CUIDADO COM A IRA!
“Agora, Senhor, tira a minha vida, eu imploro, porque para mim é melhor morrer do que viver". O Senhor lhe respondeu: "Você tem alguma razão para essa fúria?". Jonas 4.3,4.
Exortemo-nos mutuamente como povo de Deus quanto à necessidade de nos
libertar da ira que cega e aprisiona. Há
muitos, mesmo em nosso meio reféns de iras que atravessam gerações trazendo dor
e morte a muitos relacionamentos! Características do iracundo evidenciadas no
relato de Jonas: Ele enxerga apenas a sua vontade e nunca a vontade de Deus.
Por isso Jonas fugiu para Társis; O iracudo não pode ver seu desejo
contrariado. Jonas odiava os ninivitas e esperava que a cidade fosse destruída,
mas os habitantes se arrependeram e alcançaram misericórdia; A ira cega o
entendimento gerando explosões. Jonas amuado esbraveja até com o próprio Deus;
e O iracundo é um solitário irremediável, pois ele afasta as pessoas. O livro
termina com o profeta sozinho confrontado por Deus fora da cidade. A ira é uma
obra da carne que tem dominado muitas vidas mesmo nos meios cristãos. Não é
incomum ouvirmos histórias de homens e mulheres de Deus que vivem às voltas com
esse impulso ou inclinação que tanto sofrimento tem causado aos que estão ao
redor!
Um ataque de fúria pode deixar danos irreparáveis, sobretudo, na
vida de familiares que se doam caridosamente em prol daqueles seus amados
aprisionados pelo cárcere da ira! Aqui não se trata de não nos irarmos, por
exemplo, com as injustiças do mundo, essa é uma ira lícita. Contudo, devemos
ter cuidado para a nossa ira não se transformar em raiz de amargura, como nos
instrui o apóstolo Paulo. Precisamos ter cuidado com a ira desnecessária e sob
qualquer pretexto, tão comum em tantas pessoas. Tudo assume uma proporção
descomunal para o iracundo. Viver em um constante sobressalto é adrenalina
pura, não há coração que agüente! O iracundo é ingrato e rabugento, nada o
satisfaz! Tudo para ele é ofensivo! O livro de Jonas tem muito a nos ensinar
sobre a ira. Jonas era filho de Amitai e foi levantado por Deus como profeta,
para levar uma palavra de alerta aos Ninivitas. Jonas conhecia a ação violenta
daquele povo e não queria fazer cumprir a vontade de Deus. Ele tinha receio que
Deus em sua misericórdia perdoasse aquele povo. Foge, então, para o extremo
oposto, que era Társis, mas encontra no caminho uma tempestade é lançado ao mar
onde é engolido por uma grande peixe. Depois de orar no ventre do peixe, o
Senhor faz com que seja vomitado na praia e só então, mesmo a contra gosto, vai
à Nínive cumprir a ordem de Deus.
A cidade para ser totalmente percorrida era preciso três dias.
Jonas fez o percurso correndo e gritando de má vontade a ordem dada por Deus em
apenas um dia. O povo, sobrenaturalmente, entendeu, começa a se arrepender e
Deus não aplica o castigo determinado. Jonas irado sai da cidade e ao longe
esbraveja amuado. O Senhor vendo a reação do seu profeta iracundo faz crescer
um arbusto que lhe fizesse sombra, ele se alegra, mas logo pela manhã o Senhor
envia um verme que come as folhas reacendendo a ira de Jonas, que deseja a
morte dizendo: “Para mim seria melhor morrer do que viver". Deus o
confronta: “Você tem alguma razão para
estar tão furioso por causa da planta? “Respondeu ele: "Sim, tenho! E
estou furioso a ponto de querer morrer". Ele ficou com tanta pena da
planta e teve tão pouca misericórdia das pessoas! O Senhor diz ao profeta que a
cidade tinha mais de 120.000 pessoas que não sabiam discernir a mão direita da
esquerda e também muitos animais, não deveria ele ter misericórdia? É assim que
a ira faz cegando o entendimento! Que tal confrontarmos a nossas iras? Que tal
exercitarmos um pouco mais de perdão e gratidão? Diante dos nossos ataques de
ira, que possamos nos fazer a mesma pergunta feita por Deus a Jonas: "Você tem alguma razão para essa fúria?".
Nadia Malta
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