PRATICANTES DA PALAVRA! SERÁ QUE SOMOS?
“Meus
amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios
para falar e tardios para irar-se, pois a ira do homem não produz a justiça de
Deus. Portanto, livrem-se de toda impureza moral e da maldade que prevalece, e
aceitem humildemente a palavra implantada em vocês, a qual é poderosa para
salvá-los. Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a
si mesmos.”. Tiago 1.19-22
No texto lido que está em
um contexto maior indo até o versículo 27, Tiago, chama a atenção dos seus
leitores para a seriedade da prática da Palavra de Deus por aqueles que a
professam. Muitos em nosso meio têm vivido no engano. Falam como crentes,
gesticulam como crentes, usam cacoetes e jargões de crentes, até carregam uma
Bíblia debaixo do braço, mas estão longe de serem chamados de filhos de Deus. Esses
fora dos guetos cristãos deixam muito a desejar no testemunho. A experiência da salvação produz uma
profundíssima alteração na essência do ser humano. O ato de Nascer de Novo é algo que vai além
do entendimento humano, pois mexe com as estruturas não apenas emocionais, mas
espirituais do homem. O nosso espírito é recriado pelo Espírito de Deus. É o
que os teólogos chamam de regeneração. Através dessa experiência única, nos
tornamos Novas Criaturas, as coisas velhas passam e tudo se faz novo.
Por que então temos visto tanta
loucura no meio cristão dos nossos dias? Há um texto da Palavra de Deus que
estremeço cada vez que o leio: Jesus diz em Mateus 7. 22, 23: “Muitos naquele dia, hão de dizer-me: Senhor,
Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não
expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes
direi explicitamente: Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”. O
que dizer de um texto como este? Aqui Jesus fala dos embusteiros que são
arremedos de cristãos. Que hoje possamos repensar nossa própria postura
espiritual e nossa responsabilidade para com a Palavra de Deus e sua prática.
Para que obtenhamos vitórias em nossas lutas diárias de nada adianta as
correntes de oração, os jejuns intermináveis, os sacrifícios de tolos. O que o
Senhor requer de nós é unicamente obediência à sua Santa Palavra, ouvir sem
praticar é negligencia. E muitos a têm negligenciado deliberadamente para sua
própria ruína.
De acordo com o texto lido
temos três responsabilidades com a Palavra de Deus: Receber; Praticar e
Compartilhar. Precisamos estar prontos para ouvir aquilo que o Senhor diz em
sua Santa Palavra. Esse ouvir não é um mero escutar, mas um compreender e
assimilar aquilo que nos é dito pelo Senhor. Precisamos ser tardios para falar.
Esta recomendação tem dois sentidos: discutir contestadoramente a Palavra e o
sentido de anunciá-la precipitadamente antes de vivê-la. Precisamos ser tardios
para nos irar. Essa ira também tem dois sentidos: a ira contra Deus e sua
Palavra, pelo fato da Palavra revelar, desmascarar os nossos pecados e a ira ao
pregar a palavra e ela não ser aceita de pronto. De uma forma ou de outra,
Tiago diz que “a ira do homem não produz
a justiça de Deus”. Quando recebemos a Palavra com mansidão, sem ira ou
revolta e acatamos o que ela diz, ela começa a gerar a vida de Deus em nosso
coração.
Os que acreditam que são espirituais
só porque ouvem a Palavra de Deus, enganam-se a si mesmos. Aqui Tiago compara a
Palavra com um espelho revelador. O espelho tem essa função de revelar o que
está torto, fora do lugar. O exame das Escrituras deve ser cuidadoso, sob a
orientação do Espírito Santo. Ao lermos a Palavra precisamos aprender a
perguntar ao Espírito de Deus: Como essa verdade se aplica a mim? Também
precisamos compartilhar a Palavra de Deus. De que modo? Através de um falar
sadio. A boca fala do que está cheio o coração. Através do serviço ao próximo.
Através do santo testemunho. Manter-se incontaminado do mundo é o grande
desafio do cristão. Será que somos praticantes da palavra ou ouvintes negligentes?
Tempo de parar de nos enganar!
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