sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Meditação/Nadia Malta/PERDÃO É ATO DE FÉ E OBEDIÊNCIA!

 PERDÃO É ATO DE FÉ E OBEDIÊNCIA!

                                                                                     


”Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. Mateus 18:21,22


Quantas vezes se deveriam perdoar um irmão ou alguém culpado? A pergunta de Pedro revelou um grave erro a respeito da questão complicada do perdão: “ele sugeriu limites e medidas para o exercício do perdão, movido por um coração orgulhoso e pretensioso”. Enquanto os rabinos costumavam perdoar três vezes, Pedro se achando muito compassivo propõe que se perdoe sete vezes. Pedro deve ter se surpreendido com a resposta de Jesus: “não sete, mas setenta vezes sete= 490 vezes”. Aquilo era demais! Quem poderia manter o registro de tantas ofensas? Quando tivermos perdoado tantas vezes, certamente teremos criado o hábito de perdoar! Era exatamente isto que o Senhor queria que Pedro entendesse. Possivelmente, a área de maior vulnerabilidade em nossa vida, é a área delicada dos relacionamentos. Temos nos ferido e melindrado com muita facilidade e isso tem gerado litígios irremediáveis dentro e fora da igreja. O perdão no coração do cristão está sempre ligado a fé e ao amor incondicional derramado por Deus em nós. O perdão é também credencial de novo nascimento.

Perdoar não é opção para nós, é ordenança de Deus, portanto, é inegociável. Perdoar também não é fácil por causa da concepção mundana e humanista que temos a cerca do perdão, geralmente baseada em obras meritórias. Contudo, quando nos deixamos instruir pela Palavra de Deus e obedecemos a sua ordenança de perdoar criamos uma realidade espiritual. O perdão passa a existir de fato e somos libertos e fortalecidos. Isso não só como igreja, mas individualmente, repito. A parábola trazida por Jesus para ilustrar essa verdade, trata do perdão entre SEMELHANTES, não entre os pecadores e Deus. A grande ênfase aqui é sobre pecadores perdoados perdoando pecadores. Exercitamos o perdão na igreja para aplicá-lo lá fora. A grande escola do perdão é a igreja visível. É a grande sala de aula de Deus. Ali aprendemos a suportar uns aos outros no temor do Senhor. A base para o exercício desse perdão aqui descrito é o amor/ágape também traduzido por caridade. Não a caridade superficial de dar coisas, mas a maior das caridades de doar-se a si mesmo, até com prejuízo próprio.

O texto nos ensina três verdades sobre o exercício do perdão que devemos ter em mente: Somos devedores de Deus perdoados; Fomos perdoados para nos tornarmos perdoadores; e Quando não perdoamos, aprisionamos e nos tornamos prisioneiros. Quando nos fechamos e não perdoamos, nos tornamos prisioneiros e reféns de nosso ORGULHO, egoísmo e perversidade. Perdão não é opção, é obrigação de cristão fiel. Não é um sentimento é ordenança de Deus e é exercitado pela fé. Deus deseja e nos ordena que sejamos perdoadores e que tenhamos autoridade sobre os verdugos que tentam nos assolar. Nadia Malta.

 

 

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