sexta-feira, 7 de julho de 2017

Meditação/Nadia Malta/SIM, TEM DOÍDO MUITO, MAS VAI PASSAR!

SIM, TEM DOÍDO MUITO, MAS VAI PASSAR!

O Senhor é misericordioso e justo; o nosso Deus é compassivo. O Senhor protege os simples; quando eu já estava sem forças, ele me salvou. Retorne ao seu descanso, ó minha alma, porque o Senhor tem sido bom para você! Pois tu me livraste da morte, os meus olhos, das lágrimas e os meus pés, de tropeçar, para que eu pudesse andar diante do Senhor na terra dos viventes. Eu cri, ainda que tenha dito: "Estou muito aflito". Salmos 116.5-10.
                                                                                            


Este salmo embora esteja no rol dos anônimos consegue exalar certo aroma davídico através das declarações aqui encontradas. Em suas ações de graças por um livramento recebido o salmista declara a sua confiança no Senhor que o livrou da morte. O Senhor é Deus real que age e interage conosco. Ele se torna íntimo dos seres humanos aos quais escolheu para a sua excelsa glória.

O salmista começa o salmo declarando o seu amor pelo Senhor. Ele foi ouvido quando lhe fez a sua súplicas. Ele fala da sua experiência com o Senhor que é misericordioso, justo e compassivo. Ele protege aqueles que nele confiam, embora na hora do sofrimento a nossa fragilidade humana ache que não vamos ser socorridos a tempo. O salmista depois da agonia experimentada pede que sua alma volte ao seu Descanso, pois o Senhor tem sido bom para com ela. Ele teve livramento de morte. Teve seus olhos enxugados de toda lágrima e o Senhor impediu seus pés de tropeçarem fazendo-o andar retamente na terra dos viventes. Há motivo de sobra aqui para saltar de alegria!

Contudo, algo no relato do salmista chama a nossa atenção de um modo especial. É a declaração absolutamente sincera do versículo dez: “Eu cri, ainda que tenha dito: "Estou muito aflito". Quantas vezes não nos sentimos assim abatidos, sobrecarregados e aflitíssimos tentando lidar também com a questão de achar que exteriorizando a nossa dor estamos negando a fé! A grande diferença entre a aflição do justo e a do injusto é que apesar de ambas doerem do mesmo jeito, o segundo não tem com quem contar, enquanto o primeiro mesmo em lágrimas se refugia em Deus e espera nele. Ele tem certeza que o socorro virá!

Assim, ter fé não é fingir que não dói! Não é achar que somos super qualquer coisa. Na verdade, não somos super nada. O único e Verdadeiro Super aqui é o Super Deus ao qual servimos. Ter fé é a certeza daquilo que esperamos a firme convicção de fatos que ainda não são vistos, mas já são uma realidade no mundo espiritual, apesar de nós e das nossas dores. Contudo, dizer que estamos aflitos, que estamos atravessando momentos difíceis e que a nossa carne está gemendo pelos rigores das dores enfrentadas não nos faz menos confiantes. Apenas é uma declaração da nossa fragilidade humana, da nossa pequenez e da nossa profunda dependência do Deus que tudo pode e nada sonega aos que o buscam em verdade. Que possamos dizer com toda liberdade: Sim, tem doído muito, mas vai passar! Cura, Senhor onde dói! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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