Objetivo: Estimular a igreja a continuar orando por todos aqueles que ainda estão distantes de Deus, mesmo que pareçam irrecuperáveis.
Idéia Central do Texto:
Esse capítulo mostra a história do rei Manasses de Judá, cujo reinado foi o mais desastroso por causa da sua impiedade.
A idéia central aqui é evidenciar que a graça irresistível de Deus pode alcançar o mais vil pecador, mesmo que aos olhos humanos ele pareça irrecuperável.
Vamos tentar entender melhor este relato. Manassés foi o 13º rei de Judá, era filho do rei Ezequias, que foi um homem bom e piedoso e fez o que era reto perante o Senhor. Ele começou a reinar com 12 anos e reinou por 55 anos em Judá; teve um período de co-regencia com seu pai Ezequias.
Seu nome Manassés significa “aquele que esquece” – e foi exatamente o que ele fez, esqueceu-se do Senhor à despeito de tudo que viu e ouviu com a piedade do seu pai, fez o que era mau perante o Senhor. Embora em sua vida tenha tido muitos privilégios e oportunidades, desperdiçou tudo. Era um rebelde sem causa como tantos que vemos em nossos dias e enveredou por um caminho de malignidade.
Introdução:
Os noticiários, bem como a própria história geral nos dão conta do enorme rol de homens e mulheres malignos: assassinos, feiticeiros, monstros pervertidos, traficantes, estupradores, déspotas sanguinários, traidores, parricidas, matricidas, pedófilos, seqüestradores, canibais. A lista, na verdade é interminável. É difícil para nós imaginar os responsáveis por crimes e tragédias salvos em Cristo. Pois, afirmo que teremos grandes surpresas no céu!
Quando ouvimos menção dessas pessoas e suas práticas malignas, a nossa reação é de indignação e nossa tendência é de achar que não há salvação para elas. Julgamos e condenamos sumariamente porque duvidamos da graça de Deus, bem como do poder regenerador do Espírito Santo. Na verdade a graça de Deus só se discerne pelo Espírito de Deus.
A história do rei Manasses, nos dá a impressão que foi registrada nas páginas da Bíblia Sagrada para mostrar que a graça de Deus é infinitamente maior e mais poderosa que o pior pecado que o homem possa cometer. O Apóstolo Paulo em Rm 5.20 diz: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça”.
AFINAL, QUAIS OS PECADOS DE MANASSÉS?
- Ele liderou o povo a pecar contra Deus - vs.2,9: “Fez o que era mau perante o SENHOR, segundo as abominações dos gentios que o SENHOR expulsara de suas possessões, de diante dos filhos de Israel. Manassés fez errar a Judá e os moradores de Jerusalém, de maneira que fizeram pior do que as nações que o SENHOR tinha destruído de diante dos filhos de Israel”
- Ele usou a sua influência para desviar as pessoas de Deus. Ele levou a nação a fazer pior que as nações pagãs. Prostrou-se diante de todo o exército dos céus. Era um viciado em astrologia.
- Ele profanou a casa de Deus – vs. 4, 5,7: “Edificou altares na casa do Senhor, da qual o Senhor tinha dito: Em Jerusalém, porei o meu nome para sempre. Também edificou altares a todo o exército dos céus nos dois átrios da Casa do SENHOR. Também pôs a imagem de escultura do ídolo que tinha feito na Casa de Deus, de que Deus dissera a Davi e a Salomão, seu filho: Nesta casa e em Jerusalém, que escolhi de todas as tribos de Israel, porei o meu nome para sempre”.
- Ele introduziu ídolos abomináveis no templo do Senhor. Profanou e insultou a santidade de Deus.
3. Ele transformou-se num feiticeiro – v.6: “queimou seus filhos como oferta no vale do filho de Hinom, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro, praticava feitiçarias, tratava com necromantes e feiticeiros e prosseguiu em fazer o que era mau perante o SENHOR, para o provocar à ira”.
- Chegou ao ponto de sacrificar seus próprios filhos queimando-os vivos a Moloque (deus pagão). Era adivinho e agoureiro. Tratava com necromantes. Consultava os demônios que se faziam passar pelos mortos.
