cala. E quando ministro esta palavra para a igreja, também o faço para mim.
Todos indistintamente estamos em processo de aprendizagem. Como servos do Deus
vivo, quando estamos passando por momentos de grande aflição, a primeira coisa
que nos ocorre é buscá-lo, para que ele nos livre daquela hora dolorosa. MAS O
QUE FAZER QUANDO ELE SIMPLESMENTE SE CALA? A Bíblia nos mostra inúmeros servos
do passado que experimentaram a dor de não se sentirem ouvidos por Deus. Assim,
essa experiência não é algo que acontece apenas com você ou comigo. Há
propósito até para o silencio de Deus. Em algumas ocasiões, o próprio silêncio
faz parte da resposta.
O presente salmo traz algumas revelações
sobre a confiança em Deus: A Confiança deve ser exercitada mesmo diante das
orações aparentemente não respondidas; A confiança deve ser exercitada por
causa do que Deus fez no passado; e A confiança deve ser exercitada por causa
das promessas de Deus e de seus atributos imutáveis! Precisamos compreender que
o silencio ou a demora de Deus não significa recusa em responder. Há um
propósito que talvez só compreendamos lá na frente. Enquanto a bênção não vem,
o Senhor trabalha em nós a humildade, a paciência e a fé confiante. O grande
mistério da fé não é mover Deus em nossa direção, mas nos mover na direção de
Deus. Davi encerra seu cântico encorajando o seu povo com o que aprendeu com
aquela experiência.
O que aprendemos aqui? No meio de uma
dificuldade pequena ou grande, devemos nos achegar confiadamente junto ao Trono
da graça, a fim de recebermos misericórdia em ocasião oportuna. E a ocasião é
de Deus, não nossa. O silêncio aparente de Deus, não significa que ele não
esteja ouvindo a nossa oração, normalmente é proposital, faz parte da sua
didática, com vistas à nossa maturidade e crescimento espiritual. Quando
entendemos este princípio, substituímos a voz de choro e lamentação pelo
cântico de louvor antes mesmo da vitória consumada. Às vezes o louvamos até
mesmo entre lágrimas. Passamos pela fé a testemunhar ousadamente sobre as mui
grandes e preciosas promessas de Deus ao seu povo. Ele fez, Ele faz e Ele fará
maravilhas em nosso meio. O grande mistério da fé não é mover Deus em nossa
direção, mas nos mover na direção de Deus e nos refugiar nele, sempre. Nadia Malta
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