CHAMADOS A VIVER PELO QUE CREMOS!
“Porque
vivemos por fé, e não pelo que vemos”. II Coríntios 5.7
Neste contexto, o apóstolo Paulo fala da
alegria vindoura quando nos encontraremos face a face com o Senhor. Aqui estamos sujeitos às dores e angústias
impostas por este corpo mortal. Mas precisamos viver na perspectiva do nosso
encontro com o Senhor e isto é fé pura. Somos instados a desenvolver a visão
espiritual que só é possível pela fé! Muitos se angustiam e perdem o ânimo
diante das tribulações da vida, mas os que confiam no Senhor permanecem firmes
Nele. Deste lado da eternidade estamos sujeitos a dores, perdas, enfermidades,
dificuldades financeiras e tantas outras aflições. O versículo citado no inicio
traz a viga mestra do nosso edifício espiritual: O andar pela FÉ. Assim a fé é uma CERTEZA inabalável. Não
existe meia fé. Ou cremos ou não cremos! Um dos legados mais nocivos da chamada
“Teologia da Prosperidade”, sistema de crenças que apregoa um falso
cristianismo, é sem dúvida o apelo às emoções. Fala-se muito em experiência
pessoal, com o Senhor, mas sempre numa perspectiva de emocionalismo, o que tem
sido um desserviço ao verdadeiro evangelho. Este tipo de apelo leva muitos
cristãos ou aspirantes ao cristianismo a se acharem crentes de quinta categoria
por não alcançar o nível de “arrepios e outras sensações estranhas”, alguns até
forjam essas sensações para não ficar por baixo. São: Gritos, rosnados, quedas
e choros convulsivos! Por outro lado tem faltado estudo sistemático da palavra.
E o povo continua sofrendo por falta de conhecimento!
Parece que Laodiceia já mostra a sua cara e
suas garras, através de um governo do povo para o povo dentro das igrejas. O
Espírito Santo fica do lado de fora. Hoje nesses guetos se prega o que o povo
quer ouvir. Ouvi uma frase do teólogo americano J. Vernon Mcgee que traduz bem
esta questão. Ele diz: “Posso encher uma igreja falando de revelações e
esvaziá-la falando sobre o livro de Romanos”. Certíssimo! Ouvi nesses dias uma
história queixosa de alguém se sentindo a pior e a mais vazia das criaturas por
não “sentir Deus”! Como assim, sentir Deus? Isso mesmo! Ela quer desistir de
tudo porque não sente nada. Aqui cabe outra pergunta: Será que houve
regeneração de fato ou mais uma vez o emocionalismo tomou o lugar da fé? Como
tem sido fácil manipular as multidões! Tenho andado pensativa sobre a geração
de cristãos que tem surgido atualmente. Haja graça, sobre graça! Quando olhamos
para a galeria dos heróis da fé de Hebreus 11 ficamos corados de vergonha! Eram
homens e mulheres dos quais o mundo não era digno. Felizmente ainda há uma
remanescente fiel que vem de uma boa cepa. Precisamos reaprender a beber na
fonte que é a Palavra Viva do Senhor e deixar de dar ouvidos aos pregoeiros de uma
prosperidade rasa que pode até lotar igrejas, produzindo multidões cada vez
mais vazias do Cristo. Infelizmente por trás de tudo isto tem um plano maligno
para enfraquecer cada vez mais os que ainda não estão tão firmados na Rocha.
A verdade central das Escrituras é: “O justo
viverá pela fé!”. Encontramos essa afirmativa através de vários servos de Deus.
Ou temos essa verdade muito bem introjetada em nós ou fracassaremos
desgraçadamente em nossa caminhada espiritual seguindo após todo vento de
doutrina que soprar. E olhe que esses ventos estão cada vez mais contrários ao
Caminho à Verdade e à Vida, apesar de travestidos de um cristianismo anêmico
que não se sustém. Que estejamos atentos a esses movimentos manipuladores.
Tempo de despertar do sono. O Senhor está às portas! Não deixemos que o
emocionalismo tome o lugar da fé genuína! Somos chamados a andar por fé, não
pelo que vemos ou sentimos. Termino com as palavras do Reformador Martinho
Lutero. Ele disse: “Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras
deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias". Eis um bom
e sábio conselho para os cristãos contemporâneos! Assim, vivamos pela fé, não
pelo que vemos ou sentimos! Nadia Malta
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