TEMPO DE TROCAR A MURMURAÇÃO PELA GRATIDÃO!
“Todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto! Até quando sofrerei esta má congregação que murmura contra mim? Tenho ouvido as murmurações que os filhos de Israel proferem contra mim. Dize-lhes: Por minha vida, diz o SENHOR, que, como falastes aos meus ouvidos, assim farei a vós outros”. Números 14.2, 27, 28.
O texto citado fala da travessia de Israel no deserto, rumo à
terra prometida. O povo havia adquirido a disposição mental de escravos. Israel
havia saído do Egito, mas o Egito não havia saído dele! A saudade que aquele
povo sentia do cativeiro era incompreensível! Há duas coisas aqui no texto que
chamam a nossa atenção: Quando falamos em nossas reclamações é ao Senhor que
estamos difamando. E Palavras são sementes. O que falamos receberemos. Este é
seguramente um daqueles textos que nos faz tremer nas bases, visto que há uma
inclinação recorrente à murmuração desde os dias antigos. Como tem sido difícil
encontrar corações cheios de gratidão ao Senhor! À semelhança do Israel do
passado percebemos uma verdadeira compulsão por reclamar na vida da maioria dos
que se dizem cristãos! Há uma insatisfação patológica que tem obstaculado as
bênçãos de Deus nas vidas de muitos. O apóstolo Paulo recomenda: “Fazei tudo
sem murmuração nem contendas!”. E ainda: “Em tudo daí graças!”.
Reclamamos se as coisas estão difíceis. Reclamamos entediados se
estão fáceis demais. Lembrei-me agora de um comercial antigo de lamina de
barbear. Aparecia um homenzinho reclamando da barba horrível que estava
fazendo. Alguém chegava e lhe oferecia uma lamina de barbear de boa qualidade.
O homem em questão continuava agora usando a boa lâmina, mas em um tom de
reclamação dizia: “Oh, que barba formidável que estou fazendo!”. E ainda um
desenho animado infantil que mostrava uma hiena sempre mal humorada cujo bordão
era: “Oh vida, oh azar, oh miséria!”. Pois é exatamente assim que fazemos. Vida
imitando a arte? Não, arte imitando a vida! Esses personagens são tirados do
cotidiano de várias pessoas.
Temos insistido para implantar uma cultura de gratidão, mas não
tem sido fácil. Às vezes é até desencorajador. O Israel do passado depois de
430 anos de um cativeiro opressor sob todos os aspectos, recebeu a dádiva da
libertação. E mesmo depois de todos os portentos de Deus para libertar seu povo
com mão poderosa e braço estendido, Israel tinha memória curta para lembrar
dessas intervenções. O que aprendemos
aqui? O povo em coro murmurou contra o Senhor e recebeu conforme a sua
murmuração. Castigo de Deus? Não, conseqüência de sementes plantadas. Palavras são sementes e se forem semeadas,
certamente brotarão! Cuidado com as palavras proferidas! Pensemos nisto e
exercitemos as ações de graças! Substituamos a reclamação pelo cântico de
gratidão ao nosso Deus! Nadia Malta.
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