O DESAFIO DE CRER AINDA QUE... TUDO PAREÇA DAR ERRADO!
“Mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação. O Senhor Soberano é a minha força; ele faz os meus pés como os do cervo; ele me habilita a andar em lugares altos”. Habacuque 3.17-19.
Habacuque, o profeta filósofo, ao mesmo tempo em que se sentia
incomodado pela intensa impiedade do povo de Deus, não entendia porque o
Senhor, dentro da visão dele, retardava o julgamento dos inimigos do seu povo.
O livro é entremeado por intercessão e espera pelas respostas de Deus. Ele
termina seu escrito com uma das mais tocantes orações da Bíblia Sagrada. Os
versículos lidos no inicio é o final de sua oração. Uma das grandes revelações
do livro é que “o justo vive pela fé!”. Ele termina com uma tocante declaração
de fé apesar de todos os pesares! É impossível não nos lembrar da grande
declaração de fé do profeta Habacuque ao final do seu curto livro profético.
Sobretudo, quando “as nossas próprias
figueiras estão destituídas de flores, quando as nossas videiras deixaram de
frutificar e há falha nas nossas safras de azeitona”. Manifestar uma fé
viva quando tudo nos vai bem é fácil demais!
A fé do justo não depende das circunstancias. Percebemos que o
desafio de crer tem sido a cada dia intensificado, mais parece aquele tipo de
jogo que muda de fase e se torna cada vez mais difícil. Os pesares têm se
tornado praticamente insuportáveis, mas apesar deles Deus não perdeu o
controle, embora as nossas forças tendam a se esvair. A fé do tipo “ainda que”
é requerida de nós a todo o momento. O profeta nos ensina a avançar à despeito
de tudo e de todos. A tristeza nos paralisa, o medo nos faz retroceder.
Habacuque crê no Deus da sua salvação. Ele exulta nEle. A força para continuar
crendo apesar dos pesares vem do Soberano Senhor! “O Senhor Soberano é a minha força”. Diz o profeta. Essa declaração explica tudo! Confiar
no nosso Soberano Senhor. Dele vem o socorro do profeta e o nosso. Confiar
demanda relacionamento. A nossa fé não pode ser árida, ela precisa ser
relacional, do contrário não sobreviveremos às lutas nas quais estamos
inevitavelmente engajados.
A fé genuína produz resultados. No meio da luta intensa o profeta sabe em quer
crê. Ele sabe que o Senhor reina sobre tudo e todos. Nada vem como obra do
acaso. Esse controle soberano não falha. Qual o resultado dessa confiança
irrestrita do profeta no Soberano Senhor? “Ele
faz os meus pés como os do cervo; ele me habilita a andar em lugares altos”.
Os cervos ou corsas são animais das alturas. Eles bebem nas altas fontes e se
refugiam nas alturas das rochas. Seus pés são treinados para subir por lugares
íngremes. Assim são os pés daqueles que andam em fé e fidelidade. Serão do
mesmo modo habilitados para as alturas. O que o texto nos ensina em meio às
nossas lutas? O justo vive pela fé, aliás, esta é a grande declaração do livro.
Somos desafiados a crer apesar dos pesares. A nossa força para crer vem do
Soberano Senhor. Autor e Consumador da nossa fé! A fé genuína produz resultados
sobrenaturais. Permaneçamos firmes sem vacilar, pois quem fez a promessa é
fiel! Nadia Malta
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