.QUEM É O VERDADEIRO SENHOR QUE REINA SOBRE A SUA VIDA?
O problema da infidelidade do povo de Deus não é novo. Mesmo em nossos dias, conseguimos enxergar essa prática maligna, dentro de lares ditos cristãos. Entre batizados e professos. A tendência de relegar o Senhor a um segundo plano ou mesmo abandoná-lo é antiga. Por isso vale parar e tentar responder a pergunta-título deste artigo.
Há uma passagem do livro de Josué no capítulo vinte quatro, versículo quinze que nos dá conta dessa triste realidade. Ali encontramos o general Josué no final de sua vida e ministério advertindo o povo de Deus a andar em fidelidade ao Senhor e diante de todo o Israel ele brada seu posicionamento: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor!”. O Espírito de Deus espera que façamos a mesma coisa. Tudo que precisamos fazer é confiar tão somente nele, recorrer somente a ele, esperar inteiramente nele e priorizá-lo sempre, esta é nossa parte na aliança. O Israel do passado havia se acostumado aos hábitos dos egípcios e aqui e acolá voltava às práticas antigas, mas e quanto a nós, será que não fazemos a mesma coisa? O que nos faz pensar que o Senhor vai requerer de nós menos do que requereu do Israel passado?
Há um só Deus, que se manifesta em três pessoas distintas e inseparáveis: Pai, Filho e Espírito Santo. Qualquer pessoa, objeto ou coisa que coloquemos em nossos altares particulares, ferirá nossa devoção e fidelidade ao Senhor. A fidelidade para Deus é exclusiva e inegociável. Ou Servimos ao Senhor ou a outros deuses, não dá para misturar as estações.
A tendência à idolatria não é uma prática apenas do Israel daqueles dias, acontece também conosco hoje, quando idolatramos líderes, homens e mulheres considerados santos. Reis e rainhas da mídia. Astros e estrelas. Dinheiro e bens materiais. Elementos da natureza e tantas outras coisas tolas. Ainda há aqueles que idolatram familiares: esposas, maridos, filhos, pais, mães, irmãos que são absolutamente priorizados por muitos sob a pretensa capa de espiritualidade. E Jesus diz que quem age assim não é digno dele. Deixemos a hipocrisia de lado e confessemos ao Senhor nossos ídolos. Há aqueles que são capazes das maiores loucuras para agradar esses ídolos mesmo em detrimento do Senhor, como mentir, se endividar, magoar outras pessoas, desde que não contrariem aquele familiar endeusado.
A grande verdade é que cada um tem sim, os seus ídolos de estimação, entronizados em oratórios secretos bem no fundo do coração. É hora de parar e olhar para Jesus Cristo como o Senhor absoluto de nossa vida e nessa perspectiva manifestar três atitudes: Temer ao Senhor, Servi-lo e Priorizá-lo sempre, confessando as nossas detestáveis idolatrias.
Temer ao Senhor não significa sentir medo de Deus, mas uma profundíssima consciência, de sua presença aonde quer que estejamos. Agimos como se Deus estivesse apenas dentro das quatro paredes da igreja visível. Ali, oramos, cantamos, usamos cacoetes e jargões pentecostais e vamos seguindo entre aleluias e prevaricações na fronteira do reino de Deus com o reino das trevas, adotando a linguagem e os hábitos de ambos. Até quando coxearemos entre dois mundos? Quando os nossos temores em relação àquilo que nos rodeia ou aos nossos ídolos se agigantam, é sinal que perdemos o temor de Deus.
No Reino de Deus não há servos temporários, o contrato, dura por toda a eternidade. A decisão de servi-lO não é uma brincadeira emocional, é algo para toda a vida presente e futura. Ai daqueles que brincam de servir. Josué afirma no capítulo mencionado que essa decisão deve ser feita com integridade e fidelidade. Deus não aceita corações divididos, a rendição precisa ser plena e total.
Muitos querem servir ao Senhor e ao dinheiro ou querem um Deus self–service, que ao um simples comando atenda seus desejos egoístas, como se o Senhor fosse uma daquelas radiolas antigas que se colocava uma moeda e ela soltava uma música. A medida do ter de alguns nunca enche. Quando não são atendidos, agem como crianças mimadas, batem o pé e dizem: “Não quero mais saber desse Deus”. Enquanto o Apóstolo Paulo diz em Fp 1.21: “Porquanto, para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”, muitos são adeptos do “Para mim o viver é lucro e o morrer é Cristo”, ou seja, na terra querem desfrutar de seus prazeres e ter Cristo só na eternidade.
Alguns ainda tentam espiritualizar seus desejos carnais, sua cobiça com uma maquiagem de fidelidade, dizendo: “Ah, eu quero que Deus me abençoe, com muito dinheiro para eu poder contribuir para a sua obra” – tudo mentira! E Deus conhece tanto as verdadeiras intenções daquele coração hipócrita que fecha a porta, dando somente o necessário. A quem queremos servir, afinal? A quem achamos que estamos enganando, a Deus? Certamente que não!
Josué fez a escolha certa. Será que nós podemos bradar como Josué e ainda que pela fé dizer: “Eu e a minha casa serviremos ao senhor”? Ninguém é obrigado a servir a Deus, a entregar-se a Ele, mas se fez essa escolha, ela deve ser com integridade, de forma plena, “porque, de Deus não se zomba”. Escolher a Deus significa dar a ele a primazia em todas as coisas, priorizá-lo em tudo. Muitos vão às igrejas e aos centros espíritas, vão as reuniões de oração e às cartomantes, pedem para ser ungidos com o santo óleo e depois vão beber água fluidificada, sentam à mesa do Senhor e a mesa dos demônios. Depois choram lamentando a vitória que não vem. O que querem afinal?
Viver na fronteira entre o reino das trevas e o Reino da Luz pode comprometer a nossa cidadania. Isso valia para aqueles dias e vale para os dias de hoje. Ninguém serve a dois senhores com a mesma fidelidade. Essa decisão deve ser consciente e permanente para se tornar restauradora e libertadora. O povo então, tocado pelas palavras ungidas de Josué, declarou: “Longe de nós, o abandonarmos o Senhor”. Façamos a mesma declaração, mas com inteireza de coração! Esperamos um avivamento, mas ele só virá quando entregarmos o senhorio absoluto de tudo que diz respeito a nós, ao Senhor Jesus Cristo.
Passei outro dia por uma igreja e tinha escrito em letras garrafais bem no alto: JESUS CRISTO É O SENHOR! Será que é mesmo? Será que podemos declarar de forma retumbante: Jesus é o Senhor da minha vida, Senhor do meu dinheiro, Senhor do meu relacionamento conjugal, Senhor das minhas negociações, Senhor da minha família, Senhor do meu tempo, Senhor da minha palavra, Senhor da minha língua, Senhor dos meus hábitos, Senhor dos meus pensamentos, Senhor dos meus bens, Senhor, Senhor, Senhor?
Precisamos restaurar o temor do Senhor em nosso coração, que é o princípio da sabedoria. Pense nisso sempre que tiver que sair e entrar, ir e vir. Deitar e levantar, comprar e vender. Trabalhar, se divertir ou se relacionar. Lembre-se: não há um só lugar em que possamos nos esconder de Deus. Afinal, quem É o Senhor que reina sobre a sua vida?
Artigo/Pra. Nadia Malta – nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; http://ocolodopai.blogspot.com
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