DEUS NOS CONCEDE A SUA SUFICIENTE GRAÇA!
“Se é necessário que me glorie, ainda que não convém, passarei às visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir. De tal coisa me gloriarei; não, porém, de mim mesmo, salvo nas minhas fraquezas. Pois, se eu vier a gloriar-me, não serei néscio, porque direi a verdade; mas abstenho-me para que ninguém se preocupe comigo mais do que em mim vê ou de mim ouve. E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo”. 2 Coríntios 12:1-9.
É muito comum hoje a comercialização das
pretensas experiências pessoais com Deus. Muitos tiram
dessas experiências, ensinos e “revelações” absolutamente contrários à Palavra
de Deus. Estabelecem doutrinas para impressionar os incautos e muitos problemas
têm sido criados nas igrejas a partir daí. A experiência de Paulo nos ensina
que devemos guardar conveniente e humildemente os nossos momentos de enlevo e
intimidade com Deus. É preciso saber o que devemos falar e o que não devemos. Quanto
maior for a obra que O Senhor tem para fazer através de nós, maiores serão as
experiências com ele. A concessão delas nos encoraja e fortalece para não
desfalecermos no caminho ao enfrentarmos as oposições que se levantam contra
nós. De uma coisa o texto nos dá absoluta certeza, há coisas que nos afligem,
pelas quais oramos e o Senhor nos livrará, outras, no entanto, vão permanecer
em nós ou conosco como espinhos em nossa carne para não nos ensoberbecermos.
O texto nos mostra três
momentos da experiência de Paulo dos quais tiramos lições preciosas: Deus
honrou a Paulo, fortalecendo-o e encorajando-o, com uma grande visão do céu;
Deus humilhou a Paulo para que ele não se ensoberbecesse; e Deus o ajudou com a
sua suficiente graça. Além dessas visões especiais relacionadas ao seu chamado
ministerial, Paulo recebeu da parte de Deus uma rara compreensão das Verdades e
do Plano do Senhor. Contudo, nada daquilo que ele recebeu estava fora ou ia de
encontro às Escrituras. O Senhor também honrou a Paulo levando-o ao céu e
depois o trazendo de volta a terra. Quando ele falou dessa experiência fazia já
catorze anos que ela havia acontecido. Aquilo tudo fora tão maravilhoso, que o
apóstolo não estava certo se Deus o havia levado fisicamente ou se apenas o seu
espírito havia sido levado. O certo é que ele havia estado lá. Temos a
impressão que ele vivia embalado por aquela experiência maravilhosa, mesmo
sendo “esbofeteado pelo espinho na carne”. Deus além de levá-lo até o céu,
também permitiu que ele ouvisse “palavras inefáveis”.
Deus sabe como equilibrar a
nossa vida. A experiência de Paulo no céu poderia ter estragado seu ministério
na terra; mas Deus em sua bondade permitiu que o adversário o “esbofeteasse”,
para evitar que ele se tornasse orgulhoso. Nem sempre o sofrimento é o
resultado de pecado ou desobediência; o Senhor pode escolher nos disciplinar
através desse instrumento. O sofrimento pode ser um grande formão de Deus para
esculpir em nós um caráter piedoso e dependente de Cristo. Não lhe foi
permitido compartilhar conosco as palavras ouvidas no céu; mas ele pode
compartilhar as palavras que Deus lhe dera na terra. Palavras de grande
estímulo para nós até hoje. Graça não é só o favor imerecido de Deus apenas no
que tange a salvação, mas é a provisão de Deus para tudo que precisamos, quando
precisamos. A graça de Deus nos eleva acima das circunstancias, fazendo que o
sofrimento trabalhe ao nosso favor e nos torne mais parecidos com Jesus. E a Graça de Deus continua nos bastando!
Nadia Malta
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