BORBOLETAS E FLORES!
Encantei-me com uma frase que li recentemente, desconheço a autoria. Só
sei que não é minha! A frase dizia: “Borboleta parece flor que o vento tirou
pra dançar!”. Só uma alma sensível poderia captar essa imagem. A frase tem “borboleteado”
em minha mente. Lindo demais!
Borboletas remetem a transformação. E transformação invariavelmente
pressupõe dores. É incrível como algo que se torna tão belo, surge de forma tão
dolorosa. É a lagarta que se revolve dentro do seu casulo até conseguir seu
intento. Tornar-se uma linda borboleta! Lagarta que não se esforça jamais
chegará à condição de borboleta. E o interessante é que nenhum agente externo
pode ajudá-la. São as inevitáveis dores do crescimento pelas quais passamos
todos.
Na verdade, se pararmos para pensar descobriremos que estamos sempre passando
por um processo transformador que leva a uma mudança efetiva. Somos lagartas e
borboletas muitas vezes até completarmos a nossa jornada por esta terra. Esse
processo nos atinge por inteiro, física, emocional e espiritualmente. O grande
problema é que olhamos só o que está perto e a primeira reação é nos livrar dos
agentes dolorosos. Esquecemos que eles são instrumentos de fortalecimento e de
grandes transformações. Sempre para melhor! O propósito das dores de hoje só entenderemos
amanhã!
Em tempos de busca do prazer pelo prazer é difícil falar de dores, mas
elas são inevitáveis! Ah, se encarássemos nossos processos transformadores com
outros olhos! Sem tantos dramas, aliás, não gosto dos dramas. Prefiro as
comédias! Se percebêssemos quão necessárias são essas dores que nos dilaceram!
Olhando para trás, não numa perspectiva saudosista, mas de aprendizado
descobrimos que se chegamos até aqui é porque o treinamento valeu a pena! É
como soldados arregimentados sendo treinados para o combate!
Desde que nascemos que vamos sendo preparados, treinados e fortalecidos
para liberar as borboletas que vivem dentro de nós. Contudo, muitos estagnaram.
Coitados! Preferiram continuar como lagartas escondidas em seus casulos. Tinham
tanto a doar emocional, profissional e relacionalmente, mas sabotaram o próprio
processo de crescimento. Era mais cômodo continuar como lagartas escondidas!
Como diria meu marido: “É a lei do menor esforço, ou da maior preguiça!”.
Crescer dá trabalho! Essas pessoas tornam-se ácidas, críticas, tóxicas! Acabam
sozinhas. Sabem sempre o que os outros devem fazer, mas elas nunca fazem!
Que bom que há os que querem crescer, os que não se importam com as
dores, os que se arriscam. Viver é correr riscos. Esses voam alto, bem alto e
fazem a diferença nesta terra tão árida de encantos! A esses, o vento espera e elegantemente
os tira para dançar! Borboletas são sim, flores dançantes! Que seja assim
conosco! Nadia Malta.
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