domingo, 17 de junho de 2018

Meditação/Nadia Malta/O DESAFIO DE CONFIAR EM MEIO AO SILÊNCIO DE DEUS!


O DESAFIO DE CONFIAR EM MEIO AO SILÊNCIO DE DEUS!
                                                    
A ti eu clamo, Senhor, minha Rocha; não fiques indiferente para comigo. Se permaneceres calado, serei como os que descem à cova. Ouve as minhas súplicas quando clamo a ti por socorro, quando ergo as mãos para o teu Lugar Santíssimo”. Salmos 28:1,2. 
                                                                                            

Despertemos como povo de Deus para confiar e nos fortalecer no Senhor independente da circunstancias. O texto lido mostra mais uma vez Davi, o querido rei salmista de Israel, homem segundo o coração de Deus enfrentando uma situação difícil. Não se conhece detalhadamente o contexto histórico que motivou este salmo. No entanto, podemos perceber pelas palavras do salmista, tratar-se de uma situação que envolve os ímpios, os que praticam a iniqüidade, bem como pessoas dissimuladas, que fingem ser amigas dele, mas querem arruiná-lo. Mais uma vez o salmista mescla aqui súplicas com ações de graças. Na verdade, pouco importa a situação histórica deste salmo, o fato mais importante aqui, é que suas palavras proferidas há tanto tempo tocam profundamente nossos corações e nos ensinam lições preciosas sobre o silencio de Deus, a perseverança e a fé confiante no meio das grandes provas pelas quais passamos.

A cada dia fica mais claro que os agires de Deus acontecem de acordo com a sua soberana vontade e obedecendo a um cronograma diferente daquele usado pelos seres humanos apressados. É imprescindível e terapêutico confiarmos no Senhor em toda e qualquer situação, mesmo quando ele se cala. O autor de Hebreus nos conclama em (4.16): “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna”. Como servos do Deus vivo, quando estamos passando por momentos de grande aflição, a primeira coisa que nos ocorre é buscá-lo, para que ele nos livre daquela hora dolorosa. MAS O QUE FAZER QUANDO ELE SIMPLESMENTE SE CALA?

A Bíblia nos mostra inúmeros servos do passado que experimentaram a dor de não se sentirem ouvidos por Deus. Assim, essa experiência não é algo que acontece apenas com você ou comigo. Há propósito até para o silencio de Deus. Em algumas ocasiões, o próprio silêncio faz parte da resposta. Veja o que dizem alguns servos de Deus em momentos de aparente silencio dele: Sl. 13.1: “Até quando Senhor? Esquecer-te-ás de mim para sempre? Até quando ocultarás de mim a tua face?” (Davi); Sl 35.22b: “Senhor, não te ausentes de mim!” (Davi); Sl 39.12 a: “Ouve, Senhor a minha oração, escuta-me quando grito por socorro; não te emudeças à vista das minhas lágrimas” (Davi); Sl. 83.1 a: “Ó Deus não te cales” (Asafe); Sl 119. 82: “Esmorecem os meus olhos de tanto esperar por tua promessa, enquanto digo: quando me haverás de consolar?” (Anônimo). Essas palavras lhe parecem familiares?

O salmo lido nos traz algumas revelações acerca do exercício da confiança diante do silêncio de Deus. A Confiança deve ser exercitada mesmo diante das orações aparentemente não respondidas; A confiança deve ser exercitada por causa do que Deus fez no passado; A confiança deve ser exercitada por causa das promessas de Deus e de seus atributos imutáveis. No meio de uma dificuldade pequena ou grande, devemos nos achegar confiadamente junto ao Trono da graça, a fim de recebermos misericórdia em ocasião oportuna. E a ocasião é de Deus, não nossa. O silêncio aparente de Deus, não significa que ele não esteja ouvindo a nossa oração, normalmente é proposital, com vistas à nossa maturidade e crescimento espiritual. Quando entendemos este princípio, substituímos a voz de choro e lamentação pelo cântico de louvor antes mesmo da vitória consumada. Às vezes o louvamos até mesmo entre lágrimas. Passamos pela fé a testemunhar ousadamente sobre as mui grandes e preciosas promessas de Deus ao seu povo. Ele fez, Ele faz e Ele fará maravilhas em nosso meio. O grande mistério da fé não é mover Deus em nossa direção, mas nos mover na direção de Deus, nos refugiar nele, sempre.  Que o Senhor desvende os nossos olhos para percebermos seus agires e aquiete os nossos corações apressados! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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