CUIDEMOS
UNS DOS OUTROS!
“Exortamo-vos, também, irmãos, a que
admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e
sejais longânimos para com todos”. Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor
Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não
segundo a tradição que de nós recebestes”. I Tessalonicenses 5.14; II
Tessalonicenses 3.6.
Somos
chamados a encorajar os irmãos a um andar de modo a glorificar ao Senhor no
cuidado e na responsabilidade de uns com os outros. Segundo um relatório
trazido por Timóteo, alguns irmãos na igreja em Tessalônica andavam
desordenadamente sem observar a sã doutrina, deixando de trabalhar e explorando
uns aos outros. Paulo escreve de Corinto para aquela comunidade, exortando-a a
manter uma conduta digna e ordeira tanto na comunhão dos santos quanto na vida
pessoal. O apóstolo traz algumas ordenanças ao final da primeira epístola com o
propósito de levar aqueles irmãos a um andar digno da vocação a que foram
chamados, especialmente no que diz respeito ao cuidado e responsabilidade de
uns para com os outros. O apóstolo não está ensinando segregação, acepção ou
distinção entre uns e outros. Ele está falando de um tipo específico de pessoas
que se infiltram nas comunidades com o fim de tirar vantagem, de tirar a paz e
minar a comunhão. Esses não querem o Cristo, mas apenas aquilo que podem
aproveitar dos irmãos. Fiquemos atentos. As palavras aqui trazidas também se
aplicam aos cristãos contemporâneos de forma muito oportuna. Atentemos para
elas. Peçamos ao Senhor que sonde o nosso coração e onde houver caminhos maus,
Ele com toda liberdade os conserte, nos reconduzindo ao Caminho eterno. Os
textos pressupõem uma responsabilidade que devemos ter uns com os outros. Entendemos
que muitos agem como Caim, que ao ser perguntado por Deus onde estava seu
irmão, respondeu: “Acaso sou eu tutor do
meu irmão?”. Somos sim, responsáveis pelos nossos irmãos na fé,
especialmente os neófitos.
O
dever de cuidar não é só do pastor, mas todos nós somos cuidadores uns dos
outros e num certo grau pastoreamos. Contudo, vale a pena refletir até onde
deve ir a nossa responsabilidade com o outro? A igreja não é um museu de
santos, mas um hospital de pecadores. Mas há os que não se deixam tratar e
permanecem nas comunidades com o propósito de contaminar os outros com a sua
amargura e malignidade disfarçada de vitimismo. A palavra aqui é: CUIDADO! O
apóstolo torna-se prático em suas exortações dizendo o que deve ser feito por
nós. Somos exortados de maneira imperativa pelo apóstolo a: Aconselhar os
insubmissos, consolar os desanimados, amparar os fracos e ser tolerantes para
com todos. Creio que o apóstolo está ordenando essas práticas em relação aos
irmãos em Cristo, que acatam esses cuidados e se dispõem a ser ministrados. Mas
há muitos que não se deixam cuidar, são como pés de mandacaru cheios de
espinhos, impossível abraçá-los! Neste caso, recuemos sem culpa e apenas oremos
por eles. O apóstolo torna-se mais enfático ainda e mostra que infelizmente há
aqueles que andam desordenadamente sem arrependimento ou mudança, dos quais
devemos nos afastar. Precisamos buscar do Senhor discernimento para perceber
quais são aqueles que se misturam em nosso meio, mas não são dos nossos.
Infiltram-se com o propósito de tirar vantagem e, sobretudo, tirar a paz da
comunidade semeando contendas. Querem as bênçãos, mas não compromisso com o
Abençoador! São arrogantes, acusadores e ingratos. São maledicentes,
caluniadores, encrenqueiros e espalham contendas. São usurpadores e
exploradores dos irmãos. São como o Mar Morto que só recebe sem dar nada.
Querem ser ajudados, mas não ajudam ninguém.
Meu
pai costumava dizer: “Um amigo bom ajuda o outro, tem gente que quer ser o
outro a vida toda!”. O que o texto nos ensina? Temos responsabilidade sim, com
os nossos irmãos e essa responsabilidade também passa por não se deixar
manipular pelas falsas necessidades dentro da comunidade. Tenhamos cuidado com
os que andam desordenadamente! Ao final
da sua Carta aos Romanos o apóstolo Paulo também adverte: “Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e
escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles,
porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio
ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos”.
A ordem aqui é apartar-se desses. O apóstolo Paulo também diz: “Se possível, no que depender de vós tende
paz com todos os homens”. Nem sempre é possível! Preservar a unidade nesses
casos é ser conivente com o erro, FAVORECER OS QUE ANDAM DESORDENADAMENTE É
PENALIZAR OS QUE ANDAM EM RETIDÃO. Estejamos
atentos e sempre que necessário digamos BASTA! E sem culpa! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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