SIM, TEM DOÍDO MUITO, MAS VAI PASSAR!
“O
Senhor é misericordioso e justo; o nosso Deus é compassivo. O Senhor protege os
simples; quando eu já estava sem forças, ele me salvou. Retorne ao seu
descanso, ó minha alma, porque o Senhor tem sido bom para você! Pois tu me
livraste da morte, os meus olhos, das lágrimas e os meus pés, de tropeçar, para
que eu pudesse andar diante do Senhor na terra dos viventes. Eu cri, ainda que
tenha dito: "Estou muito aflito". Salmos 116.5-10.
Este salmo embora esteja no rol dos
anônimos consegue exalar certo aroma davídico através das declarações aqui
encontradas. Em suas ações de graças por um livramento recebido o salmista
declara a sua confiança no Senhor que o livrou da morte. O Senhor é Deus real
que age e interage conosco. Ele se torna íntimo dos seres humanos aos quais
escolheu para a sua excelsa glória.
O salmista começa o salmo declarando o seu
amor pelo Senhor. Ele foi ouvido quando lhe fez a sua súplicas. Ele fala da sua
experiência com o Senhor que é misericordioso, justo e compassivo. Ele protege
aqueles que nele confiam, embora na hora do sofrimento a nossa fragilidade
humana ache que não vamos ser socorridos a tempo. O salmista depois da agonia
experimentada pede que sua alma volte ao seu Descanso, pois o Senhor tem sido
bom para com ela. Ele teve livramento de morte. Teve seus olhos enxugados de
toda lágrima e o Senhor impediu seus pés de tropeçarem fazendo-o andar
retamente na terra dos viventes. Há motivo de sobra aqui para saltar de
alegria!
Contudo, algo no relato do salmista chama a
nossa atenção de um modo especial. É a declaração absolutamente sincera do
versículo dez: “Eu cri, ainda que tenha
dito: "Estou muito aflito". Quantas vezes não nos sentimos assim abatidos,
sobrecarregados e aflitíssimos tentando lidar também com a questão de achar que
exteriorizando a nossa dor estamos negando a fé! A grande diferença entre a
aflição do justo e a do injusto é que apesar de ambas doerem do mesmo jeito, o
segundo não tem com quem contar, enquanto o primeiro mesmo em lágrimas se
refugia em Deus e espera nele. Ele tem certeza que o socorro virá!
Assim, ter fé não é fingir que não dói! Não
é achar que somos super qualquer coisa. Na verdade, não somos super nada. O
único e Verdadeiro Super aqui é o Super Deus ao qual servimos. Ter fé é a
certeza daquilo que esperamos a firme convicção de fatos que ainda não são
vistos, mas já são uma realidade no mundo espiritual, apesar de nós e das
nossas dores. Contudo, dizer que estamos aflitos, que estamos atravessando
momentos difíceis e que a nossa carne está gemendo pelos rigores das dores
enfrentadas não nos faz menos confiantes. Apenas é uma declaração da nossa
fragilidade humana, da nossa pequenez e da nossa profunda dependência do Deus
que tudo pode e nada sonega aos que o buscam em verdade. Que possamos dizer com toda liberdade: Sim, tem doído muito,
mas vai passar! Cura, Senhor onde dói! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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