“Tu, Senhor, reinas eternamente, o teu trono
subsiste de geração em geração. Por que te esquecerias de nós para sempre? Por
que nos desampararias por tanto tempo? Converte-nos a ti, Senhor, e seremos
convertidos; renova os nossos dias como dantes. Por que nos rejeitarias
totalmente? Por que te enfurecerias sobremaneira contra nós outros”?
Lamentações 5:19-22.
O
livro das Lamentações é formado de cinco poemas fúnebres escritos para o
funeral da nação morta. Jeremias termina o poema clamando ao Senhor por sua
misericórdia sobre seu povo. Na verdade, todo o capítulo cinco é um clamor por
essa misericórdia. No meio do povo de Deus, especialmente em nossos dias, temos
visto com assombro ministrações sincréticas que não têm encontrado respaldo na
Santa Palavra de Deus. A igreja contemporânea tem perdido o foco, se desviado,
se profissionalizado e precisa urgente de uma nova reforma. A teologia do medo
tem imperado em nossos dias. Existe uma fórmula simples e infalível para os que
querem andar em novidade de vida: Obediência gera santificação; santificação
gera autoridade e autoridade gera vida abundante. Aí está a verdadeira
libertação. Contudo, é necessário: conversão genuína, encontro verdadeiro e
transformador com Jesus Cristo, sem isso não há mudança de vida. Precisamos
urgente voltar ao primeiro amor e nos converter ao Deus vivo de quem tanto
temos nos afastado! O clamor de Jeremias ecoa em nossos dias.
O profeta Jeremias apresenta
aqui uma afirmação, um pedido e quatro perguntas feitas ao Senhor no lugar do
povo arrependido: Afirmação: “Tu, Senhor, reinas eternamente, o teu trono
subsiste de geração em geração”; Pedido: “Converte-nos a ti, Senhor e seremos
convertidos; renova os nossos dias como dantes”; 1ª Pergunta: “Por que te
esquecerias de nós para sempre?”; 2ª Pergunta: “Por que nos desampararias por
tanto tempo?”; 3ª Pergunta: “Por que nos rejeitarias totalmente?”;
e 4ª
Pergunta: “Por que te
enfurecerias sobremaneira contra nós outros”? O profeta reconhece em nome do povo o
poder, a majestade e a soberania de Deus. Você tem reconhecido essa soberania?
Tudo, absolutamente tudo está debaixo do controle soberano de Deus. Por mais
que o homem se distancie do Senhor e ande por caminhos tortuosos, tudo o que
lhe sobrevém é permitido por Deus. O povo deseja ardentemente experimentar a
alegria do primeiro amor; reconhece que só o Senhor poderá fazer isso,
restaurando esse relacionamento partido pelo pecado. Como precisamos todos
voltar a ter aquela alegria dos primeiros tempos! A comunhão com Deus é
revigorante e transformadora. A genuína conversão é obra do Espírito de Deus,
clamemos, pois, a ele por isso. Que o Senhor mude a nossa rota.
O
Senhor não esquece nem desampara seu povo, mas espera pacientemente que seu
coração se volte para ele buscando-o em verdade. Como o Senhor poderia se
esquecer de nós se o nosso nome está escrito na palma de suas mãos e somos como
a menina dos seus olhos? Pense nisso, Deus ama você! Na verdade, a pergunta do
profeta tem a sua resposta na postura do próprio povo. O aparente desamparo de
Deus está ligado à rebelião do povo. Comunhão com Deus requer vida no altar,
entrega, compromisso com ele. Novamente o profeta traz a pergunta que toca o
coração amoroso do Pai que não rejeita para sempre os seus filhos, mas derrama
a sua misericórdia aos corações quebrantados. O ultimo questionamento do
profeta traz a lume que a ira de Deus tem um prazo de validade e esse prazo,
nós aprendemos que é definido pela nossa capacidade de quebrantamento e de
arrependimento genuíno. Graças ao Senhor por sua infinita misericórdia, que tem
o poder de se renovar a cada manhã e é a razão de não sermos consumidos.
Voltemos ao Senhor! Nadia Malta.
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