O SENHOR ENTRA EM NOSSAS FORNALHAS E NOS LIVRA!
“Mas, logo depois o rei Nabucodonosor, alarmado, levantou-se e perguntou aos seus conselheiros: "Não foram três homens amarrados que nós atiramos no fogo? “Eles responderam: "Sim, ó rei". E o rei exclamou: "Olhem! Estou vendo quatro homens, desamarrados e ilesos, andando pelo fogo, e o quarto se parece com um filho dos deuses". Daniel 3. 24, 25.
Todos aqueles que estão
familiarizados com a Palavra de Deus conhecem esta história dos três amigos de
Daniel: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. O Rei de Babilônia havia mandado erigir
uma estátua na província e deu uma ordem expressa que todos deveriam se curvar
diante daquele ídolo. Diz o arauto do rei: “Esta
é a ordem que lhes é dada, ó homens de todas nações, povos e línguas: Quando
ouvirem o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério, da
flauta dupla e de toda espécie de música, prostrem-se em terra e adorem a
imagem de ouro que o rei Nabucodonosor ergueu. Quem não se prostrar em terra e
não adorá-la será imediatamente atirado numa fornalha em chamas". Nada
poderia ser mais claro! Há algumas verdades no texto que chamam a nossa
atenção: O Senhor responde ao ser desafiado pelos adversários; O Senhor honra a
fidelidade e a ousadia do seu povo, sobretudo, quando este prefere obedecer ao
Senhor; O Senhor surpreende até aqueles que se levantam contra nós. Ele mesmo
entra na fornalha conosco; E Os próprios opositores se curvam diante do Deus
vivo.
Aqueles três jovens por se
recusarem a se curvar diante da estátua do rei de Babilônia foram lançados na
fornalha de fogo ardente. Babilônia era o centro da feitiçaria e idolatria do
mundo antigo. A situação dos hebreus naqueles dias não era nada favorável e
muito menos tranquila. Eles eram escravos e a sua condição pressupunha
obediência incondicional. Contudo, quando se trata em manifestar a fidelidade
requerida ao Senhor nada, nem ninguém pode se interpor entre nós e Ele. Nem a
nossa vida é tida como preciosa. Foi isso que aconteceu naqueles com os três
amigos de Daniel. E eles foram honrados diante de toda a corte do rei de
Babilônia por sua fidelidade ao Senhor. Muitos outros servos também
experimentaram momentos de grande aflição. O apóstolo Paulo, por exemplo,
experimentou muitas vezes a necessidade de por sua fé à prova. No livro de Atos
encontramos uma declaração dele que nos faz corar de vergonha. Afirma ele: “Todavia, não me importo, nem considero a
minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a
corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar
do evangelho da graça de Deus”. A postura do servo do Senhor em relação a
sua fidelidade a Ele precisa ser radical e inegociável. Aqui não há meio termo.
Ou somos fiéis ou não somos.
Os amigos de Daniel foram
às últimas consequências por sua fé no Deus único e verdadeiro. Nem a
voracidade do fogo os assustou. Eles foram lançados atados dentro da fornalha
acesa sobremaneira ao ponto de tragar os homens que os lançaram na fornalha e
aqueles fiéis não foram sequer chamuscados. O Segredo daquele livramento? A
presença do quarto homem na fornalha. O próprio Cristo pré-encarnado entrou com
eles naquela fornalha. O Senhor não abandona seus fiéis! Só Ele consegue
refrigerar o próprio fogo. Nem sempre somos livrados da fornalha, mas
invariavelmente ele entra lá conosco e nos livra. O que aprendemos aqui? Servir
ao Senhor não nos livra de experimentar fornalhas ardentes. O Senhor honra a
nossa fidelidade. Nem sempre somos livrados da fornalha, mas na fornalha. E ele
mesmo entra na fornalha das nossas aflições. Assim, não temamos, Ele continua
refrigerando fornalhas de modo que consigamos suportá-las. Creio mesmo que se
aqueles fiéis tivessem que glorificar o Senhor com sua morte ali, e seus corpos
tivessem sido queimados eles não teriam sentido os rigores do fogo, pois o
Senhor os teria arrebatado antes. Sejamos fiéis! Só o Senhor faz o fogo ficar
frio! Nadia Malta