ESCONDIDOS EM DEUS!
Onde temos procurado refúgio em tempos de assolação, quando o mundo parece prestes a ruir? A grande verdade é que todos nós precisamos de um lugar de refúgio e só existe um lugar seguro onde podemos nos abrigar, este lugar é o próprio Deus. Quando pensamos em esconderijo é impossível não pensarmos no salmo 91 tão citado e tão pouco compreendido. Como podemos entrar neste Esconderijo?
As pessoas que procuram diariamente os gabinetes pastorais das igrejas precisam discernir esta verdade: A intimidade com o Senhor e a nossa obediência a ele é a grande senha para entrarmos no Esconderijo do Altíssimo e ali habitarmos para todo o sempre.
Muitos no meio do povo de Deus têm tentado de forma frustrada se identificar com o Jó da Bíblia no tocante a seus sofrimentos, alegando que à semelhança daquele servo do Senhor, o que eles têm experimentado nesta vida, são testes de Deus quanto a sua fé. Jó era alguém de quem o próprio Deus dava testemunho. Será que o Senhor pode testemunhar positivamente a nosso respeito? Ouso afirmar, sem nenhum medo de errar, que não há nem um só Jó em nosso meio. O que há na verdade, é tão somente o resultado de escolhas malditas, temperamentos empedernidos e atitudes contumazes de rebelião de nossa parte. O profeta Jeremias resume este quadro em Lamentações 3.39,40 ele diz: “Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um de seus próprios pecados. Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los e voltemos para o Senhor”.
O Esconderijo do Altíssimo é o lugar da segurança do crente. Se o visitarmos apenas de vez em quando, encontraremos refúgio apenas de vez em quando, mas, se habitarmos nele, descansaremos à Sombra do Onipotente e nada nos poderá abalar como diz o salmista.
A Fé genuína em Deus leva a uma vida íntima de comunhão, oração, obediência e adoração em todo o tempo. A parte mais importante da vida do cristão é aquela que somente Deus pode ver. A vida “oculta” de comunhão, oração e adoração simbolizada pelo Santo dos Santos no santuário do tabernáculo e do Templo em Israel. Não estamos propondo aqui uma religião de mistérios, mas uma preservação da nossa intimidade com Deus. O que acontecia no Santo dos Santos só dizia respeito a Deus e ao sacerdote, ninguém precisava ficar sabendo. Que nossos momentos de intimidade com ele não sirvam de marketing da nossa própria espiritualidade. Sejamos reservados quanto a isso!
Deus é o nosso refúgio e fortaleza, consolo presente em nossa tribulação, diz outro salmista. Ele nos esconde, prepara e fortalece depois nos manda de volta ao campo de combate a fim de lhe servir em meio às lutas da vida e testemunhar para que o seu nome seja glorificado. O lugar mais seguro da terra é uma sombra, não uma sombra qualquer, mas a Sombra do Onipotente. Por meio de Jesus Cristo encontramos descanso para as nossas almas. Ele é o nosso Sabbat.
Jesus nos evangelhos usa a figura dos pintinhos se escondendo sob as asas da galinha para descrever a proteção conferida pela salvação e o salmista a descreve como um lugar de abrigo sob a proteção do Todo Poderoso. Precisamos ter consciência desse lugar que na verdade é uma pessoa: JESUS, O CRISTO de Deus. Nada, nem ninguém poderá nos atingir ou arrebatar de suas mãos, se estivermos nele verdadeiramente.
A vida íntima de adoração, comunhão, oração e obediência permitem uma vida pública de autoridade e serviço. Aqueles que habitam no Senhor permanecem seguros quando estão fazendo a sua vontade. Até que tenham completado o seu trabalho, os servos do Senhor são indestrutíveis.
A Paz de Deus nos leva a uma vida protegida, em segurança, pois por baixo de nós estão os braços eternos, ainda que morramos há esperança. Não estamos sozinhos na prática da vida “oculta” de comunhão, oração, obediência e adoração. Escondidos em Deus, o próprio Senhor visita as nossas inadequações, nos dando estratégias de ação em nossa caminhada mesmo cambaleantes como crianças assustadas.
Não precisamos temer, pois o Senhor ordena aos seus anjos que nos guardem. Ah, se compreendêssemos a profundidade do “Não temas” de Deus, providenciado para cada dia do ano!
Naqueles dias as viagens eram muito arriscadas (o que não é muito diferente das cidades grandes dos nossos dias, com a violência ao nosso redor). O salmista fala de perigos concretos: o “terror noturno”, “seta que voa de dia”, “peste que se propaga nas trevas”, “mortandade que assola ao meio dia”. Todos esses perigos que assolavam o peregrino daqueles dias assolam o peregrino de hoje, mas o mesmo Deus que livrou o do passado livra o de hoje.
O Amor a Deus gera uma vida de contentamento. Tem faltado alegria no coração dos crentes. O Senhor falou e anunciou o que faria por aqueles de seu povo que verdadeiramente o amavam e o reconheciam por meio de uma vida de intima obediência, oração, comunhão e adoração. Dentre as bênçãos prometidas estão o livramento, a proteção e a longevidade. Deus tem o poder de acrescentar mais anos à nossa vida e fazer esses anos valerem a pena para louvor da sua glória. Os dias são maus, que nos apressemos para entrar nesse Esconderijo e ali habitar para todo o sempre!
Artigo/Pra. Nadia Malta – nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; http://ocolodopai.blogspot.com;@ICMBetel
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