SEJAMOS COMPASSIVOS: A FÉ NÃO NOS ISENTA DE VIVER DORES PROFUNDAS!
Terminemos o ano falando sobre a dádiva da
fé! Sem ela não agradamos ao Senhor. Ela é a certeza daquilo que esperamos, a
firme convicção de fatos, que ainda não são vistos com os olhos físicos, mas já
são uma realidade no mundo espiritual. Já mencionei este assunto em outros
escritos, mas nunca é demais testemunhar, sobretudo, nas horas de dores
profundas. Este ano que finda sem sombra de dúvidas não foi um ano fácil pra
muitos de nós. Para uns, bem mais difícil. Posso falar de mim mesma. Tenho me
abrigado sob as asas da Fé e da Esperança. Ambas têm me sustentado e me ajudado
a seguir em frente, apesar de mim e de tudo que tenho experimentado nos últimos
tempos! São muitos os pesares!
Experimentar a partida do meu amado tem sido
difícil demais. Depois de quarenta e quatro anos juntos, vinte e quatro horas
por dia, não tem sido fácil. Sinto-me amputada, dilacerada por dentro. Se não
fosse o Senhor, como diz o Salmista, “os meus inimigos já teriam me engolido
viva”! Contudo, tenho seguido pela fé, repito. Na força que só o Senhor supre.
Sigo aguardando e ansiando o dia glorioso em que reencontrarei meu amado. Aos
que tem me apoiado, minha gratidão. Aos que têm me criticado, que não são poucos,
quero dizer: Sejam benignos e compassivos, A fé não nos isenta de viver dores
profundas. E nenhum de nós está isento de vivê-las! Mais cedo ou mais tarde todos
viveremos situações que nos tiram o fôlego e o chão. E é precisamente nessas
horas de dores profundas que precisaremos da compreensão e do abraço que
negamos.
Vou seguindo, na força que só o Senhor é
capaz de suprir! O relacionamento que vivi não era apenas de uma só carne, mas
de uma só alma. Conseguíamos nos comunicar apenas pelo olhar. As palavras eram
absolutamente desnecessárias. Isso não significa que não experimentamos
momentos de estranhezas, mas nada que não fosse contornável depois de uma boa
conversa. Hoje tudo e nada é motivo para se alegar uma incompatibilidade e
provocar uma ruptura. Troca-se de parceiros como quem troca de roupas. É tempo
de repensar os relacionamentos atuais. Todo relacionamento é um grande
aprendizado. É no relacionamento que seguimos como lixas benditas uns dos
outros. Até que todas as nossas arestas sejam aparadas e há situações que
precisamos ser mais que lixas, mas santos esmeris para que o acabamento da obra
fique perfeito. Que nos submetamos a esse trabalhar! Quanto tempo vai durar
esta minha travessia cheia de saudades, por via tão dolorosa? Não sei,
sinceramente, mas completarei a jornada e guardarei a fé! Mais uma vez agradeço
aos meus amados irmãos e amigos pela atenção e carinho neste momento tão
delicado. Que Deus abençoe a todos! Nadia Malta
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