- Ele derramou muito sangue inocente – II Rs 21.16: “Além disso, Manassés derramou muitíssimo sangue inocente, até encher Jerusalém de um ao outro extremo, afora o seu pecado, com que fez pecar a Judá, praticando o que era mau perante o SENHOR”
- Alem de matar seus próprios filhos, ainda matava os filhos dos outros em sacrifícios intermináveis. O historiador Flávio Josefo diz que todos os dias se sacrificavam pessoas em Jerusalém por ordem de Manassés. Foi esse rei sanguinário e perverso que mandou cerrar ao meio o profeta Isaías, segundo historiadores.
A IMPIEDADE DE MANASSÉS SUSCITOU O JUIZO DE DEUS SOBRE ELE E SEU POVO Vs. 10-12:
1. A Advertência de Deus – v.10: “Falou o SENHOR a Manassés e ao seu povo, porém não lhe deram ouvidos”
- Deus o alertou, disciplinou, enviou-lhe profetas, mas ele e o povo endureceram o coração. Diz o sábio ditado: “Quem não ouve cuidado, ouve coitado!”. Foi o que aconteceu com Manasses que pagou um alto preço por sua rebelião e desobediência.
2. A prisão de Manasses – v.11: “Pelo que o SENHOR trouxe sobre eles os príncipes do exército do rei da Assíria, os quais prenderam Manassés com ganchos, amarraram-no com cadeias e o levaram à Babilônia”
- Ele é arrancado do trono, preso com ganchos e levado cativo para Babilônia. Babilônia era o centro da feitiçaria do mundo, mas os ídolos aos quais Manasses servira não puderam ajudá-lo.
3. A angustia de Manasses – v.12: “Ele, angustiado, suplicou deveras ao SENHOR, seu Deus, e muito se humilhou perante o Deus de seus pais”
- O desespero e a angustia profunda de alma o fizeram lembrar que existe o Deus verdadeiro e dele não se zomba.
SERÁ QUE HÁ SAÍDA PARA O REI MANASSES? É POSSÍVEL A CONVERSÃO DE UMA PESSOA DESSA? A GRAÇA DE DEUS RESPONDE QUE SIM – VS.12-16:
- A humilhação de Manasses – v.12
- A genuína conversão começa com arrependimento que é a tristeza segundo Deus, que produz vida.
- Manasses muito se humilhou perante o Deus de seus pais; o único e verdadeiro Deus.
- A maravilhosa graça de Deus em ação – v.13: “fez-lhe oração, e Deus se tornou favorável para com ele, atendeu-lhe a súplica e o fez voltar para Jerusalém, ao seu reino; então, reconheceu Manassés que o SENHOR era Deus”
- Deus é rico em perdoar. Embora abomine o pecado, ele ama o pecador arrependido. O Senhor ouviu o clamor de Manasses e atendeu-lhe a oração, fazendo-o voltar ao seu trono. Aquele homem que passara a vida inteira invocando demônios e levantando altares a deuses pagãos, na hora do aperto, do sofrimento cai em si, clama ao verdadeiro Deus e o Senhor o socorre.
- As provas do arrependimento de Manasses – vs. 13-16:
- Manasses reconheceu que o Senhor era Deus – v.13 – os olhos dele foram desvendados.
- Edificou o muro de fora da cidade – v.14
- Ele lançou fora todas as abominações que havia colocado na casa do Senhor – v.15
- Ele derrubou os altares pagãos e restaurou o altar do Senhor. Ordenou o povo a servir somente ao Senhor. Aleluia!
O QUE ESSA HISTÓRIA NOS ENSINA?
- A piedade dos pais não garante a salvação dos filhos. A salvação é pessoal e intransferível.
- Não há impiedade ou grau de pecado que esteja além do alcance da graça e do perdão de Deus.
- Você que recebe esta palavra, não endureça o seu coração. Não espere uma tragédia para voltar-se para Deus.
- Um coração sinceramente arrependido recebe perdão e salvação. Pecado confessado é pecado perdoado, pecado perdoado é pecado apagado.
Aleluia, Amem!
Sermão/ Pra. Nadia Malta em 16.09.12 – nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com ; http://ocolodopai.blogspot.com
Este material pode ser reproduzido para fins de evangelismo e edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.
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