sábado, 22 de julho de 2017

Meditação/Nadia Malta/CUIDADO, O QUE DÁ EM CHICO PODE DAR EM FRANCISCO!

CUIDADO, O QUE DÁ EM CHICO PODE DAR EM FRANCISCO!

Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram. Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo”. Romanos 12.15; Gálatas 6.2.

                                                                                         


É interessante a sabedoria encerrada nos ditos populares! Nasci e me criei ouvindo a mais vasta gama deles. O dito citado como título quer dizer que todos estamos sujeitos às mesmas dores e sofrimentos. Ninguém pode se julgar incólume às dores e sofrimentos terrenos.  A cada momento somos surpreendidos com situações que nos tiram o fôlego e o chão de debaixo dos nossos pés. Mas percebemos a tendência de achar que coisas ruins só acontecem aos outros até que a tragédia ou a dificuldade bate à nossa porta.

Nesses dias fomos impactados com mais uma tragédia que vitimou uma jovem, assassinada pelo seu companheiro. Algo que a mídia tem mostrado exaustivamente. Aqui nesta situação há duas dores que não podemos perder de vista. Elas não são excludentes! Ambas são legitimas! Uma é a dor atroz dos pais pela perda de uma filha sentida pela família da vítima. Outra é a dor, igualmente devastadora dos pais do autor da tragédia, somada à vergonha de ver um filho fazer o que aquele moço fez.  Tendemos a olhar só a primeira dor e execrar a outra família. Por mais indignação que nos cause o episódio ocorrido, não temos ideia da profundidade da dor causada no coração dos pais do autor do homicídio. Ambas as famílias ficarão marcadas para sempre. E aí, só o Senhor para trazer cura e refrigério.

O apóstolo Paulo em ambos os textos citados fala do zelo que devemos ter pelo outro. Choremos com ambas as famílias. Carreguemos em oração o fardo delas neste momento de dor, vergonha, sensação de insegurança, desamparo e impunidade. O Senhor é o restaurador por excelência, só ele para preencher o espaço vazio deixado pela jovem no coração dos seus pais. Só o Senhor para sarar a ferida aberta nos coração dos pais e familiares do autor do crime. Assim, sejamos benignos, compassivos com esse sofrimento duplo. Somos todos iguais feitos do mesmo barro! A dor que dá em Chico amanhã pode dar em Francisco! Ouvimos tanta bobagem em nosso meio, tanto juízo de valor precipitado e inoportuno! Os pais não têm culpa das escolhas dos filhos ou dos caminhos que eles resolvem trilhar. “Cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus,” diz o apóstolo Paulo. Não coloquemos sobre essas famílias carga sobre carga, nem tristeza sobre tristeza. Antes clamemos para que haja graça sobre graça em ambos os lados.

Que o Senhor nos livre das horas dos suores frios e dos sobressaltos. Que sejamos tornados invisíveis aos olhos do mal. Que praga nenhuma possa chegar a nossa tenda. Contudo, estejamos atentos ao sofrimento do nosso semelhante. Hoje é ele quem está precisando das nossas orações e consolação, amanhã podemos ser nós os necessitados delas. Conheço tantas famílias de servos do Senhor que já viveram e ainda vivem momentos dramáticos de todo tipo de tragédias, sobretudo, envolvendo filhos e netos. Que o Senhor nos ensine a nos colocar no lugar do outro! Compaixão nunca é demais! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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