VOLTEMOS
A ANSIAR PELOS ÁTRIOS DO SENHOR!
“Quão amáveis são os teus tabernáculos,
SENHOR dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR;
o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!”. Salmo 84.1, 2.
Precisamos
despertar como igreja à desfrutar com alegria da comunhão com o Senhor,
sobretudo, em comunidade. Temos deixado que tudo roube este momento precioso.
Este salmo tem sido muito apropriadamente chamado de “a pérola dos salmos” é a
lamentação saudosa de um israelita que se encontrava distante de Jerusalém, por
alguma causa desconhecida. “Embora seja atribuído aos filhos de Corá ou Coré,
como diria Spurgeon, este salmo exala um perfume davídico”. Impossível não
concordar com ele! Aqui encontramos as declarações de alguém que saudoso “suspira e desfalece pelos átrios do Senhor”.
O salmista se sentia assim, por causa da distancia que se encontrava do seu
local de adoração. A ausência involuntária daquele local levou-o a sentir uma
profunda saudade do templo e da presença de Deus. O cerne deste texto é a
necessidade profunda e vital que temos da comunhão contínua com o Senhor. Essa
comunhão com Deus e com o irmão vai além do ativismo e da religiosidade de
fachada. Ser cristão é uma das coisas que não podemos fazer sozinhos, isolados.
A comunhão junto com a pregação da palavra e a oração são os pilares que
sustentam a igreja. O salmista Davi diz no salmo 122.1: “Alegrei-me quando me disserem: vamos à cada do Senhor!”.
Infelizmente a igreja ocidental tem sofrido de tédio e não tem se alegrado em
ir à Casa do Senhor! Para a grande maioria o Senhor deixou de ser atraente. Tem
que haver uma “atração circense” para que as pessoas queiram ir à igreja!
Lamentável! O prazer do salmista está no Senhor. Precisamos aprender a viver na
perspectiva de nos encontrar com o nosso amado Senhor e Salvador. Todo crente
fiel sente um tipo de saudade inexplicável da casa do Pai, anseia por proteção
e luz neste mundo de densas trevas. Inconformados por estarmos fora do nosso lugar
de origem, voltar para casa é tudo que desejamos. E quanto a nós, onde está o
nosso verdadeiro prazer?
A
força do salmista está no Senhor. Aquele cuja força está no Senhor, mesmo
quando precisa passar pelo Vale Árido (Vale de Baca), faz dele um manancial.
Dali ele tira lições preciosas, porque seu coração cheio de fé é um caminho
aplanado – v.5. Bom é receber uma bênção, mas melhor ainda é ser uma bênção.
Aquele cuja força está em Deus, faz do deserto um jardim regado. Os verdadeiros
peregrinos “vão indo de força em força”-
v.7. Vão subindo de degrau em degrau, de glória em glória, de vitória em
vitória até chegar ao lar celestial. Os olhos do peregrino não estão no
tamanho, nem nos percalços da estrada, mas no seu final, na alegria da chegada.
O combustível do peregrino é a sua vida de oração e a sua vida intima de
comunhão com Deus. Onde ou em quem temos buscado nos fortalecer? A confiança do
salmista está no Senhor. Quando caminhamos pela fé, colocamos o Senhor e sua
vontade em primeiro lugar, só a partir daí, podemos alinhar nossas demais prioridades.
Os filhos de Corá eram levitas encarregados de guardar as portas do santuário,
um cargo importante e honrado. Na verdade o cartão de vistas da entrada ao
templo. O salmista distante do templo sentia saudades daquela tarefa.
Percebemos com tristeza que a igreja ocidental tem trocado a Casa do Senhor por
qualquer coisa! Como é difícil encontrar almas que anseiem e desfaleçam pelos
átrios do Senhor! A mesa do banquete tem estado posta, mas os convidados não têm
sido dignos! Ainda há tempo de mudar essa triste realidade!
Busquemos
ao Senhor e não nos conformemos com o mundo! O mundo definitivamente não é o
nosso lugar, por isso, peregrinar aqui não é fácil. A jornada do peregrino não
é linear, antes é cheia de curvas, obstáculos e segue ladeira acima. Livremo-nos
dos pesos e do pecado que têm nos assediado! O crente fiel busca os altares do
Senhor! Mais uma vez nos lembramos da igreja ocidental: desdenhosa,
irreverente, vazia de conteúdo doutrinário, barulhenta, farta de liberdade e
recursos, “fastiosa” das coisas de Deus e do próprio Deus. Temos nos
contaminado com as fórmulas e estratégias de entretenimento do mundo e as
importamos para a igreja. Esses “atrativos” servem de iscas, não para as
verdadeiras ovelhas, mas para bodes insatisfeitos. Mas cadê o anseio e o
desfalecimento das nossas almas pelos átrios do Senhor? Na verdade, o único
remédio eficaz para os males que afligem a humanidade, chama-se JESUS CRISTO,
que em nós precisa ser a esperança da glória! As pessoas lá fora, buscam
avidamente fórmulas mágicas para atenuar o stress e seus efeitos. Tentam
preencher o vazio da alma com tantas coisas, que não passam de paliativos. A
maior dificuldade que enfrentamos hoje é a própria insensibilidade dos corações,
sobretudo, para reconhecer que só JESUS é a esperança para todas as dores do
homem! E o pior é que percebemos isto
dentro da própria igreja. Há muitos anos, mais de trinta, creio, a igreja
experimentou um grande despertamento espiritual. Já falamos sobre isto algumas
vezes. As pessoas buscavam os templos contavam os dias para a hora do culto!
Naquela época se podia ver nos carros, nas casas e principalmente nos lábios
dos crentes o seguinte lema: JESUS CRISTO É A ÚNICA ESPERANÇA! Era uma pequena
faixa branca com as letras verdes. Que o Senhor nos ajude a ansiar pela sua
gloriosa presença! Nadia
Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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