O SENHOR VENCEU A TENTAÇÃO E NOS HABILITOU A VENCÊ-LA!
“A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”. Mateus 4:1-11.
O texto lido é um dos mais
intrigantes relatados pelos Evangelhos. Ele começa dizendo que Jesus foi levado
pelo Espírito Santo ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. Como entender essa
ação do Espírito Santo? A idéia central aqui é ressaltar que o propósito da
tentação de Jesus é mostrar que ele foi tentado para que toda criatura no céu,
na terra e debaixo dela soubesse que ele é o grande CONQUISTADOR! Ele
desmascarou Satanás e suas táticas e o derrotou. Por causa de sua vitória,
podemos vencer toda e qualquer tentação.
Há duas grandes salas de aula de Deus: o Vale e o Deserto. Toda vez que
somos levados pelo Espírito Santo para uma delas, já vamos habilitados para
sair vencedores. Enquanto no Vale aprendemos a vencer as provações:
enfermidades, dificuldades financeiras, perseguições, perdas e dores; no
Deserto aprendemos a lidar e vencer nossas próprias inclinações e fraquezas (as
tentações). É no deserto que aprendemos a dizer NÃO ao mundo ao Diabo e à
carne!
A experiência da tentação
do Cristo homem, o preparou para ser o nosso Sumo Sacerdote. Jesus resistiu à
tentação como homem, não como Deus. Não devemos imaginar que ele usou seus
poderes divinos para derrotar o diabo. Ele usou os mesmos recursos espirituais
colocados à nossa disposição: o poder do Espírito Santo e o poder da Palavra
(está escrito). O apóstolo Paulo falando aos coríntios ainda nos assegura: “Não sobreveio a vocês tentação que não fosse
comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados
além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes providenciará
um escape, para que o possam suportar.” A tentação envolve a vontade e os
desejos e Jesus veio para fazer a vontade do Pai e deseja que assim o
façamos. A tentação de Jesus foi real e
teve como alvo o apelo às três áreas distintas da nossa natureza humana: Apelo
à satisfação da necessidade da carne, insinuando falta de amor e cuidado de
Deus; Apelo ao orgulho e a vaidade, propondo um exibicionismo; e Apelo a fugir
do sofrimento. Um atalho para o reino. Depois de um jejum de 40 dias e 40
noites, Jesus estava fisicamente debilitado e faminto. Aquele era o momento
oportuno de semear dúvidas quanto ao amor e cuidado de Deus, bem como a sua
própria filiação. Aliás, o adversário é um oportunista astuto que está sempre à
espreita.
A segunda tentação é mais
sutil. Desta vez satanás também usa a Palavra, como se quisesse dizer: “Quer
dizer que você pretende viver pelas Escrituras? Então vou citar um versículo
para ver se você o obedece”. Então cita um versículo fora de contexto. Textos
bíblicos fora de seus contextos são usados por pretexto para respaldar
heresias, sofismas e enganos. O tentador insiste e não desiste nunca, aliás,
ele apenas muda de estratégia, tornando-se mais sutil a cada ataque. Nessa
tentação ele oferece a Jesus um atalho para o reino. A grande sutileza aqui era
livrar Jesus do sofrimento da cruz em troca de receber dele a adoração só
devida ao Altíssimo. Isso foi algo que ele sempre quis. A palavra de ordem aqui
é sempre cuidado! Nadia Malta
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