TEMPO DE FAXINA EM NOSSOS CORAÇÕES!
https://www.youtube.com/watch?v=u-GIoLFLMuU
“Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo”. Efésios 4.31,32.
Talvez a mais difícil lição da vida cristã
seja o perdão aos semelhantes. Recebemos o perdão de Deus, mas invariavelmente
sentimos dificuldade em perdoar os nossos ofensores. Mesmo ouvindo tantas
exortações no sentido de perdoar da parte do nosso Deus. E quanto mais intima é
a relação com o ofensor mais difícil se torna o ato perdoador. O Texto citado
nos traz algumas orientações nesse sentido: Livrar-nos de tudo que pressupõe
acúmulo de maldade. Sejamos bondosos e compassivos uns com os outros.
Perdoemo-nos mutuamente assim como Deus nos perdoou em Cristo. Aqui acolá
estamos falando neste assunto, que tem se tornado recorrente neste espaço.
Estamos trabalhando com um grupo de mulheres a questão delicada e complexa da
cura emocional. E a cada dia que passa nos convencemos que a nossa cura passa
inevitavelmente pelo perdão liberado àqueles que nos ofenderam, machucaram e
ainda continuam machucando. O ano está findando e é tempo de faxina, de jogar
fora os entulhos e aquilo que é imprestável. Alimentos, remédios com validade
vencida e tudo que tem ocupado inutilmente os nossos espaços vai tudo para o
lixo. Devemos fazer isso exterior e interiormente. E quanto aqueles sentimentos
represados no peito? Estes sem dúvida são o pior tipo de entulho.
As coisas e locais limpamos com água e sabão.
E os sentimentos tóxicos com a Água Viva do perdão, aprendido com o Cristo! Só
o perdão genuíno limpa purifica e higieniza os nossos porões. O apóstolo Paulo
e tantos outros autores bíblicos são porta-vozes de Deus também nessa questão.
O texto citado, por exemplo, fala da necessidade de nos livrarmos de toda
amargura, indignação e ira, gritaria, calunia e de toda maldade. Ali somos
instados a ser bondosos e compassivos uns com os outros, perdoando-nos
mutuamente assim como Cristo nos perdoou. Ele é sempre o nosso paradigma, o
modelo. Ouvi certa vez uma história sobre perdão que tocou e aqueceu o meu
coração. E são situações como esta que passarei a relatar que nos fazem
acreditar que não há impossíveis para o Senhor. Quando ele entende de agir na vida de alguém ninguém pode
frustrar seus planos. Conheci uma jovem. Aos dezessete ele foi vítima de uma
ação maligna do próprio pai. Ele com ciúmes de sua mãe contratou um sujeito
para matar a esposa. Quando o tal
matador chegou ao local encontrou a jovem, muito parecida com sua mãe e ainda
vestida com uma roupa dela. Essa jovem tomou vários tiros quase à queima roupa
no lugar de sua mãe. Ela ficou vários dias entre a vida e a morte e saiu daquela
situação ficando ainda com uma bala alojada nas costas.
Creio que aquele projétil permaneceu ali como
um memorial daquela superação, daquilo que o Senhor operou nela! Essa jovem
mesmo tendo passado pelo vale da sombra da morte perdoou seu algoz, que é
também seu pai. O acontecimento destruiu a família indo cada um para um lado.
Hoje ela mora próxima ao pai e é com ela que ele conta. Hoje ela se sente leve,
liberta daquela mágoa inicial, curada do veneno mortífero do ódio. Alma
liberta, curada, auto-empoderada! Olhando nos olhos daquela jovem pude ver o
amor de Deus fluindo de maneira real. Ela não freqüenta igreja, não é uma
religiosa nos padrões que conhecemos, mas conheci poucos testemunhos tão
verdadeiros do agir de Deus no coração de alguém. Sim, porque só uma ação
poderosa do Espírito Santo na vida de alguém pode torná-lo capaz de um perdão
num nível tão profundo. Qual a grande lição do texto? Que lição aprendemos aqui
com aquela jovem que nem faz parte de igreja?
Faxinemos os nossos porões e não deixemos que as sujeiras lá acumuladas
adentrem o novo ano! Nadia Malta.
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