CUIDADO, O QUE DÁ EM
CHICO PODE DAR EM FRANCISCO!
“Alegrem-se com os que se alegram; chorem com
os que choram. Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei
de Cristo”. Romanos 12.15; Gálatas 6.2.
É
interessante a sabedoria encerrada nos ditos populares! Nasci e me criei
ouvindo a mais vasta gama deles. O dito citado como título quer dizer que todos
estamos sujeitos às mesmas dores e sofrimentos. Ninguém pode se julgar incólume
às dores e sofrimentos terrenos. A cada
momento somos surpreendidos com situações que nos tiram o fôlego e o chão de
debaixo dos nossos pés. Mas percebemos a tendência de achar que coisas ruins só
acontecem aos outros até que a tragédia ou a dificuldade bate à nossa porta.
Nesses dias
fomos impactados com mais uma tragédia que vitimou uma jovem, assassinada pelo
seu companheiro. Algo que a mídia tem mostrado exaustivamente. Aqui nesta
situação há duas dores que não podemos perder de vista. Elas não são
excludentes! Ambas são legitimas! Uma é a dor atroz dos pais pela perda de uma
filha sentida pela família da vítima. Outra é a dor, igualmente devastadora dos
pais do autor da tragédia, somada à vergonha de ver um filho fazer o que aquele
moço fez. Tendemos a olhar só a primeira
dor e execrar a outra família. Por mais indignação que nos cause o episódio
ocorrido, não temos ideia da profundidade da dor causada no coração dos pais do
autor do homicídio. Ambas as famílias ficarão marcadas para sempre. E aí, só o
Senhor para trazer cura e refrigério.
O apóstolo
Paulo em ambos os textos citados fala do zelo que devemos ter pelo outro.
Choremos com ambas as famílias. Carreguemos em oração o fardo delas neste
momento de dor, vergonha, sensação de insegurança, desamparo e impunidade. O
Senhor é o restaurador por excelência, só ele para preencher o espaço vazio
deixado pela jovem no coração dos seus pais. Só o Senhor para sarar a ferida
aberta nos coração dos pais e familiares do autor do crime. Assim, sejamos
benignos, compassivos com esse sofrimento duplo. Somos todos iguais feitos do
mesmo barro! A dor que dá em Chico amanhã pode dar em Francisco! Ouvimos tanta
bobagem em nosso meio, tanto juízo de valor precipitado e inoportuno! Os pais
não têm culpa das escolhas dos filhos ou dos caminhos que eles resolvem trilhar.
“Cada um de nós dará contas de si mesmo a
Deus,” diz o apóstolo Paulo. Não coloquemos sobre essas famílias carga
sobre carga, nem tristeza sobre tristeza. Antes clamemos para que haja graça
sobre graça em ambos os lados.
Que o Senhor
nos livre das horas dos suores frios e dos sobressaltos. Que sejamos tornados
invisíveis aos olhos do mal. Que praga nenhuma possa chegar a nossa tenda.
Contudo, estejamos atentos ao sofrimento do nosso semelhante. Hoje é ele quem está
precisando das nossas orações e consolação, amanhã podemos ser nós os
necessitados delas. Conheço tantas famílias de servos do Senhor que já viveram
e ainda vivem momentos dramáticos de todo tipo de tragédias, sobretudo,
envolvendo filhos e netos. Que o Senhor nos ensine a nos colocar no lugar do
outro! Compaixão nunca é demais! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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