CHAMADOS A SEMEAR!
“O semeador saiu a semear. Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à
beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram. Parte dela caiu sobre
pedras e, quando germinou, as plantas secaram, porque não havia umidade. Outra
parte caiu entre espinhos, que cresceram com ela e sufocaram as plantas. Outra
ainda caiu em boa terra. Cresceu e deu boa colheita, a cem por um". Tendo
dito isso, exclamou: "Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça”! Lucas
8:5-8.
Fomos chamados a semear a
Palavra de Deus, sem nos preocupar com o tipo de solo no qual lançaremos a
semente! A Parábola lida é uma das mais conhecidas e mais citadas das parábolas
de Jesus. Três dos quatro evangelistas a mencionaram. Os versículos seguintes trazem
a explicação da parábola. O texto fala da Palavra de Deus como uma boa semente
que é lançada no solo dos corações. Mesmo sendo a mais poderosa das sementes,
ela vai depender do tipo de solo onde será semeada para que possa produzir uma
grande colheita ou colheita nenhuma. No capítulo 19 de Lucas encontramos a
história de Zaqueu, que ilustra o poder transformador dessa semente de vida,
quando cai num solo propício. Foi assim na vida de Zaqueu e, será assim na vida
de todos que deixam a palavra brotar e frutificar em seus corações, gerando
salvação e mudança de vida. As pessoas em nossos dias estão cada vez mais
necessitadas de Deus. O grande problema
é a dureza dos corações. Os corações humanos têm sido solos áridos e
refratários à Palavra do Senhor.
O texto lido fala da
parábola do Semeador. Nesse contexto o Semeador é Jesus Cristo, mas representa
qualquer um de nós que compartilha a Palavra de Deus que é essa semente
bendita. O discípulo de Jesus não pode perder de vista que ele é tão somente um
semeador, não um convertedor. O apóstolo Paulo adverte sobre isto em I Co.3.6,
7: “Eu plantei, Apolo regou; mas o
crescimento veio de Deus. De modo que
nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento”.
Atentemos para isto!
O texto apresenta quatro
tipos de solos. Primeiro: O Solo duro da beira do caminho. Segundo: O Solo
Rochoso, Raso. Terceiro: O Solo com Espinhos. E Quarto: O Solo Bom, Apropriado.
O solo duro representa a pessoa que ouve a Palavra, mas logo permite que o
diabo leve a semente embora. Como esse solo ficou assim duro? Jesus fala aqui
de um lugar que era caminho, era passagem dos transeuntes. Ali a terra era
batida, compacta, o que caísse sobre ela, as aves do céu viriam buscar. As aves
são figuras representativas de ações demoníacas. Muitos recebem a Palavra, mas
logo deixam que ela seja levada dos seus corações por essas ações. O solo
rochoso, raso, ilustra o ouvinte que se comove com facilidade e aceita
emocionalmente a mensagem, mas seu interesse logo vai morrendo, visto que não
há profundidade suficiente para as raízes crescerem. As igrejas estão lotadas
de “quase crentes”, professos e batizados, mas não regenerados. Esses não aguentam a hora da provação.
O solo com espinhos ilustra as pessoas que não
se arrependem e não arrancam as ervas daninhas que prejudicam a colheita. Aqui
encontramos um espírito mundano, que coloca os valores do mundo acima dos
valores do reino de Deus. Esse vive o aqui e agora, não consegue contemplar a
eternidade. Aqui a quantidade de espinhos sufoca a boa semente. Os cuidados,
riquezas, conceitos e deleites da vida na terra são como espinhos que impedem
que o solo se mantenha produtivo e sustentável. O Solo Bom e produtivo, Ilustra
aquele que ouve a palavra, compreende o que ela diz e a retém em seu coração.
Aqui há verdadeira regeneração. Não podemos perder de vista, repito, que somos apenas e
tão somente semeadores, não “convertedores”. Às vezes semeamos muito e colhemos
pouco. A culpa não é do semeador nem da semente, mas do tipo de solo no qual a
semente cai. Há uma ordem de Deus para semear, não importando o tipo de solo.
Nunca foi tão imperativo obedecermos ao “IDE”. Fomos chamados a semear,
semeemos! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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