O CAMINHO DIFÍCIL, MAS SOBREMODO EXCELENTE!
“Há quem dê generosamente, e vê aumentar suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar, e caem na pobreza. Pelo contrário, como servos de Deus, recomendamo-nos de todas as formas: em muita perseverança; em sofrimentos, privações e tristezas; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo”. Provérbios 11.24; 2 Coríntios 6.4,10.
Andar no Caminho chamado Cristo é o maior
evento na vida de um ser humano. Outro dia li um pensamento atribuído a C.S.
Lewis, que dizia mais ou menos assim: “Se
você está à procura de uma religião que o deixe confortável, definitivamente eu
não lhe aconselharia o cristianismo”. Creio que os versículos citados que
trazem as palavras do autor de provérbios e do apóstolo Paulo corroboram com
essa afirmação de Lewis. Jesus não nos promete uma vida de facilidades. Ele
promete sim, a sua presença durante toda a jornada. Aliás, ele é tanto o
Caminho, quanto o Guia e o Destino Eterno que nos aguarda. O Caminho é difícil e de muitos contrastes.
Ora estamos numa reta, ora nos precipitamos em um desfiladeiro. São desertos e
oásis. São vales e montanhas. Andamos sob uma manhã ensolarada e de repente
enfrentamos nuvens densas e chuvas copiosas. São auroras e ocasos. Chegadas e
partidas, altos e baixos. Perdas e ganhos. Aprendemos com o apóstolo Paulo que
“todas as coisas cooperam para o bem dos
que amam a Deus e são chamados segundo o seu propósito”. O Cristianismo é a
Religião do Novo e Vivo Caminho.
Há uma afirmação e desta vez desconheço a
autoria que diz: “Dar do ponto de vista de Deus é o meio de se adquirir
riquezas!”. E essa afirmação deve ser compreendida da maneira mais ampla,
estamos falando aqui em partilhar o que temos com os que necessitam. Ser
empático, sentir a dor do outro. Vestir o nu, alimentar o faminto. Acudir o
necessitado. Contentar-se com o que se ganha sem querer se endividar para se
viver de aparência. Aqueles que negociam não explorem, mas tenham um lucro
honesto. Sim, aqueles que retêm mais do que o devido caem em pobreza. O
reformador Lutero ao ser indagado por um sapateiro sobre o que deveria fazer
para Deus, Lutero respondeu-lhe: “Faça um bom sapato e cobre um preço justo”.
Ajuntar bens materiais nesta terra é péssimo negócio. Nada levaremos. É correr
atrás do vento. Aqui estamos sujeitos à corrosão e ao roubo. Paulo apóstolo
traz a sua versão sobre o assunto que estamos tratando aqui, a questão dos
contrastes. Diz ele: “entristecidos, mas
sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo
tudo”. É exatamente nessas situações que experimentaremos a vida do Cristo
revelada em nós. Isto aqui não é uma apologia ao sofrimento, mas é uma visão
real do que é a caminhada.
Quando entendemos esse principio de
contrastes conseguimos viver com um pouco mais de leveza por esta terra. Não
têm sido fáceis os últimos tempos para nenhum de nós que caminhamos por esta
vereda. O grande segredo para que essa caminhada seja vitoriosa, Paulo nos oferece
por meio de uma só expressão citada no texto do inicio: “em muita perseverança”. E bote perseverança nisso! Mas a boa
noticia aqui é que somos peregrinos por uma terra que não é nossa e que essa
estrada apesar dos contrastes, nos levará para a nossa verdadeira Pátria, que é
um lugar lindo e espaçoso de pastos verdejantes onde o refrigério e a folga
serão eternos! Perseveremos, pois! O
Cristianismo é o Caminho apertado, dos contrastes. Caminho que leva a Porta estreita.
São poucos os que entram por ela. É o Caminho difícil, mas sobremodo excelente que vale a pena percorrer!
Nadia Malta
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