QUE SEJAMOS AGRADECIDOS!!
“Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos”. Colossenses 3.15.
O contexto todo aqui fala
da necessidade de cultivarmos virtudes no convívio em comunidade. Sabemos que
não é fácil nos relacionarmos por causa das diferenças, mas são exatamente
essas diferenças que lixam as nossas arestas. Elas nos ajudam a crescer. E esse
é um trabalhar recíproco, aliás, o contexto fala de mutualidade, reciprocidade.
No versículo citado depois do apóstolo Paulo trazer algumas ordenanças, ele
continua dizendo de modo imperativo: Que a paz de Cristo seja o árbitro, o juiz
no coração dos seus ouvintes. Fomos chamados em um só corpo. Fazemos parte
desse corpo; e Ele ordena a gratidão tão negligenciada em nosso meio. “e sede
agradecidos”. O Dr. Shedd ao comentar esse texto ele diz com maestria: “Quando
Cristo é tudo em todos: As divisões desaparecem; As mais apreciadas virtudes
aparecem; A Compreensão e o perdão têm êxito; A paz e a Gratidão dominam o
coração; A vida se torna testemunhal e Deus é plenamente glorificado”
Como tem sido difícil viver
em comunhão, sobretudo, nos lares e na igreja. Quanta gente contenciosa em
nosso meio! São os que não conseguem desfrutar da paz que excede todo o
entendimento. Por que será que isso acontece? Tenho algumas percepções acerca
disso, mas não gostaria de me ater a elas. Gostaria de fazer aqui uma chamada a
que reflitamos sobre as nossas posturas no convívio com os irmãos dentro das
comunidades. Quantos anjos humanos o Senhor tem usado para nos abençoar e não
nos damos contas disso! Lendo esse versículo do apóstolo Paulo algo que me
chama a atenção é o seu desfecho. Ele ordena de maneira imperativa àqueles seus
leitores que sejam agradecidos! Isto significa que a ingratidão assim como em
nossos dias deveria ser uma constante no meio da irmandade. O cultivo da
ingratidão compromete a paz e a comunhão entre os irmãos. O Senhor tem
levantado pessoas para as mais diferentes situações que nos dizem respeito.
Contudo, se de um lado dessa cadeia está o receptor das bênçãos do outro está o
instrumento de doação delas. Nunca imaginamos que o doador também precisa
receber.
Viver em comunhão é um
exercício de reciprocidade continuo. O amor de Deus é incondicional, mas o amor
humano é troca. Já falamos outras vezes sobre um dito da sabedoria popular que
ilustra bem esta questão: A ingratidão mata a afeição. E quanta afeição
assassinada pelas ingratidões daqueles aos quais nos doamos! Muito triste essa
realidade, sobretudo, em se tratando do povo que mais deveria demonstrar
gratidão sobre a terra! O ingrato é um eterno insatisfeito. Ele acha que todos
têm obrigação com ele. E jamais reconhece o valor da dádiva, muito menos do
Doador dela. O ingrato é um vitimista patológico. Quando ele não consegue o que
quer, usa o coitadismo para fazer a chantagem emocional. O que aprendemos aqui?
A Bíblia está cheia de mandamentos da mutualidade. “Amai-vos cordialmente uns
aos outros”. “Levai as cargas uns dos outros”.
“Suportai-vos uns aos outros”.
“Perdoai-vos mutuamente” só para citar alguns, a lista é longa. O problema é que a maioria só quer ocupar um
lado, o do receptor das bênçãos. São poucos os que se dispõem a doar ou se
doar! Que tal começarmos o novo mês com o propósito de sermos gratos pelas
dádivas recebidas! E sobretudo, pelo Doador delas que não poupa instrumentos
para nos abençoar. Nadia Malta
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