QUEM FAZ A OBRA É O ESPÍRITO DE DEUS!
“Esta
é a palavra do Senhor para Zorobabel: ‘Não por força nem por violência, mas
pelo meu Espírito’, diz o Senhor dos Exércitos”. Zacarias 4.6.
O livro do profeta Zacarias é cheio de
visões. Ele foi levantado por Deus em um dos momentos mais dramáticos do povo
do Senhor, que foi o cativeiro de Babilônia. Era um contemporâneo mais novo do
profeta Ageu. Zacarias fala da obra redentora de Deus no meio do seu povo
escolhido. A leitura deste livro é sempre oportuna. Contudo, não é sobre esta
situação histórica que gostaria de meditar hoje, mas sobre o princípio que o
versículo encerra.
Tiago em sua epístola nos ajuda a entender
o princípio referido trazendo mais luz sobre ele. Ele diz “A ira do homem não produz a justiça de Deus!”. É exatamente sobre
isto que gostaríamos de meditar no dia de hoje. Gostaria de falar de um modo
especial aos queridos que se desgastam desnecessária e inutilmente para que
seus entes queridos recebam a mensagem da cruz. E no afã de querer “converter” tem
se cometido as maiores loucuras. Sobretudo, a insistência em lançar versículos
disparados à queima roupa e à esmo, muitas vezes escolhidos mais pela ira
humana que pela ação do Espírito. Resultado? Afastamento muitas vezes
irremediável. O que podemos fazer em prol dos que ainda não conhecem o Cristo é
orar por eles e anunciar o Cristo, sobretudo, com o testemunho de uma vida
transformada. Não somos “convertedores”, somos apenas semeadores. Quem faz a
obra é o Espírito de Deus!
Conheci uma moça há alguns anos atrás que
era portadora de um câncer recorrente e muito agressivo. Ela tinha duas filhas
gêmeas, na época com oito anos de idade. Morava em uma das cidades da nossa
região metropolitana. Ela era paciente de minha filha, que a atendia em um
espaço reservado de nossa casa. Depois de uma das sessões de psicoterapia.
Minha filha me pediu que conversasse com ela. Depois de me certificar se ela
gostaria de conversar comigo, fui ter com ela. Foi a pessoa de olhos mais
tristes que conheci na vida. Ali, ela teve a oportunidade de me contar a sua
história, e pude entender a razão da tristeza em seu olhar. Aquela mulher fora
“evangelizada” da maneira mais estúpida que se possa imaginar. Aqueles que a
abordaram cometeram o absurdo de dizer que aquela enfermidade era castigo pelos
seus pecados. E mais, que ela iria para o inferno se não “aceitasse” Jesus! A
partir daquele dia tivemos muitas conversas sobre o amor redentor de Jesus e
sobre seu cuidado amoroso.
Nos encontros que se seguiram e foram
vários ela começou a se desarmar e, sobretudo, a se encantar com o Cristo que
fora a ela apresentado. Resultado? Uma entrega linda da vida ao Senhor. Alguns
meses depois aprouve ao Senhor levá-la para a glória! Algo chamou a minha
atenção no dia do sepultamento. Fui chamada pelo marido a pedido dela, antes de
partir, para fazer a cerimônia fúnebre. E ao chegar ao velório ela tinha um
sorriso estampado no rosto. Uma das coisas ditas a ela em nossos encontros foi
que “a alegria do Senhor é a nossa força!”.
Ela teve o privilégio de se encontrar com a verdadeira alegria e não foi por
força nem por violência, mas pela ação graciosa do Espírito Santo de Deus! Ao
Senhor toda honra e toda glória. Sejamos benignos e compassivos! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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