INSATISFAÇÃO E INGRATIDÃO SE RETROALIMENTAM!
“Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: "Nunca o deixarei, nunca o abandonarei". Hebreus 13.5.
O autor de Hebreus nas suas exortações
finais traz a ordenança oportuna do versículo acima. A ordenança traz três
verdades que nos ajudarão a nos livrar da ingratidão. Primeira:“Conservem-se livres do amor ao dinheiro!”.
Não estamos falando aqui da necessidade real de pagar as contas inevitáveis à
sobrevivência, mas de fazer contas pra Deus pagar; Segunda: “Contentem-se com o que vocês têm! Por
que tanta insatisfação e a compulsão de adquirir coisas que nem temos
necessidade? Terceira: “Porque Deus mesmo
disse: "Nunca o deixarei, nunca o abandonarei!". Deus é o nosso
supridor e nunca nos abandonará!
Chequemos as nossas motivações. Será que
não lutamos tão freneticamente por um ter voltado à auto-glorificação? Não seria isto dar socos no ar e correr atrás
do vento? Tudo neste mundo é tão passageiro, tão efêmero! Ao fim da vida
olha-se para trás e quanto sacrifício desnecessário! É um caso a se
pensar! Um coração grato reconhece cada
dádiva recebida como presente de Deus. É sem dúvida a insatisfação que tem
levado à ingratidão. Tem um pensamento atribuído a Shakespeare que diz: “Ter um
filho ingrato é mais doloroso que a mordida de uma serpente!”. Muitos por cobiçarem tão avidamente o
dinheiro se desviaram da fé e acabaram atormentados. O autor de Hebreus alerta
quanto a se conservar livre desse amor ao dinheiro e a nos contentarmos com
aquilo que temos. Alguns podem ver nesta exortação uma desculpa para a
improdutividade. Mas a produtividade do servo de Deus só faz sentido se for
para glorificá-lo como fez José no Egito e Daniel em Babilônia!
A insatisfação é a mãe da ingratidão! Elas
se retroalimentam. O não contentar-se gera tanta angústia e uma série de
sentimentos malignos como a inveja e a cobiça. Hoje vemos as pessoas ávidas
pelo último celular quando o seu ainda está em perfeito uso. A aparência conta
mais que a possibilidade de ter determinadas coisas. E isto tem levado muitos a
endividar-se irremediavelmente, tudo para aparentar o que não se é. Sejamos
gratos pelo que temos, do contrário, aquilo que temos será tirado de nós! Considerando
a rapidez da nossa passagem pela terra, não seria mais prudente investir no
Reino de Deus? Não falo de uma vida ascética ou de autoflagelação, mas de uma
consciência de que nada trazemos e nada levaremos daqui. Por que se desgastar
tanto naquilo que não tem peso de eternidade? Sejamos gratos pelo que temos e
aquilo que chegar a nossa mão o ofereçamos ao Senhor. Tudo vem dele e é para a
glória excelsa dele! Que tal a partir de hoje fazermos um investimento no exercício
da gratidão ao Senhor? Nadia Malta
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