quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Meditação/Nadia Malta/NÃO DEIXEMOS O SOL SE POR SOBRE A NOSSA IRA.

 NÃO DEIXEMOS O SOL SE POR SOBRE A NOSSA IRA.

                                                                                    


A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo”. Provérbios 15.1; Efésios 4.26, 27. 


Tenhamos cuidado com essa obra da carne que pode trazer sérios danos às vidas dos cristãos, inclusive ceifá-las. Essas obras constituem alimento substancioso para o nosso adversário. É do pó da nossa carne ou dessas obras que ele vem se alimentar. Cabe a nós esvaziarmos essa despensa o quanto antes. E um dos alimentos mais desejáveis é sem dúvida a ira. Assunto mencionado pelos versículos citados. Os versículos trazem algumas verdades acerca da ira que não podemos perder de vista. Primeiro há um alerta para que treinemos um falar gracioso, brando. Logo aqui percebemos que é possível mudar o rumo ou o desfecho de uma conversa.  – “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”. É possível se irar sem pecar. A ira lícita tem prazo de validade! “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira; Nem deis lugar ao diabo”! Uma ira que vai alem da conta, dá lugar ao adversário para agir de modo irremediavelmente destrutivo nas nossas vidas! Há aqui várias perguntas: Qual a medida da nossa ira? Em que situações podemos nos irar de maneira lícita? O que significa dar lugar ao diabo?

Esta mensagem nos parece oportuna, visto que com freqüência nos iramos face às injustiças, corrupções, violências e jugos opressores à nossa volta. Contudo, há explosões de ira ou de fúria, que é a sua forma mais exacerbada, acontecendo por tudo e por nada! As pessoas parecem andar tão à flor da pele que pequenas gotas d’água esborram copos provocando grandes enchentes! E enchentes são perigosas! Elas arrancam casas, trazem à tona velhos destroços, desarraigam grandes árvores, movem grandes objetos, arrastam pessoas e as matam ou as machucam irremediavelmente! Conheço tantas vidas de filhos, pais e cônjuges devastadas pelas grandes inundações das iras que estavam represadas!  Confesso que tenho medo das iras aparentemente sem razão! Parecem vir como a ruptura de represas que se racharam pelo acúmulo das águas! O efeito dessa fúria pode ser devastador e irremediável. A ira como as águas precisam de escoadouros! O diálogo, a confissão e o perdão são esses escoadouros. Prefiro as pequenas doses homeopáticas de ira lícita que se escoam rapidamente sem que haja tempo de serem sedimentadas no fundo das almas, criando raízes malignas de amargura. Creio que é aí que o adversário terá uma isca perfeita para aprisionar as vidas. E era disso que o apóstolo Paulo estava falando ao se referir a não “darmos lugar ao diabo”!  Por outro lado, é praticamente impossível não se irar em certa medida ou na medida certa, no mundo em que vivemos. Tudo é muito orquestrado para nos atingir e mexer com a nossa sanidade mental! Só os que têm sangue de barata ou estão demenciados não se deixam atingir. Contudo, tenho me preocupado com certas iras desproporcionais!

O que podemos fazer, então? Em se administrar a ira está o segredo de não pecar em decorrência dela, não dando lugar ao diabo. Ele vive numa ciranda contínua ao nosso derredor buscando alguém a quem ele possa tragar. Ele é um oportunista maligno que não deixa passar nenhuma oportunidade, não nos iludamos. Hoje se mata por tudo e por nada! Não podemos nos esquecer que o mote do velho homicida continua o mesmo: “Roubar, matar e destruir!” Vigilância e oração são sempre oportunas! Não facilitemos a ação devastadora do inimigo das nossas almas! Ele não desiste nunca, apenas muda de estratégia. Fiquemos atentos! O que aprendemos aqui? Gostaria de trazer outra ilustração preciosa do autor de Provérbios em relação ao assunto: “Como a cidade com seus muros derrubados, assim é quem não sabe dominar-se”. Meditemos à respeito de uma cidade sem suas defesas! Certamente está sujeita a toda espécie de ataques. E quando a cidade somos nós e a nossa família à qual pomos em risco por causa das nossas iras desmedidas? O domínio próprio como um dos aspectos do Fruto do Espírito é o nosso muro de proteção! Que tal fazermos uma boa vistoria nesse nosso muro, tapando-lhes as brechas com a argamassa da prudência? Que tal acrescentar a esse muro os mais sofisticados equipamentos de segurança através das Câmeras da Oração e da Vigilância? Assim, apazigüemos as nossas iras antes que o diabo nos domine! Nadia Malta

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