terça-feira, 8 de maio de 2018

Meditação/Nadia Malta/TEMPO DE COGITAR DAS COISAS DE DEUS!

TEMPO DE COGITAR DAS COISAS DE DEUS! 
                                                                      
E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens. Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á. Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma”? Mt 16.22-26.
                                                                                                                   

 O texto em apreço é citado por três dos evangelistas: Mateus, Marcos e Lucas, dada a importância do ensino que Jesus queria ministrar. O episódio se deu logo após Jesus predizer a sua morte e ressurreição. Naquele momento Pedro foi repreendido por tentar dissuadir Jesus do propósito para o qual tinha vindo ao mundo. As palavras de Jesus a Pedro ecoam ainda hoje em nossos ouvidos: “Arreda satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens”. A reação de Pedro vinha de outra fonte, não de Deus! Cogitar significa refletir, pensar à respeito, imaginar. Precisamos olhar para o texto que estamos examinando na perspectiva dessas palavras de Jesus a Pedro. Só assim, entenderemos a ideia central apresentada aqui, que é a percepção dos propósitos de Deus para as situações. Nesses dias o Espírito de Deus tem ministrado fortemente ao nosso coração sobre a compreensão sobrenatural, que devemos buscar para os desígnios de Deus nas situações que enfrentamos.

Há momentos que tudo nos parece tão injusto, tão incompreensível, que humanamente ficamos sem ação. A única explicação plausível é que infelizmente ainda não conseguimos cogitar das coisas de Deus. Confesso que não é fácil falar sobre provações e aflições em um tempo em que os pregadores, assim como Pedro e a esmagadora maioria, não cogitam das coisas de Deus e sim das dos homens. As pessoas procuram meios para fugir do sofrimento e resolver a qualquer custo os seus problemas. Esse contexto, no entanto, me ensina que o único meio de encararmos a vida e as dificuldades que nos acometem, é cogitar (refletir, meditar, pensar) das coisas de Deus. “Os pensamentos e Caminhos de Deus são infinitamente maiores que os nossos”. A terra é a arena da nossa santificação, é lugar de lutas, de crescimento e de amadurecimento, não um parque de diversões ou colônia de férias. Ninguém escapa das dores do crescimento, nem física, nem emocionalmente. Meditemos sobre isso! Não dá para seguir Jesus e seguir os padrões do mundo.

 O erro de Pedro lá atrás foi pensar como homem, desejando escapar do sofrimento e da morte. Na verdade é isso que todos nós fazemos ante a perspectiva da dor ou da perda. Ele não cogitou dos pensamentos de Deus, quanto ao que estava para acontecer. Pedro teve fé suficiente para confessar que Jesus era o Filho do Deus vivo, mas não para crer que era plano de Deus que Jesus sofresse e morresse. Para aceitar a cruz precisamos negar a nós mesmos. A cruz representa o sofrimento temporário para que alcancemos a glória da ressurreição. Seguir ao Cristo Vivo significa também aceitar a cruz que nos é imputada. Essa cruz tem várias faces: Ela vem na forma de uma enfermidade grave; da rebeldia de um filho; da incredulidade ou indiferença de um cônjuge através dos quais exercitamos graça e misericórdia; vem através das perseguições e ações demoníacas diretas ou indiretas. O fato é que devemos clamar ao Senhor que mande mais graça sobre nós, para que sejamos fortalecidos ao carregar cada um a nossa cruz e o sigamos sem desistir! Perseverar é preciso!

Aquilo que o mundo considera ganho é perda para Jesus e vice versa – “Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa, a encontrará. Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?” O Reino de Deus e a sua justiça precisam estar sempre em primeiro lugar. Nada pode ter prioridade na vida do cristão a não ser o próprio Cristo. Muitos têm se empenhado em amealhar para esta vida, quando na verdade são pobres para com Deus. São míopes espirituais que enxergam só o que está perto. Até quando desfrutaremos daquilo pelo qual nos empenhamos tanto nesta vida? Nenhuma riqueza deste mundo compensa a perda da nossa alma. Que possamos voltar para Deus como ele mesmo apela em Jr 4.1: “Se voltares, ó Israel, volta para mim; se removeres as tuas abominações de diante de mim, não mais andarás vagueando”. Nadia Malta  http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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