TEMPO DE COGITAR DAS COISAS
DE DEUS!
“E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo:
Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se,
disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não
cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens. Então, disse Jesus a seus
discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e
siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a
vida por minha causa achá-la-á. Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo
inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma”? Mt 16.22-26.
O texto em apreço é citado por três dos
evangelistas: Mateus, Marcos e Lucas, dada a importância do ensino que Jesus
queria ministrar. O episódio se deu logo após Jesus predizer a sua morte e
ressurreição. Naquele momento Pedro foi repreendido por tentar dissuadir Jesus
do propósito para o qual tinha vindo ao mundo. As palavras de Jesus a Pedro
ecoam ainda hoje em nossos ouvidos: “Arreda
satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de
Deus, e sim das dos homens”. A reação de Pedro vinha de outra fonte, não de
Deus! Cogitar significa refletir, pensar à respeito, imaginar. Precisamos olhar
para o texto que estamos examinando na perspectiva dessas palavras de Jesus a
Pedro. Só assim, entenderemos a ideia central apresentada aqui, que é a
percepção dos propósitos de Deus para as situações. Nesses dias o Espírito de
Deus tem ministrado fortemente ao nosso coração sobre a compreensão
sobrenatural, que devemos buscar para os desígnios de Deus nas situações que
enfrentamos.
Há momentos que tudo nos
parece tão injusto, tão incompreensível, que humanamente ficamos sem ação. A
única explicação plausível é que infelizmente ainda não conseguimos cogitar das
coisas de Deus. Confesso que não é fácil falar sobre provações e aflições em um
tempo em que os pregadores, assim como Pedro e a esmagadora maioria, não
cogitam das coisas de Deus e sim das dos homens. As pessoas procuram meios para
fugir do sofrimento e resolver a qualquer custo os seus problemas. Esse
contexto, no entanto, me ensina que o único meio de encararmos a vida e as
dificuldades que nos acometem, é cogitar (refletir, meditar, pensar) das coisas
de Deus. “Os pensamentos e Caminhos de
Deus são infinitamente maiores que os nossos”. A terra é a arena da nossa
santificação, é lugar de lutas, de crescimento e de amadurecimento, não um
parque de diversões ou colônia de férias. Ninguém escapa das dores do
crescimento, nem física, nem emocionalmente. Meditemos sobre isso! Não dá para
seguir Jesus e seguir os padrões do mundo.
O erro de Pedro lá atrás foi pensar como
homem, desejando escapar do sofrimento e da morte. Na verdade é isso que todos
nós fazemos ante a perspectiva da dor ou da perda. Ele não cogitou dos
pensamentos de Deus, quanto ao que estava para acontecer. Pedro teve fé
suficiente para confessar que Jesus era o Filho do Deus vivo, mas não para crer
que era plano de Deus que Jesus sofresse e morresse. Para aceitar a cruz
precisamos negar a nós mesmos. A cruz representa o sofrimento temporário para
que alcancemos a glória da ressurreição. Seguir ao Cristo Vivo significa também
aceitar a cruz que nos é imputada. Essa cruz tem várias faces: Ela vem na forma
de uma enfermidade grave; da rebeldia de um filho; da incredulidade ou
indiferença de um cônjuge através dos quais exercitamos graça e misericórdia;
vem através das perseguições e ações demoníacas diretas ou indiretas. O fato é
que devemos clamar ao Senhor que mande mais graça sobre nós, para que sejamos
fortalecidos ao carregar cada um a nossa cruz e o sigamos sem desistir!
Perseverar é preciso!
Aquilo que o mundo considera ganho é perda para
Jesus e vice versa – “Pois quem quiser
salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa, a
encontrará. Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua
alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?” O Reino de Deus e
a sua justiça precisam estar sempre em primeiro lugar. Nada pode ter prioridade
na vida do cristão a não ser o próprio Cristo. Muitos têm se empenhado em
amealhar para esta vida, quando na verdade são pobres para com Deus. São míopes
espirituais que enxergam só o que está perto. Até quando desfrutaremos daquilo
pelo qual nos empenhamos tanto nesta vida? Nenhuma riqueza deste mundo compensa
a perda da nossa alma. Que possamos voltar para Deus como ele mesmo apela em Jr
4.1: “Se voltares, ó Israel, volta para
mim; se removeres as tuas abominações de diante de mim, não mais andarás
vagueando”. Nadia Malta
http://ocolodopai.blogspot.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário