ATENTEMOS PARA A SANTIDADE DE DEUS!
“No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim”. Isaías 6:1-8.
O texto citado faz parte de um contexto
maior, que vai até o versículo 13 e descreve o momento do chamado ministerial
do profeta Isaías. Esse chamado foi marcado por dois acontecimentos que abalaram
profundamente a estrutura emocional e espiritual daquele homem de Deus: a morte
do Rei Uzias e uma tremenda visão do Trono de Deus. A partir daqueles dois
acontecimentos, Isaías nunca mais foi o mesmo. O Rei Uzias de Judá foi um dos
maiores líderes daquele povo; ele é também chamado de Azarias; depois de um
longo reinado de 52 anos, ao partir desta terra, deixou no profeta e em toda a
nação um sentimento de profundo pesar e orfandade. Foi exatamente ali, naquele
momento desolador na vida de Isaías que o Senhor escolheu para manifestar-se a
ele, mostrando-lhe a sua glória e majestade. Um rei humano deixava seu trono
terreno, mas o Rei dos Reis continua assentado num Alto e Sublime Trono pelos
séculos dos séculos, no controle absoluto de todas as coisas.
Ele fez o que era reto diante de Deus,
contudo, a certa altura do seu reinado tendo ele se fortificado; exaltou-se o
seu coração para sua própria ruína e cometeu transgressão contra o Senhor,
abusando de sua própria autoridade quis queimar incenso no lugar dos
sacerdotes, o que era proibido. O Senhor o feriu com lepra até o dia de sua
morte. Mesmo assim era amado por todo o reino de Judá, porque era um grande
líder. Involuntariamente, estabeleceu-se uma relação de profunda dependência da
figura paternal de Uzias. Essa dependência acabou se tornando um tipo de
idolatria, pois as pessoas acabavam recorrendo a Uzias ao invés de recorrer a
Deus. O texto se refere também a Serafins; classe especial de anjos de Deus; a
palavra Serafim= vem do hebraico e significa consumir pelo fogo. Esses Anjos
são agentes purificadores de Deus. No ano da morte do rei Uzias, o profeta
Isaías teve uma grande visão de Deus que o despertou para quatro verdades
específicas: Para a Santidade e glória de Deus; Para seu próprio pecado; Para
sua purificação; e Para seu serviço.
Deus é infinitamente grande e absolutamente
santo; por isso que nosso pecado sempre irá ofendê-lo; nossas mentiras; nossas
atitudes dolosas; nossas atitudes imorais; nossas posturas impuras; nossas
palavras frívolas; nossas rebeliões; nossos melindres; e tudo o mais que
procede de nosso coração pecaminoso. O grande problema quando não contemplamos
a santidade de Deus, é que nos tornamos cínicos e complacentes com os nossos
próprios pecados. Quando alguém contempla a glória de Deus e tem uma percepção
da sua santidade, o seu pecado, a sua miserabilidade aflora de modo
irrefutável. Quando nos arrependemos, confessamos e abandonamos os nossos
pecados, os agentes purificadores de Deus entram em ação. Depois de sermos
purificados, Deus nos chama através de inúmeros instrumentos para o seu serviço
e espera de nós respostas. Nadia Malta
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