TIREMOS
AS VESTES NA PRESENÇA DE JESUS!
“Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher,
perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te
condeno; vai e não peques mais”. Jo. 8.10,11.
Precisamos
tirar as nossas vestes na presença de Jesus! Se formos a ele com sinceridade de
coração deixando cair todas as máscaras e nos desnudando completamente diante
de sua soberana presença, sairemos curados. Por que muitos não alcançam a cura
interior? Talvez por não saberem como lidar com a culpa. Pecar é facílimo em
todos os sentidos, o difícil é lidar com a culpa. O sentimento de culpa é uma
das forças mais poderosas que existe, chegando a ser destrutivo se não for
tratado. Diante da culpa se reage das mais diversas maneiras e a Bíblia está
cheia de exemplos: Esquivam-se como Adão; Endurecem-se como Caim. Fogem como
Moisés. Enlouquecem como Saul. Comovem-se como Davi. Choram amargamente como
Pedro. Suicidam-se como Judas. Reconhecem, se quebrantam como o filho pródigo e
fazem o caminho de volta para o Pai. Cada um age e reage de um jeito próprio. É
comum também transferir a culpa para os outros como forma de defesa. Aliás,
essa reação é a preferida de muitos. Há um poder libertador e terapêutico no
reconhecimento e na confissão de pecado, que precisa ser experimentado por cada
um de nós. Perdoar e receber perdão gera cura e
libertação!
O
texto todo nos traz algumas revelações importantes. Haverá sempre acusadores ao
nosso redor ávidos para condenar seus semelhantes. A graça é perdoadora, mas é
também confrontadora. A graça pode alcançar o pior pecador porque ela tem a
medida do amor de Deus (largura, altura, comprimento e profundidade. Os
Escribas e Fariseus, religiosos doutores da lei, são chamados de hipócritas
(mascarados) tanto por João Batista quanto por Jesus. Eles possuíam uma fachada
de ilibada conduta, mas foram comparados a sepulcros caiados (belos por fora e
cheios de podridão e rapina por dentro). Eles trazem a Jesus o caso de uma
mulher adúltera e perguntam o que ele vai fazer. Cobram uma punição. Mas Jesus
não responde e se inclina para escrever no chão. O que ele escrevia? Ninguém
sabe, alguns teólogos mais ousados dizem que ele escrevia ali no chão os
pecados, não da mulher, mas dos religiosos acusadores. Porque ele não vê ou se
impressiona com as nossas exterioridades, ele sonda mentes e perscruta corações.
A
mulher adúltera não pecou sozinha, se ela foi apanhada em flagrante adultério,
cadê o adúltero? Ele nem aparece na cena, se evadiu, cumpriu o seu papel
naquela armação. A Lei de Moisés previa a pena capital para ambos. Não apenas
para a mulher (Dt. 22.2). Talvez aquilo tudo tivesse sido preparado para
apanhar Jesus nalguma falta. O acusador, aquele que age sempre sob a eficácia
do adversário, é insistente, ele quer ver a desgraça do outro, mas não resiste
a uma boa confrontação. Invariavelmente foge, não deseja ser desmascarado e
rejeita a própria cura. O versículo nove no seu final diz que todos
fugiram acusados pela própria consciência, ficando somente Jesus e a mulher.
Note que a acusada não fugiu, ela se sentiu amada, apesar de sua nudez exposta.
Jesus ali não contemplou a nudez física daquela mulher, mas a nudez da alma.
Ela teve a sua alma perscrutada pelo Senhor. (Só Jesus transforma desgraça em graça!). Nadia Malta http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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