A
LUZ QUE É O CRISTO TEM REFLETIDO ATRAVÉS DE NÓS?
“Ninguém, depois de acender uma candeia, a
põe em lugar escondido, nem debaixo do alqueire, mas no velador, a fim de que
os que entram vejam a luz. São os teus olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus
olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, se forem maus, o teu
corpo ficará em trevas. Repara, pois,
que a luz que há em ti não sejam trevas. Se, portanto, todo o teu corpo for luminoso,
sem ter qualquer parte em trevas, será todo resplandecente como a candeia
quando te ilumina em plena luz. Ao falar Jesus estas palavras, um fariseu o
convidou para ir comer com ele; então, entrando, tomou lugar à mesa. O fariseu,
porém, admirou-se ao ver que Jesus não se lavara primeiro, antes de comer. O
Senhor, porém, lhe disse: Vós, fariseus, limpais o exterior do copo e do prato;
mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade. Insensatos! Quem fez
o exterior não é o mesmo que fez o interior? Antes, dai esmola do que tiverdes,
e tudo vos será limpo. Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da
hortelã, da arruda e de todas as hortaliças e desprezais a justiça e o amor de
Deus; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas. Ai de vós,
fariseus! Porque gostais da primeira cadeira nas sinagogas e das saudações nas
praças. Ai de vós que sois como as sepulturas invisíveis, sobre as quais os
homens passam sem o saber!”. Lucas 11.33-44.
Quanto
da Luz que é o Cristo tem sido refletida através de nós? Ou será que temos nos
tornado seres opacos refratários à luz? Neste capítulo Jesus traz ilustrações
sobre a repercussão da Palavra de Deus no coração de quem a ouve. O texto
citado mostra Jesus extraindo da vida cotidiana o exemplo da candeia, que deve
ser colocada no alto do velador para iluminar toda a casa. Em seguida ele
aplica a ilustração dada à vida de um religioso que o convida para jantar e se
choca por Jesus não obedecer ao ritual de purificação antes de comer. Que lição
aquele religioso recebeu! Jesus lança três “Ais” sobre os religiosos que se
achavam iluminados pela palavra de Deus. Primeiro Ai: Contra os que
colocam a religiosidade exterior acima da justiça ou do amor de Deus.
Prestemos atenção ao poder revelador da Palavra de Deus. Não, não estou falando
desse poder na vida do outro, mas em nossa própria vida. Sejamos luz! Façamos a
diferença com atos concretos de amor! O Senhor não está preocupado com o
cerimonialismo de fachada, antes Ele deseja que o glorifiquemos com atos
concretos de amor. O grande desafio para os cristãos de todas as épocas é fazer
com que aquilo que falamos se reflita no que fazemos. Do contrário, somos
grandes farsas! A maior e mais aceitável das liturgias é fazermos tudo de todo
coração como para Deus e não para homens!
O
Senhor sempre coloca em nosso caminho oportunidades de fazer brilhar a sua luz!
Essas oportunidades são como fotômetros de Deus para ver quanto de sua luz há
em nós, que dizemos ser cristãos! Que a luz que dizemos que há em nós não seja
trevas! O Segundo Ai: Contra os que valorizam o prestígio, o aplauso
e a honra dos homens mais que a glória de Deus. O poder revelador da
palavra de Deus, semelhante ao poder da luz se revela sem esforço. Nada fica
oculto diante dela. O autor de Hebreus
diz: “Pois a palavra de Deus é viva e eficaz,
e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de
dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções
do coração. Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está
descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas”.
A Palavra de Deus é luz que brilha neste mundo escuro e expõe as obras ocultas
das trevas, principalmente as que estão no coração do homem. Não é de se
admirar que as palavras mais duras do Senhor foram dirigidas aos religiosos de
sua época. E o que nos faz pensar que seria diferente com os religiosos de
nosso tempo?
Terceiro
Ai: Contra Aqueles que são fontes de contaminação ao invés
de instrumentos da graça salvífica. Outro dia li um artigo muito bem
escrito que falava do pior pecado e no início o articulista trazia algumas
perguntas instigantes para fazer o leitor imaginar qual seria o pior dos
pecados. E ao final ele revelava que o pior dos pecados é aquele sem
arrependimento. Assim, o pior pecado é achar que não temos pecados! O que o
texto nos leva a refletir? Fomos chamados para fazer a diferença, temos feito?
Cada um de nós é controlado pela luz ou pelas trevas. Não há meio termo, o
destino do filho de Deus é a aurora não o crepúsculo. Muitas pessoas até
começam a andar na luz, mas com o passar do tempo retrocedem, endurecem o
coração, tornam-se opacas, resistentes à penetração da luz e as trevas acabam
prevalecendo. Outros acreditam estar
seguindo a luz, mas a sua religiosidade é tão repulsiva que na realidade estão
seguindo a escuridão, como os religiosos dos dias de Jesus e acabam afastando
aqueles que querem seguir ao Senhor. Felizmente há os que são verdadeiros
luzeiros no meio de uma geração pervertida e corrupta, brilham como candeias em
lugar tenebroso, e aonde quer que estejam revelam a luz do Cristo. Reflitamos sobre isto! Quanto da luz que é o
Cristo tem se refletido através de nós? Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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